Suzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está.
Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...
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Suzana
Eu analisei, o mais novo casal do lugar em que estava sentada a mesa. Os dois estavam do outro lado, a minha frente. E ao contrário de todos que conversavam entre si, enquanto comiam a ceia, o casal estava mais interessados um no outro, com conversa, ou melhor sussurros paralelos.
- Para de encarar. – Gaby sussurrou ao meu lado.
Eu suspirei levando um pouco de suco a boca.
- Estou surpresa, ainda. – Admiti. – Mas você não parece nem um pouco. – A acusei voltando o olhar para ela – Desde quando sabia? E porque não me disse?
- Tem umas semanas. – Gabi respondeu – Davi me pediu para não contar a ninguém.
Eu voltei o olhar para o casal novamente.
- Mas ele contou a você. – Murmurei tentando não transparecer minha irritação por eles terem me excluído.
Eu me obriguei a respirar fundo. Estava me sentindo traída, pelos dois.
- Foi meio que inevitável. Eu os vi juntos, então ele não teve muita opção.
- Não entendo o motivo de todo esse segredo. – Continuei voltando a atenção para minha comida, embora já tivesse perdido a fome.
- Davi me disse que Eloisa pediu a ele segredo por um tempo. – Gabi respondeu com cautela – ela tinha medo do que as pessoas poderiam falar, você sabe, por ela ser a gerente e Davi o dono.
- Sério? – Questionei com incredulidade.
Imaginei que alguém que namorasse um dos meus irmãos, ou até mesmo meu primo iria desfrutar bastante não só do que o dinheiro poderia trazer, mas também os holofotes.
Todo estavam sempre com os olhos nessa família, tanto em Londres como em outros países. Davi odiava toda essa atenção da mídia, Asafe e Asael pelo contrário amavam.
Gabi assentiu.
- É difícil quando não se estar acostumada a tudo isso. – Ela prosseguiu. – Davi me pediu pra falar com ela, para tranquilizar.
- Então por isso estão tão amiguinha. – A minha voz e entonação soou com mais prepotência do que eu esperava.
Suspirei arrependida.
- Desculpe. Eu estou com ciúmes, de você e do meu irmão. – Admiti envergonhada.
Gabi sorriu ao meu lado. Sempre tão gentil, suportando meus estágios mais agudos de chatice.
- Isso vai passar. É só nos concentrarmos na felicidade dele. – Gabi voltou o olhar para o casal e eu a segui. Os dois ainda conversavam e sorriam entre si. – Você lembra qual foi a última vez, que o viu sorrindo assim?
