Suzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está.
Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...
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Suzana
- Tá olhando o quê? - perguntei quando seus olhos encontraram os meus. - Desde que chegou na vida do meu irmão, você não para de rondar ele, parece uma assombração.
Emma sorriu, e isso parece ter dado coragem para ela responder.
- Eu queria muito entender porque você me trata assim, sabia?
- Ah, não entendeu ainda - soei sarcástica, levantando e a fitando bem nos olhos - eu vou fazer a caridade de explicar! São vários motivos, primeiro, por sua culpa meu irmão entrou em problemas, segundo você é desagradável para mim, terceiro, é uma interesseira, quarta, eu não consigo nem olhar para você sem sentir nojo. - Falei, colocando para fora toda a raiva que estava sentindo.
Sua expressão nem sequer se alterou, continuava olhando para mim de cima para baixo, como se fosse superior, eu queria que ela gritasse, queria que me atacasse para que eu pudesse revidar, mas ela só ficou ali em silencio.
- Suzana já chega. - Levi apareceu ao meu lado, e só naquele momento eu tive noção que uma multidão havia se formado, e esperava com expectativa por minha reação. - Vamos. - Ele disse segurando minha mão, eu não protestei, havia dito tudo que queria, e tinha certeza que mesmo que ela fingisse não se importar, ela se importava sim, eu havia conseguido feri-la, o objetivo tinha sido alcançado.
Esperava que ela estivesse chorando agora no banheiro, e que isso fizesse ela desaparecer das nossas vidas para sempre.
- Você sabe que Asafe não vai gostar nada disso, não é? - Levi disse quando chegamos ao jardim.
Dei de ombros. Eu sabia disso, mas não importava. Asafe as vezes conseguia ser bem tonto em relação as pessoas que o cercavam, como ele estava sendo com aquela garota estupida. Tinha sido suspenso por ela, agora tinha que trabalhar sem nenhuma segurança, enquanto ela seguia com a vida como se nada estivesse acontecendo.
- Alguém precisava fazer alguma coisa, essa garota já deu problemas demais para ele. - Afirmei com veracidade.
Levi me fitou por alguns segundos, continuou segurando minhas mãos, mas quando voltou a falar estava triste.
- Está feliz agora?
- O quê? - Questionei sem sem entender.
- Está feliz?
Suspirei com raiva.
- Estou, é claro. Pareço triste para você? - perguntei com brusquidão.
Levi suspirou, e desviou meu olhar.
- Um pouco... Pessoas que são realmente felizes, não provocam e nem machucam os outros sem motivos. Quando se é feliz de verdade, não precisa condenar e magoar os outros de proposito, só para se sentir melhor.
