Epílogo

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Eu respirei fundo, uma, duas, três vezes e tentei lembrar dos exercícios que a doutora Rosana me ensinou para acalmar a ansiedade. Me concentrei na paisagem do grande jardim da vovó, e convenci a mim mesma de que não iria chorar e deixar minhas mente vagar e criar o pior cenário.

Davi nunca, nunca permitiria que voltássemos para Londres. Ele me prometeu. Afirmei em minha mente. Mas isso não ajudou. Minhas mãos ainda estavam trêmulas, meu coração ainda batia de forma errada, e eu estava com muita, muita ansiedade. Isso tudo aliada a grande tristeza do luto.

Eu sentia que estava me afundando de novo, como quando estive em Londres. Alguma coisa de muito errada estava acontecendo comigo, eu não queria ter que admitir... Mas era aquela angústia de novo não. Não queria voltar a ser assim, me sentir daquela forma, estava com muito, muito medo.

- Encontrei você. – Davi disse sentando no banco ao meu lado – o que faz aqui escondido, pensando na vovó? – Ele questionou fitando o jardim a nossa frente.

Eu aproveitei para enxugar o rosto com a mão, embora soubesse que ele havia visto as lágrimas.

- Entre outras coisas. – Sussurrei.

- Ela adorava esse lugar, essa casa...

Assenti.

- O que você acha que a mamãe vai fazer com a casa?

Talvez em uma tentativa de nós fazer voltar, ela possa vender. Seria ridículo e cruel, e tinha quase certeza que ela nunca faria isso, mas ainda assim estava pensando em todas as possibilidades possíveis.

- Ninguém pode fazer nada até a leitura do testamento. – Meu irmão respondeu me fitando – e dá última vez que vovó o alterou, ela deixou claro que a casa era sua.

Minha boca se abriu em espanto. Vovó Marina havia deixado a casa para mim?

- Porquê, porque ela deixou a casa para mim?

- Queria que você tivesse um lugar para voltar, um lar.

Vovó... Cuidando de mim, até mesmo depois de partir.

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora