Capítulo 116 Gabriela.

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Gabriela

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Gabriela























- O Isaque nunca decepciona, você espera o pior e é exatamente isso que ele entrega. – Sarah disse a contra gosto depois que contei da nossa discussão.

- Ainda não consigo acreditar que teve coragem de trazer aquela garota pra cá. – Rebecca comentou.

Todos já tinham ido, a festa já havia chegado ao fim. E agora nós três sentadas em uma das mesas do Moreal conversávamos sobre a noite.

- Se soubesse que ele o faria, Suzana. Eu não o teria convidado. – Ela continuou.

- E ele ainda mentiu. Disse que são só amigos. – Bufei.

- É claro que é mentira. Depois que ele foi atrás de você, a menina ficou extremamente chateada, fez várias perguntas sobre vocês, acho que ela não sabia que tinham namorado.

Assenti. Eu estava certa no final das contas. Enquanto eu estava chorando, sentindo sua falta, ele estava seguindo em frente com outra pessoa. Agora mesmo, deviam estar juntos, falando de mim.

- Eu posso perguntar uma coisa pra vocês? – Sussurrei envergonhada.

As duas assentiram ao mesmo tempo.

- A primeira namorada do Isaque, como ela se chamava mesmo?

- Camilla. – Sarah respondeu desconfiada.

- Como ela era? Eu digo, a aparência? Parecia comigo?

Sarah meneou com a cabeça.

- Vocês não tem nada em comum. Ela era baixa, pele morena, cabelo castanho escuro...

Respirei fundo. Eu sabia, idêntica, idêntica a Ana. Isaque tinha um tipo, e não era eu.

☘️

Gabriela andou por entre as mesas atordoada, até chegar a nossa e sentar.

- Oi, desculpa. Eu tô muito atrasada, eu sei. – Ela disse – é que esse final de período tá me matando.

Estava mesmo. Não era pra menos que ela estivesse tendo tantas indisposições nas últimas semanas.

- Asael disse ontem que você não se sentiu bem, por isso faltou a festa da Rebecca. – Comentei.

- Ah, sim. Ainda tenho que me desculpar com ela.

- Não se preocupe com isso, ela entendeu perfeitamente.

Gaby assentiu, com a expressão cansada.

- Você já pediu?

- Não, estava te esperando. – Disse gesticulado para o Garson que estava na outra mesa.
- Sim, senhorita Moreal. – O rapaz falou ao se aproximar. – Prontas para pedir?

- Sim. Eu vou querer de entrada berinjela com molho tahine, e de prato principal risoto com queijo brie. – Gabriela falou.

- Certo, e a senhorita?

Nesse momento o celular da Gaby tocou.

- É a mamãe. – Ela disse – só um momento.

Assenti enquanto ela se afastava para atender.

- A mesma entrada. – Respondi sua pergunta – de prato principal eu vou querer salmão ao molho de pimenta rosa.

- Tudo bem.

- A minha vó, ou a minha cunhada já chegaram? – Perguntei antes que ele fosse embora.

- Não, ainda não.

- Ok, obrigada.

Ele assentiu e se retirou. Alguns segundos depois Gabriela retornou, um pouco mais pálida e sem cor.

- O que ouve? Tá branca como o papel. – Disse preocupada.

- Eu não sei, não estou me sentindo bem Su. – Gaby sentou na cadeira.

- Calma. Respira. – Falei me levantando e me colocando ao seu lado. – Deve ser só mais um mau estar.

- Não, Su... Eu acho que eu vou...

E então ela desmaiou, e eu tive que lutar muito para que ela não caísse da cadeira.

- Meu Deus, socorro. Alguém ajuda aqui!

☘️

Eu senti minhas pernas falharem e lutei contra a vontade de chorar descontroladamente.

Eu não podia, não ali, não agora. Se começasse, não conseguiria mais parar.

- Senhorita... Senhorita? Precisamos das informações. – A moça falou me fitando com impaciência.

Assenti engolindo o bolão na minha garganta.

- Nome...

- Gabriela, Gabriela Alcântara Fler Levins. – Respondi.

Nesse momento mais uma pessoa passou em uma maca, sendo levada as pressas, e a família a sua volta se desesperou quando os paramédico não os deixaram entrar. Fizeram o mesmo comigo a alguns minutos atrás quando cheguei com Gabriela desmaiada.

- Fler Levins? – A mulher me fitou cima dos ósculos.

Assenti. Ela pareceu surpresa, falou com a moça do lado, algo que eu não entendi e depois se voltou para mim.

- A idade?

- Vinte anos.

- Certo. Imagino que a senhorita Levins tenha plano de saúde.

- Sim, mas eu não tenho essas informações. – Respondi desesperada.

- Está tudo bem querida, não se preocupem. Nós cuidaremos de tudo. – Ela falou com paciência – agora, a enfermeira vai levá-la a uma sala de espera, o diretor do hospital irar até você assim que tivermos informações sobre a senhorita Levins.

Assenti e me deixei guiar pela enfermeira que apareceu ao meu lado. Ela me levou a uma sala fechada e climatizada, longe dos gritos e confusões da recepção.

- Em que hospital estamos? – Perguntei me sentando e sentindo o peso do mundo em meus ombros.

- Hospital Guilherme Álvaro. – Ela respondeu – quer que eu traga algo para você, um chá, talvez...

Meneei com a cabeça.

- Tudo bem. Se precisar é só chamar.

Suzana

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Suzana

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora