Capítulo 122 Nova chance.

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Eu ouvi o disparo, um som alto e estridente, mas não senti absolutamente nada. Quando voltei a abrir os olhos, havia sangue em minha roupa, mas não era meu. Isaque tinha entrado na frente, a bala que devia ser para mim acertou ele.

- Isaque! – Gritei desesperada quando ele caiu aos meus pés – Não, não, não... – Me ajoelhei ao seu lado – por favor, não...

- Sua vez... – O ladrão cantarolou voltando a mirar em mim, desta vez na cabeça.

Eu não fechei os olhos, puxei toda a coragem dentro de mim, encarei firmemente seu rosto e esperei. Ele atirou uma, duas, três vezes e a arma falhou em todas elas.

Ele fez uma careta.

- Flávio! – O seu parceiro voltou a gritar.

- Teve sorte. – Ele disse correndo até o carro. Deu partida assim que entrou, e então estávamos sozinhos.

- Isaque! – chamei e coloquei sua cabeça em meu colo. – Fica comigo por favor.

- O celular... – Ele balbuciou – no meu bolso.

Assenti. Tentando controlar minhas mãos trêmulas peguei o celular. Desbloqueei e liguei pra emergência.

- Você ligou para a emergência, com quem eu falo?

- Suzana. Por favor venham rápido. – Comecei a soluçar nervosa – Nós fomos assaltados, meu namorado levou um tiro...

- Suzana, se acalme e me passe o endereço – A moça do outro lado da linha falou com tanta calma que eu tive vontade de gritar com ela.

- Jardim Ângela... Eu... Eu não sei em que rua estamos, mas é perto de uma ponte.

- Tudo bem. – Ouvi os tecles do computador – você sabe me dizer onde foi o tiro?

- No ombro. – Eu me mexi um pouco para deixá-lo mais confortável e Isaque gritou de dor. – Por favor venham logo.

- A ambulância já está a caminho. – Ela afirmou – você está machucada?

Meneei com a cabeça e depois acrescentei.

- Não... Eu... – Me forcei a respirar fundo.

Meu Deus Isaque tinha entrado na minha frente, se alguma coisa, se alguma coisa.

- Suzana, preciso que mantenha a calma, e me diga se tem sangramento. – Ela continuou.

- Sim... Muito.

- Ele está acordado?

- Sim, mas o olhar tá perdido, não sei se ele tá me ouvindo.

- Tô aqui. – Isaque sussurrou cansado.

- Ele entende. – Murmurei.

- Excelente. Preciso que você estanque o sangramento.

Assenti. Coloquei o telefone no chão apertei o viva voz. Quando toquei no machucado Isaque gritou de dor.

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora