Candece
O mês que se seguiu foi procedido pela alta de Asafe, e pelo começo das férias de verão. Tudo parecia está voltando ao normal, e eu gostava do normal, depois dos últimos meses terem sido tão loucos.
- Porque parou de tocar querida? - Mamãe perguntou tirando os olhos do livro.
- Estou um pouco cansada. - Respondi saindo da frente do piano e sentando no sofá ao seu lado - agora que Asafe está melhor, podemos começar a organizar as nossas férias de verão? Eu estava pensado de irmos ao Brasil, esse ano.
Mamãe sorriu timidamente.
- Seria ótimo, mas você saber que seu pai jamais concordaria. Ele odeia aquele lugar.
Suspirei. Devia ser por minha culpa, ele odiava tudo relacionado a mim.
Tentei me livrar desses pensamentos e insisti.
- Tenho certeza que a senhora conseguiria convencê-lo. Não seria demais passar um tempo com a vovó? Estou com tanta saudade.
- Eu também. - Ela disse com a atenção perdida por um tempo, e eu me perguntei o que poderia está passando por sua cabeça.
Talvez se sentisse culpada por está tão distante da vovó, na realidade eu não entendia, ela era filha única, mas a visitava tão pouco, em parte sabia que era porque não queria deixar o papai, mas ainda assim era estranho pra mim.
- Você está certa, vou tentar convencer o Edward.
Sorri satisfeita. Às vezes era muito fácil manipula-lá.
- Tentar me convencer do que exatamente?
Nós duas olhamos surpresa para papai entrando na sala.
- Edward, o que está fazendo aqui?
Papai se deixou cair na poltrona a nossa frente e fechou os olhos.
- Estou com uma dor de cabeça terrível, tive que cancelar todos os meus compromissos. - Explicou massageando as têmporas.
- Amanhã vamos ao neurologista, já estou começando a ficar preocupada com essas suas constantes dores. - Mamãe avisou levantando - vou providenciar analgésico.
Ele suspirou cansado.
- Obrigado, querida.
Não demorou muito para que ela retornasse com uma moça que trabalhava na casa, segurando uma bandeja que continha o remédio, e água.
Mamãe sentou ao seu lado, no braço da poltrona, e quando estivemos sozinhos, novamente, ele voltou a perguntar:
- E então, me convencer do que?
- De irmos ao Brasil esse ano, as crianças tem sentido tanta saudades da mamãe, e é claro que você precisa visitar sua irmã também.
Papai fez uma careta e respondeu no mesmo instante.
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O AMOR ME CUROU
RomanceSuzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está. Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...