- Suzana... – Ouvi a voz de Davi assim que passei da recepção do Moreal.
Eu sorri quando ele se aproximou, e o abracei com força. Tinha chegado da Lua de mel a cinco dias, mas ainda não tínhamos nos visto.
- Bem vindo de volta. – Soei feliz.
- Obrigada, irmã. – Ele me fitou – É bom retornar.
- Como foi? Eloisa deve ter amado conhecer Milão. – Continuei passando a mão por seu braço e seguindo para o restaurante.
- Ela adorou. Vamos retornar, quando as coisas estiverem mais calmas por aqui. – Davi respondeu – E Asafe?
- Ele e vovó foram para Mauá hoje pela manhã.
Davi assentiu.
- É bom que ele se distraia um pouco.
- Sim...
- Senhor Levins... – Uma voz chamou nossas atenção.
Quando nos viramos, um homem saía de uma mesa próxima, e vinha em nossa direção. Exibindo em seu rosto um sorriso grande demais em comparação ao meu irmão que eu sabia tentava esconder o descontentamento por ter sido reconhecido.
- Senhor Levins! – Ele disse mais uma vez, estendendo a mão para comprimentar Davi – é bom finalmente conhecê-lo. Sou o Alexandre de Moura, promotor do Estado.
Davi assentiu, sem sentir a necessidade de se apresentar, já que o promotor já sabia seu nome.
- Sou muito amigo do Edward, e do seu avô, Harry.
- É claro. – Meu irmão concluiu tranquilamente - prazer em conhecê-lo, senhor Moura.
- Igualmente. – Ele se voltou para mim – e você deve ser a senhorita Levins. Se parece muito com sua mãe.
Que grande mentiroso. Eu não tinha nada em comum com Candece.
- É o que vivo dizendo a ela. – Davi soou sarcástico – bom, não iremos tomar mais do seu tempo promotor...
- Não, não, se incomode com isso. – Ele interrompeu meu irmão – eu já iria convidá-lo para juntar-se a nós. – Ele gerticulou para a mesa onde havia várias pessoas, como ele. Todas atentíssimas a conversa.
- Eu agradeço o convite, mas estou com minha família neste momento.
- Eu insisto. Temos alguns assuntos para tratar e gostaria de discuti-los, eu garanto que serei breve.
Por um instante, Davi passou o olhar pelo promotor, depois para sua mesa analisando com cuidado o ambiente. Uma pena que ele fosse tão pouco expressivo. Eu gostaria de saber o que se passava em sua mente nesse momento.
- Lamento senhor Moura. Não hesitarei em atendê-lo na Levins, mas agora estou com minha família. – Ele disse de uma vez, e sem dá tempo de protesto, voltou a fazer nosso caminho, segurando meu braço.
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O AMOR ME CUROU
RomanceSuzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está. Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...