Candece
— Parece que sua noite de sexta foi agitada, Asafe. — Papai disse na segunda feira pela manhã, ao entrar na sala.
Asafe pigarreou ao meu lado. Esperou que papai puxasse a cadeira para mamãe e tomasse seu lugar a mesa, para responder:
— Sinto muito por não ter ido ao jantar papai. Aconteceu um acidente no jogo que exigiu minha atenção.
— Sei disso.
Os olhos dele denunciavam que estava bastante irritado.
— E como está o garoto? — Mamãe entrou na conversa.
— Bem. Ele vai se recuperar.
— Nada mais a acrescentar? — papai de novo, desta vez pausando os olhos a Davi, que pego desprevenido, não conseguiu esconder a surpresa por ser introduzido na conversa.
— Não, não que eu saiba. — Meu irmão respondeu com desconfiança.
— Então que tal explicar porque todo o custo do hospital, e do tratamento desse garoto desconhecido saiu da sua conta?
Dizer que nossas bocas se abriram em espanto, com a afirmação de papai foi um eufemismo. Como ele poderia saber disso? Era claro que estávamos cientes que ele saberia que estivemos no hospital, com segurança o tempo todo em nosso castro, mas quanto o pagamento, como ele tinha chegado a essa conclusão?
— Como soube disso? Está monitorando minhas contas? — Davi perguntou não conseguindo esconder seu espanto e indignação.
— Não seja ridículo! Eu sei de tudo que acontece nesta família. — falou papai, com toda a frieza que tinha nas veias.
– Eu pedi a Davi que pagasse, o garoto que se machucou é irmão da Fiorella, minha namorada. – Asafe disse por fim.
Nem mamãe, nem papai pareciam surpresos, então imaginei que eles já soubessem disso também. Todo aquele interrogatório era só para ouvi-los dizer com a própria voz, e depois sabe se Deus o que fariam.
– E porque os pais deles tiveram que pedir logo sua ajuda?
– Eles não pediram pai, eu me ofereci. – Asafe os defendeu – Davi me emprestou o dinheiro, mas eu irei devolver quando minhas contas forem liberadas.
– Não seja idiota! O dinheiro na sua conta, na conta do seu irmão, todo pertence a mim, e não me agrada em nada que vocês o estejam desperdiçando com essa interminável lista de pobres desgraçados!
Ah Deus do céu. Agora a briga iria realmente começar.
– Pobres desgraçados? – Asafe perguntou irritado.
– O que seu pai está tentando dizer. – Mamãe tomou a frente tentando apaziguar as emoções – é que estamos preocupados que talvez eles estejam tentando se aproveitar de vocês.
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O AMOR ME CUROU
RomanceSuzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está. Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...