Capítulo 37 Coisas bonitas me lembram você.

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Levi

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Levi








Levi estava sentado no banco, e eu o vi assim que o motorista estacionou o carro.

— Não precisa me esperar. — Disse ao motorista antes de sair do carro com as mãos cheias de sacolas — vou voltar com o Levi.

Ele assentiu, então eu fechei a porta atrás de mim.

O dia estava realmente lindo hoje. O sol havia saído por entre as nuvens e o clima cálido e suave anunciava uma tarde tranquila no Hyde Park o que não era estranho, nessa época do ano.

— Seja bem vindo de volta. — Disse com um sorriso.

Levi levantou e me abraçou, com carinho assim que me viu.

— Senti sua falta. — Ele sussurrou.

Suspirei satisfeita com a afirmação. Eu também tinha sentindo a dele.

Nós seguimos para o gramado, onde Levi estendeu a manta, o mais distante possível das outras pessoas que também estavam no parque. Enquanto isso, eu tirei da bolsa as frutas, bolos, e bebida que havia trazido. Era oficialmente, nosso primeiro piquenique juntos, já havíamos feito muitos antes, principalmente na infância, mas esse era o primeiro a sós, bom ou ao menos um pouco a sós, já que o parque estava cheio, e tinha também os seguranças, que embora não se aproximassem para nos dá privacidade, acabavam se destacando em seus ternos.

— Como foi sua semana? — Ele perguntou.

— Um terror! — Fiz uma careta que fez Levi sorrir — Asafe deve ter te contado tudo que aconteceu, e você deve ter visto o hematoma no seu rosto.

— Ah, sim. Ele está terrível.

Assenti concordando, embora tivesse passado alguns dias o hematoma ainda não tinha desaparecido, e tinha certeza que ainda demoraria um tempo para isso. Lembro de que naquela noite, depois que ele chegou de seu trabalho na construção e mamãe viu seu rosto, fez um escândalo, papai revirou os olhos com impaciência, e disse muito contragosto que Asafe ainda o faria ter um infarto, mas como ele estava de bom humor, acabou não tendo briga, ao menos daquela vez.

— Mas não quero falar do seu irmão. — Levi continuou pegando algumas uvas e levando a boca.

— Então porque não falamos sobre sua viagem. — Eu disse fazendo o mesmo com expectativa — estou tão curiosa, você gostou do campus, e as pessoas são legais, a cidade é bonita? E em Milão, como está o Noah?

Levi sorriu animado.

— Antes de responder suas perguntas, eu trouxe algo para você. — Ele anunciou, e então tirou de uma sacola uma caixinha de cristal. Dentro havia um prendedor de cabelo dourado, em formato de borboleta, com cristais nas asas.

Era tão, tão delicado e bonito.

Levi suspirou, e olhou para os meus olhos, parecendo se esquecer completamente que estávamos cercados de pessoas, por um tempo.

— Me fez lembrar você. — Ele disse por fim.

Eu sorri, de orelha a orelha. Talvez toda a Londres pudesse ver.

— Porque eu amo tudo que você me dá? — Perguntei fitando a caixinha.

— Porque é um presente meu, evidentemente. — Ele brincou. — Eu amo tudo que você me dá, porque vem de você.

Eu senti meu coração subi varias batidas ao ouvi-lo falar assim, talvez porque curiosamente, tenha sido a primeira vez que começava a vê-lo de forma diferente.

— Mas eu nunca te dei nada, Levi. — Murmurei escondendo meus olhos pra não mostrar o quanto eles haviam ficado felizes com as palavras dele.

— É claro que deu. Seu tempo, seu carinho, sua confiança. — Ele olhou pra mim sorrindo; o sol cintilava no seu rosto, nos seus dentes.

Ele era mesmo muito bonito, por dentro e por fora.

— Você também me deu tudo isso. Então eu devo retribuir. — Disse muito convicta — o que você gostaria de ganhar?

— Você. Seu amor, sua atenção. — Sua boca se contorceu naquele sorriso torto tão lindo e meu coração quase parou.

Como ele... Como ele conseguia ser assim tão sincero, e dizer essas coisas assim, do nada. Minha cabeça estava rodando pela rapidez que a nossa conversa mudou de rumo. Do alegre tópico de presente, nós de repente estávamos nos declarando.

Eu desviei o olhar do seu, muito nervosa, e tentei engolir o nó que se formou em minha garganta, quando voltei a fita-lo, seus olhos me fitavam esperando por uma resposta. Eu apenas assenti, convicta do que faria. Eu aprenderia, aprenderia a amar o Levi, como ele me amava.

Eu tentei ser positiva, mas minha voz estava fraca quando falei:

— Você vai ter que ser paciente comigo.

Ele deu um sorriso surpreendentemente travesso.

— Eu sou a paciência em pessoa. — Levi disse e pegou a caixinha da minha mão. Segurou o prendedor com cuidado, e colocou na minha franja que estava caindo no meu rosto. — Combinou com você.

Eu tirei o celular da bolsa, e coloquei na câmara para olhar.

— Você é muito bom em dá presente. — Afirmei satisfeita — disse que o prendedor fez você lembrar de mim, porque? — perguntei me voltando para ele.

— Porque é bonito. Coisas bonitas me lembram você.

— Você não consegue ficar um minuto sem flertar, não é? — Brinquei.

— Não com você. — Ele concordou sorrindo. Nossos olhos se encontraram e eu sorri também. Nós sorrimos juntos pela idiotice e impossível felicidade do momento. — E eu também quis dá algo pelo seu aniversário.

Eu o fitei aturdita.

— Meu aniversario é só daqui a uns oito meses.

— Eu sei, mas eu quis ser a primeira pessoa. — Um sorriso triunfante vagarosamente iluminou o seu rosto.

Eu retribuí, é claro. Gostava de que com o Levi, tudo era tão mais leve.

— Vem, vamos tirar uma foto. — Disse me apoiando nele e erguendo o celular. — Daqui a um ano o aplicativo vai me lembrar dessa foto. — Comentei pensativa — o que você acha que vamos está fazendo?

— Eu não sei. — Levi respondeu analisando a foto também — mas espero que tudo esteja bem. 

 

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