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🌪pov' sn🌪
- os batimentos estão mais fortes...
- ela tá acordando!
- vou avisar o marido.
Escuto algumas vozes mas não consigo decifrar de quem são. Tento abrir os olhos mas parece que tem uma tonelada nas minhas pálpebras... depois de um grande esforço finalmente enxergo as coisas a minha frente.
Um quarto todo branco, com luzes muito fortes. Giro um pouco a cabeça e sinto alguma coisa na minha boca e... garganta! Talvez um tubo. Meus lábios estão secos e sinto muita sede. Ao meu lado uma mulher vestida com um jaleco branco me encara ansiosa, ou nervosa. Ela é estranha.
Tento me mexer na cama mas sinto meu corpo inteiro doer.
Sara- não se mexa, o doutor Fabrício já está vindo examiná-la — fala com voz um pouco trêmula, realmente ela tá nervosa — meu nome é Sara, sou estagiária nesse hospital, acompanhei seu caso desde o primeiro dia, e é realmente... impressionante!
Hospital? Caso? Primeiro dia? Minha cabeça parece rodar um pouco e então um homem moreno e alto entra na sala.
Fabrício- olá, sou o doutor Fabrício. Vamos tirar de você o tubo endotraqueal, ele foi utilizado para ajudá-la a se manter respirando — enquanto ele fala a mulher que se apresentou como Sara e um outro rapaz começam a tirar esse negócio de mim. Parecia que estavam rasgando minha garganta — você ainda não deve conseguir falar muito bem, mas vou ter fazer algumas perguntas, ok?
Assinto e ele senta em uma cadeira próximo de mim.
Fabrício- você se lembra do seu nome? — que pergunta idiota é essa? — lembra? — concordo com a cabeça — pode tentar me dizer ele?
Sn- é... sn — digo com certa dificuldade e Sara aparece com um copo de água. bebo.
Fabrício- muito bem! Sn, você sabe que dia é hoje? — nego com a cabeça — ok... e sabe quantos anos você tem?
Sn- t..tenho vinte anos — ele inclina a cabeça e franze o cenho.
Fabrício- você sabe o motivo de estar aqui?
Sn- não...— o médico anota mais algumas coisas em sua prancheta e se levanta.
Fabrício- vamos fazer alguns exames e mais tarde volto para te ver, por enquanto Sara ficará de olho em você! — sai do sala me deixando sozinha com a mulher.
Eu não sabia que horas eram, mas já tinha se passado bastante tempo desde que o médico esteve aqui. Durante esse tempo colheram meu sangue, me levaram pra fazer um exame que me colocavam de dentro de um negócio tipo uma cápsula e me deram uma comida sem sal horrorosa. Quero ir embora.
