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Jay admirava a forma como Looke falava, e agia quando se tratava da pirralha, e ali ele largava de lado todos os problemas próprios, todo o transtorno e agonia, para cuidar dela. Jay gostava daquele lado calmo de Looke, assim como gostava de ver que Larry e Scar estavam mais próximos, e como Caleb se importava com eles de uma forma sincera ultimamente, ele havia até mesmo parado de brigar com Scotth, que era o único ali que não passou por boas mudanças, o lance da Max realmente abalou ele, e o loiro compreendia completamente.
-A gente está aqui com você. -Looke continuava a alisar os fios de Scar.
-Ta funcionando. -Larry disse sentindo o corpo da menor se acalmar.
-Eu quero ver seu rosto. -Looke falou cutucando o ombro dela. -Deixa eu ver? Preciso ter certeza que você não está machucada, Scar.
-Eu deixo você ter uma arma, maninha, mas por favor, diz alguma coisa. -Larry pediu em desespero. A menina parou, respirou fundo e fungou.
-Vai mesmo fazer isso? -A voz chorosa e abafada soou.
-Sim...-Larry não estava feliz sobre aquilo, mas se ter a arma tranquilizaria ela, ele faria aquele esforço.
Scarlett ergue a cabeça, olhando primeiramente para o rosto pálido do irmão. Larry não resistiu e desviou os olhos da menina, deixando escapar lágrimas de alívio e dor. Jay observou a cena e se inquietou, ver Larry chorar era algo raríssimo, ocorreu somente uma vez, em anos de amizade, e ali, ele se desmanchou como algodão na agua, só de olhar para a irmã.
Scar logo encarou os dois amigos. Seus olhos estavam vermelhos, inchados e assustados. Sua cara era molhada e suja de terra, o nariz escorria e se não fosse pela sensação ruim que os meninos sentiam, teriam caçoado da garota, mas Jay e Looke só queriam abraçar Scar, e acalmá-la. Jay arrumou os cabelos dela, e Looke sorriu, abrindo a bolsa e pegando algo para ela limpar o rosto.
-Se sente melhor? -Jay perguntou. E Scar acenou que sim. -Está machucada?
-Não, mas ele sim. -Scar disse puxando o rosto do irmão. Os dois haviam esquecido do ferimento nada bonito no rosto do Larry.
Antes que mais alguma coisa fosse dita, o carro freou bruscamente, e todos olharam para Liam, que sacou a arma do coldre da bota e olhou para o painel.
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Nosso mundo apocalíptico
Science FictionUm grupo de jovens, uma explosão e muita jornada pela frente. Seria possível uma instabilidade entre tudo e todos? Uma arma na mão de pessoas tão jovens, seria a solução ou o começo de algo grande e ruim? A sobrevivência seria crucial, mas a mente s...