𝟭𝟯𝟵

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𝐌𝐚𝐣𝐮'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

-Filha, pega uma água pra mim por favor.- minha mãe pede com a voz fraca e eu imediatamente levanto pra pegar água pra mesma.

-Aqui, mãe.- digo entregando o copo pra ela.

-Tudo bem pra você se seu sair por 2 minutos? Preciso ir lá embaixo liberar a Marília, ela veio te ver e não querem deixar ela subir.- digo pra minha mãe olhando meu telefone.

-Ai que bom que ela veio. Vai lá sim, filha.- minha mãe diz e eu saio do quarto, indo atrás de Marília.

Peguei o elevador pra descer até a recepção onde estavam barrando a Marília e pedi pra liberarem a mesma.

Não demorou pra que liberassem a mesma.

-E aí, amiga. Como você tá?- ela me abraça.

-Do jeito que da, né amiga.- respondo sem emoção.

-E a sua mãe?- ela pergunta quando entramos no elevador.

-Tá tão fraquinha. É péssimo ver isso tudo. Extremante estressante.- digo com os olhos já enchendo d'água.

-Eu imagino que deve ser muito difícil mas pensa que você ta grávida. Se estressar tanto assim não vai ser bom.- Marília diz.

-Amiga mas sei lá, tantas coisas me deixam tensa mas a pior é ter que olhar pra cara do meu pai. Ele não tá aí mas vai vir direto do trabalho. E eu odeio olhar pra cara dele. Lembro de tantas coisas que me fazem tão mal.- desabafo.

-Eu sei disso. Mas tenta pensar no seu bebê. Na família que você tá construindo agora. Sei que é difícil mas pelo menos tenta. Você é forte, já passou por muita coisa e não é isso que vai te derrubar.- ela diz e eu enxugo as lágrimas que tinham caído.


Entramos no quarto novamente e Marília foi falar com a minha mãe.

-Ahh Marília, que bom te ver.- elas se abraçam.

-Como estão seus bebês?- ela pergunta.

-Estão bem, graças a Deus.- Marília sorri.


Ficamos por um tempo conversando e a tensão no meu corpo me deixava cada vez pior.

Pra melhorar a situação, meu pai chegou.


-Olha só quem tá aqui de novo, a filha que só se importa com a mãe quando ela está à beira da morte.- ele diz quando entra e me vê.

-Escuta você é imbecil ou o que? Olha as merdas que você fala.- digo irritada.

-Eu não menti em momento nenhum.- ele debocha.

Marília saiu do banheiro e só aí, ele viu que ela estava lá.

-Ih, a má influência da nossa filha cabeça fraca também veio.- ele diz.

-Olha só, você fala o que quiser de mim, mas não ouse falar da pessoa que mais me acolheu quando você quase acabou com a minha vida.- digo gritando, mais irritada ainda.

-Maju, não vale a pena.- Marília fala comigo.

-Filha, você não comeu o dia todo. Vai com a Marília e depois volta aqui.- minha mãe diz na tentativa de apaziguar a situação.


-Isso, amiga. Vamos lá.- Marília me puxa na mesma hora.


Saímos do quarto e eu desabei de tanto chorar no abraço da Marília.


Porque ele só não foi um bom pai?

Porque ele não me amou?

Porque ele me tratava daquele jeito se eu era só uma criança?


-Se acalma. Isso tudo que você tá lembrando já passou. Eu tô aqui agora e tá tudo bem.- Marília me abraça forte.

-Vamos comer. Você precisa se alimentar.- ela me lembra.


Sequei as lágrimas e fomos em direção ao restaurante do hospital.


-Gabriel me mandou mensagem perguntando como você tá.- Marília comenta enquanto esperamos a comida.


-Diz que eu tô bem. Não quero encher a cabeça dele com os meus problemas.- digo passando a mão no rosto.

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Comentem demais pra eu soltar o próximo logo!!

não te amo.- yuri alberto e gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora