𝟭𝟲𝟬

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Maratona 1/5

𝐌𝐚𝐣𝐮'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰
2 dias depois

-Caramba, Maria Júlia, não enche. Eu já te disse que tá tudo bem.- Gabriel diz.

-De verdade, Gabriel, assim não vai dar.- digo.

-Assim como, cara? Você tá forçando uma situação que não existe.- ele diz.

-Gabriel você não enxerga problema no jeito que você tá me tratando? Tudo porque eu tô tentando te ajudar.- digo.

-Esse é o ponto, eu não preciso de ajuda.- ele insiste.

-Não precisa? Gabriel, era seu sonho ser pai, seu maior sonho. E agora eu perdi uma filha sua e você age como se simplesmente não se importasse.- começo a chorar.

-Você não divide a sua dor comigo e agora, sempre que eu olho pra você, eu me sinto extremamente culpada por ter perdido a sua filha e de quebra, você não deixa eu tentar amenizar a sua dor, porque você simplesmente age como se não sentisse ela.- digo entre lágrimas.

-E porque você não pode simplesmente respeitar as coisas que eu digo?- ele rebate.

-Meu Deus você não escutou nada do que eu acabei de dizer? Eu me preocupo com você, cara. Você precisa viver esse luto pra um dia conseguir superar isso. Agir como se você não sentisse, pode até funcionar por um tempo, mas depois, tudo vai vir à tona, e muito mais forte.- digo e ele apenas sai do quarto, com os olhos cheios de lágrimas.

Tudo que eu fiz foi sentar na cama e chorar.

Dessa vez, de exaustão.

É horrível viver assim, eu e Gabriel deveríamos estar mais juntos do que nunca agora.

E isso tudo só torna as coisas mais difíceis.

Um tempo depois, Gabriel entrou no quarto e eu rapidamente limpei as minhas lágrimas.


-Vamos conversar.- ele diz se sentando na cama.

Me ajeitei e fiquei frente a frente com o mesmo.

-Eu preciso de um tempo, Maju.- ele diz.

-Eu te amo muito, mas no momento eu só vou te fazer mal. E eu não quero isso pra você.- ele continua.

-Você pode contar comigo a qualquer momento mas eu tenho uma forma diferente de lidar com a dor. Uma forma que você não vai entender, e eu não tô dizendo que você precisa entender, nem eu entendo as vezes.- ele conclui.

-Tudo bem. Eu concordo.- digo.

-A gente não tá terminando, né? É um tempo.- ele diz.

-Pra mim isso não existe, Gabriel. Ou a gente tá junto ou a gente não tá. E agora, a gente não tá.- digo.

-Tá bom.- ele diz abaixando a cabeça.

-Você pode dormir aqui hoje e amanhã eu deixo você em casa.- ele diz.

-Não, meu carro tá aí, vou pegar as minhas coisas e passar a noite na Marília.- digo.

-Tem certeza? Eu durmo no quarto de hóspedes se precisar.- ele diz.

-Eu preciso ir pra lá, você sabe.- digo.

Arrumei as minhas coisas na minha mala e Gabriel foi se despedir de mim na porta.

-Fica bem, tá?- digo segurando o choro quando ele me abraça forte.

-Você também. Qualquer coisas me liga.- ele responde e eu o abraço mais forte.

Nos soltamos e eu fui até o meu carro.

Respirei fundo e dirigi o mais rápido possível pra casa dos Ribeiro.

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Vou falar pra vocês que tô animada pra essa maratona, os edits pro tiktok já estão prontos, inclusive.

E se acalmem, não me persigam e nem me matem, por favor. Prometo que tenho um plano LINDO pra concertar isso tudo e eu conheço vocês, cês vão amar com certeza.

COMENTEM MUITO!!!!

não te amo.- yuri alberto e gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora