𝟭𝟵𝟰

3.5K 292 95
                                    



𝐌𝐚𝐣𝐮'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

Treinei, almocei na casa da Marília e saí de lá direto pro hospital, já que meu plantão começava em pouco tempo.

Assim que cheguei, fui trocar de roupa pra começar a atender.

As primeiras 3 horas foram tranquilas, até chegar um  paciente que estava com um caco de vidro fincado no peito.

-Gabriel Martins, 24 anos, acidente de moto.- os socorristas tiram ele da ambulância.

-Leva ele pro trauma 2.- digo.

-Você é a namorada?- pergunto pra menina que estava acompanhando na ambulância.

-Não, melhor amiga.- ela diz chorando.

-Você estava na moto?- digo entrando com ela.

-Estava, mas eu voei pra longe na batida, ele caiu em cima do carro e o vidro entrou nele.- ela chora.

-Olha, eu preciso ver seu amigo mas você tem que fazer alguns exames.- digo chamando um médico disponível.

-Não deixa ele morrer, por favor.- ela diz chorando e eu vou até a sala em que ele estava.

Examinei ele e os resultados não eram bons.

-Doutora, a gente vai retirar o vidro?- o médico auxiliar me pergunta.

-Não, perfurou o coração, se tirarmos o vidro ele vai sangrar até morrer. O vidro está estancando o sangramento.- respondo pensando no que fazer.

-Olha, façam um raio x de tórax nele, eu vou ver como está a amiga dele. Peçam prioridade pros resultados e me chamem assim que ficar pronto- peço e saio da sala.

-O que ela tem?- pergunto quando encontro a amiga dele.

-Deslocou o braço, mas já colocamos no lugar. Teve um corte tá testa mas já suturamos.- o médico diz.

-Ótimo.- digo.

-E o Gabriel? Como ele tá?- ela pergunta preocupada.

-Ele tá no raio x agora.- digo.

-Qual o seu nome?- pergunto.

-Maria Clara.- ela diz.

-Olha, eu também tenho Maria no nome- digo tentando tranquilizar a mesma.

-Eu te conheço.- ela diz se acalmando.

-Doutora, os resultados.- me entregam o resultado do raio x.

-Olha, agora eu vou cuidar do seu amigo.- aviso pra ela e volto pra sala que ele estava.

Cheguei abrindo os resultados.

-Que droga, perfurou o coração.- digo negando com a cabeça.

-Vamos levar ele pra cirurgia, sala 2, comecem a preparar ele.- digo.

-Gabriel, você consegue falar comigo?- digo me aproximando do paciente.

-Sim.- ele diz.

-Eu sou a Doutora Magalhães, mas você pode me chamar de Maju. Nós vamos te levar pra sala de cirurgia agora.- digo.

-Doutora, eu não posso morrer.- ele diz.

-Você não vai.- digo.

-Sabe a Clarinha? A menina que tava comigo.- ele diz e eu concordo com a cabeça.

não te amo.- yuri alberto e gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora