não te amo.- yuri alberto e gabriel barbosa

𝟭𝟱𝟳

𝐠𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

Maju segurou o meu braço mais forte e fez uma expressão de dor.

-Doutora Magalhães? O que houve?- uma enfermeira encontra Maju.

-Eu tô tendo um aborto.- ela diz.

-Para de falar isso, Maria Júlia. Vira essa boca pra lá.- Marília diz desesperada.

-É sério.- ela diz quando vejo sangue escorrendo pelo
meio de suas pernas, antes que a mesma desmaiasse.

-Escuta, a partir daqui acompanhantes não
podem entrar.- a médica me para.

-Nós vamos cuidar dela. Eu aviso assim que puderem vê-la.- a médica diz entrando com a Maju.

Eu me sentei na cadeira, escondi meu rosto com as mãos e derramei algumas lágrimas.

-Gabriel, vai ficar tudo bem.- Marília se senta do meu lado e começa a alisar as minhas costas.

-Muito difícil acreditar nisso, Marília.- digo secando as lágrimas.

Éverton se sentou do meu outro lado.

-Família da doutora Magalhães?- um médico pergunta e nós três levantamos no mesmo instante.

-Escuta, a médica responsável pelo caso pediu pra dar atualizações. O caso dela é grave. Ela bateu a barriga na quina de um móvel e acabou atingindo o bebê, causando uma hemorragia interna, e isso afeta a mãe também. Estamos fazendo tudo que é possível e eu volto com mais notícias assim que der.- ele diz voltando lá pra dentro no mesmo instante.

-Ai meu Deus.- Marília começa a chorar.

Avisei o Fabinho do que estava acontecendo e pedi pra ele avisar pra minha irmã e pros meus pais.

Em pouco tempo, Fabinho chegou no hospital também e meus pais e minha irmã compraram passagem pra vir pro Rio.

Marília ligou pros pais dela e pediu pra ficarem com os meninos, pra que ela e Éverton pudessem ficar aqui.

Ficamos por horas na sala de espera até que pudéssemos entrar pra ver a Maju.

-Antes de entrarem, eu preciso falar em particular com o companheiro dela.- a médica diz e eu me levanto.

Fomos até a porta do quarto e paramos pra que ela pudesse falar comigo.

-Senhor Gabriel, você precisa contar isso pro resto da família como achar melhor, e eu sinto muito em te dizer isso.- ela diz começando a me assustar.

-A bebê de vocês não resistiu.- ela diz colocando a mão no meu ombro.

-As chances de sobrevivência eram baixas e mesmo fazendo tudo que pudemos, ela não resistiu. Maju já vinha de uma gestação difícil e isso acabou contribuindo pra isso. Existem algumas decisões a se tomar agora mas vamos esperar a Maju acordar pra isso.- ela diz.

-Você disse "a bebê". Era uma menina?- sinto minha voz trêmula e meus olhos enchendo de lágrimas.

-Era.- ela responde.

-E a Maju? Como ela tá?- pergunto tentando não chorar.

-Ela está bem. Controlamos a hemorragia e agora é só esperar ela acordar.- ela responde.

Voltei pra sala de esperar e Marília, Éverton e Fabinho se levantaram na hora.

-Perdemos a nossa filha.- digo e Marília me abraça no mesmo instante.

-Você também faz parte da nossa família, Gabriel. E a gente vai passar por isso juntos.- ela diz.

-Eu preciso ver ela.- digo secando as lágrimas e saindo do abraço.

-Vamos?- digo a eles.

-Vamos.- todos se levantam.

Entramos no quarto e lá estava ela.

Desacordada e com um acesso na mão, sem nem imaginar o que aconteceu.

Vai ser muito difícil.

Me sentei do lado dela na cama e segurei sua mão.

-Compramos roupinhas pra bebê hoje mais cedo. Ela tava tão feliz e animada em ser mãe. Eu tava realizando o meu sonho de ser pai, isso não é justo.- digo.

Logo, Maju acordou.

Ela demorou um tempo pra entender as coisas.

-Como tá o bebê? Como tá o nosso bebê?- ela olha pra mim e meus olhos se enchem de lágrimas novamente.

-A gente tem um anjinho agora.- digo e ela começa a chorar.

Passamos um bom tempo abraçados, logo Marília e Éverton foram falar com ela, e eu saí de lá pra tomar um ar, Fabinho foi comigo.

Eu não entendo porque as coisas tem que ser assim.

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Eu JURO pra vocês que TUDO tem um motivo.

Tudo isso é pelo final feliz, sério🥲🥲🥲