𝟭𝟴𝟴

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𝐠𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

Maju foi embora e eu me deitei na cama pensando na nossa noite ontem.

Eu tava bêbado, mas lembro de cada segundo.

Não entendi muito bem o desespero dela.

Ela provavelmente se arrependeu, mas tenho certeza que não totalmente, porque foi bom demais.

É sempre bom demais, surreal.

Mas eu tinha que ter pensado mais nisso.

Pra ela foi só uma noite e agora eu fico aqui pensando nela.

Logo me levantei e coloquei uma roupa pra ir pro CT.

-Bom dia, Gabriel.- minha família diz em coro quando eu desço as escadas.

-Bom dia?- me sento na mesa.

-O que que foi você e Maju ontem, ein?- Dhiovanna pergunta rindo.

-O que que você fez? A menina saiu daqui hoje desesperada.- minha mãe diz.

-Eu não fiz nada. Ela que acordou meio arrependida.- digo.

-Todo mundo já sabia que vocês iam se arrepender.- Dhiovanna diz.

-Eu não me arrependi.- digo.

-Porque você pensa com a cabeça de baixo.- Dhiovanna rebate.

-Ah, mulher dramatiza muito as coisas.- reclamo.

-Gabriel, você é muito insensível, sabia? A mulher perdeu um filho seu, isso vai doer pra sempre. E além de tudo, você terminou com ela quando vocês deveriam estar mais juntos do que nunca. Ela ontem não pensou com a razão e agora viu que fez besteira.- Dhiovanna defende.

-Vou pro treino.- me levanto e vou pro carro.

Respirei fundo e fui ouvindo música até o CT.

E pensando pelo lado da Dhiovanna, se antes já tava ruim, agora piorou.

Cheguei no CT e Éverton veio em minha direção.

-Eu não fiz nada.- já aviso.

-No estado que ela chegou lá em casa, alguma coisa vocês fizeram.- ele diz.

-Ué, Éverton, a gente transou e quando ela acordou, foi embora correndo. Nem conversar a gente conversou.- digo.

-Vocês dois são muito irresponsáveis, como é que vocês vão pra cama sem conversar sobre o que aconteceu no relacionamento de vocês? Era óbvio que ia dar nisso.- Éverton diz.

-Ah, cara, é foda.- digo indo pro campo.

Treinamos e o Éverton me obrigou a ir pra casa dele.

-Eu não quero saber. Vocês vão se resolver e é agora.- ele diz entrando no carro.

-Éverton, você precisa ser internado.- digo.

Dirigi até a casa dele e entrei, logo dando de cara com Marília e Maju no sofá.

-Maria Júlia, vem aqui.- Éverton levanta ela e puxa ela pra dispensa.

-Agora você vem aqui.- ele me puxa.

Ele me jogou dentro da dispensa com a Maria Júlia e trancou a porta.

-Éverton, ME TIRA DAQUI.- Maria Júlia bate na porta.

-MARÍLIA.- Maju grita.

-Amiga, a chave tá com ele.- Marília diz.

-Marília você sabe que eu não posso ficar aqui.- Maju insiste.

-Porque você não pode ficar aqui?- pergunto.

-Porque toda vez que eu fico perto de você eu perco o controle e acabo com a minha boca grudada na sua.- ela diz e eu dou risada.

-Vão namorar SIM.- Éverton diz do lado de fora.

-Éverton, quando eu sair daqui eu vou MATAR você.- ela diz.

-Estou indo ver TV com a minha esposa, quando terminarem me mandem mensagem.- Everton ri.

-Nossa mas eu vou matar ele mesmo.- ela diz se sentando.

-Já que agora não tem o que fazer, vamo conversar?- digo me sentando também.

-O que você quer conversar?- ela diz respirando fundo.

-Sobre a gente.- digo.

-Não tem mais a gente, Gabriel. Esse é o ponto.- ela diz.

-Porque que você tá tão na defensiva, cara?- pergunto.

-Porque doeu muito, Gabriel. Você terminou comigo no pior momento da minha vida e eu entendo que também foi péssimo pra você, mas eu tentei te ajudar. E eu estava disposta a continuar do seu lado.- ela diz enquanto algumas lágrimas escorrem.

-E eu não quero ficar perto de você no momento porque eu não sei manter os limites que a gente deveria manter, e eu não quero sentir de novo a dor que eu senti quando a gente terminou.- ela diz.

Abaixei a cabeça e respirei fundo e logo o telefone da Maju tocou.

-Alô? Sim, sou eu mesma.- ela diz enxugando as lágrimas.

-Claro. Prepara ela, eu chego aí em 15 minutos.- Maju se levanta.

-O que houve?- pergunto ao ver ela se levantar preocupada.

-Uma paciente minha precisa de uma cirurgia de emergência.- ela diz ligando pro Éverton.


-Eu preciso ir pro hospital e você tem que vir abrir isso aqui agora.- ela diz quando ele atende.

-O que houve?- Marília pergunta quando o Éverton abre a porta.

-Ligaram do hospital, preciso ir operar agora.- ela diz.

-Me empresta seu carro?- ela pede rapidamente pro Éverton.

Ele deu a chave e ela saiu correndo.

-E aí?- Marília me pergunta.

-Tô me sentindo um merda, preciso ir pra casa.- digo me despedindo dos dois.

-Você vai me deixar na curiosidade mesmo?- Éverton anda atrás de mim.

-Vou.- digo.

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Os próximos capítulos vão ser TÃO, mas TÃO bons.

Talvez os dias de glória de vocês estejam chegando...

Talvez.

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-Porque toda vez que eu fico perto de você

não te amo.- yuri alberto e gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora