Capítulo 33

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- O que você faz aqui? - Indaguei preocupado com a sua visita, mas não deixei transparecer.

- Acho que um pai deveria visitar o seu filho, não acha? - Questiona com sarcasmo.

- Nós dois sabemos que você nunca foi isso para mim. - Rebati. - Então, diga logo o que você quer e se retire depois. - Falei encarando o seus olhos que por sinal era diferente dos meus.

- Vejo que seu humor não melhorou durante esses anos que eu estava longe e olhe que eu dei até um sossego para você, humm, menos no seu aniversário.

- O que você faz aqui? - Perguntei novamente.

- Não achei que você ia me trazer problema, mas como sempre isso é a única coisa que você sabe fazer. - Trinquei o meu maxilar com muita vontade de respondê-lo.

Ele caminhou pelo pequeno quarto com um sorriso no rosto, não era algo amoroso, jamais foi, aquilo que ele demonstrava era um sorriso cruel e vingativo.

- Foi por isso que escolhi a Filadélfia, longe o bastante dos seus irmãos, mais perto suficiente dos meus olhos. - Seus olhos me encararam e em seus lábios tinha mais sorriso convencido.

Porra!

Como não pensei nessa merda antes? É claro que ele tinha olhos aqui, ele me acompanha como uma águia.

- Nem um dos meus filhos seguiu os planos que eu queria, mas você vai. - Enfatiza a última parte com um brilho diferente nos olhos.

- Eu não sou seu filho! - Gritei com raiva.

Ele nunca foi o meu pai, teve momentos que eu desejei que fosse.

Pedir por muitas noites que ele cuidasse de mim, Porém isso foi como um presente de criança, aquele que sempre tivemos vontade de ganhar, mas nunca chegou.

- Infelizmente o seu nariz prova que é. - Argumentou ele. - Não considero você o meu filho, mas eu tenho planos que são maiores que eu e vou usar você para atingi-lo.

- Está enganado se pensa que vou ajudá-lo. - Ironizei. - Nada nesse mundo fará eu te ajudar.

- Nem a sua parceira, Léo? - Indagou jogando a sua carta na manga.

Ele sabia dela.

Claro que sabia.

Fiquei em silêncio observando o seu sorriso se alargar.

- Sabe você e seus irmãos tem um dedo podre para paixão. - Disse ele.

- Eu não gosto dela. - Argumentei sentindo o gosto ruim da mentira na minha boca.

Ele começou a rir.

Meu coração começou a bater de forma desesperada.

- Garoto, não adianta mentir, infelizmente eu vejo em você o que estava estampado no meu rosto antes de você nascer. - Falou sem deixar de me cutucar.

Fugindo por você. (Friends To Lovers) Onde histórias criam vida. Descubra agora