Capítulo 20

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— Tem pessoas que não nasceram para serem pais Linale, não quero prejudicar nenhuma criança por não ser uma pessoa resolvida comigo mesmo

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— Tem pessoas que não nasceram para serem pais Linale, não quero prejudicar nenhuma criança por não ser uma pessoa resolvida comigo mesmo. — Respondeu com a voz meio rouca e com os olhos de ônix pousados em minha direção.

— Admiro sua escolha, se algumas pessoas do mundo pensassem nisso antes, não teríamos tantos adultos machucados e desacreditados, por aí. — Ele assentiu e continuou os seus passos.

Descemos os lances das escadas com calma e observei que o Léo fazia um grande esforço para manter o seu rosto neutro, suas mãos estavam na barra de segurança da escada.

Já embaixo, guiei ele por dois corredores até chegarmos a grande sala, a qual iríamos almoçar, a risada da minha tia Cassandra nos alcançou e sem querer abrir um sorriso.

Eles eram uma bagunça, mas era a minha bagunça.

Meu peito balançou de saudade deles, nossos almoços em família, eram as minhas noites favoritas.

— Preciso avisar que eles vão te pressionar, então quando puder e não quiser responder, desvie do assunto. — Informei com cautela.

— Não se preocupe comigo. — Diz ele calmamente como se nada daquilo o atingisse.

Eu sabia que sua expressão era uma máscara.

Era óbvio para mim que fiquei ao seu lado por quase oito meses que ele foi machucado cruelmente antes.

— Léo, meu amigo, você diz isso agora, mas no final desse jantar, vai me implorar para eu tirá-lo daqui sem que ninguém perceba. — Ele franziu o rosto. — Eu amo a minha família. — Falei explicando. — Jamais pense o contrário, o problema é que eles são curiosos demais e você é introvertido, então pode ser que não se sinta confortável com as perguntas.

— Não precisa se preocupar. — Diz ele lentamente e mudando seu peso para outra perna.

Mas é claro que eu me preocupo.

Somos amigos e parceiros, e se depender de mim sempre irei protegê-lo.

— Você é meu amigo, Léo. — Enfatizei. — E, se precisar de ajuda, é só apertar a minha mão. — Avisei abrindo a porta.

Todos param de conversar e encaram os nossos passos, meu pai se levanta e me aperta com força.

— Desculpa não estar aqui para recebê-la, ocorreu algo que eu precisava resolver com rapidez. — Dei um sorriso e beijei a sua bochecha.

— Estou feliz por estar aqui com vocês. — Sussurrei baixinho, ele beijou a minha testa e encarou o meu parceiro pelo o espaço que sobrava.

— Seja bom com ele e não espante o meu amigo para longe daqui. — Resmunguei baixinho e apaziguando a situação.

— Se ele prestar e for de boa índole não farei isso, mas caso contrário você sabe o que acontece. — Revirei os olhos e me afastei apresentando o meu amigo para ele.

Fugindo por você. (Friends To Lovers) Onde histórias criam vida. Descubra agora