Capítulo 37

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Merda, merda

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Merda, merda.

por que mesmo com uma memória fotográfica eu não consigo aprender esse idioma, são várias gírias que acabam comigo.

Encarei o documento desistindo, alemão e portugues definitivamente não é para mim.

E, infelizmente, o documento está em portugues que apesar de ser um idioma lindo é muito complicado.

Vou ter que pedir a ajuda do Léo, o que é uma merda, já que parece que o mesmo caiu da cama hoje.

— R, preciso da sua ajuda com alguns papéis — Falei, sabendo que ele odeia quando o chamo assim, quem mandou ele escolher um codinome que combina perfeitamente com o seu apelido.

— Depois, lin. — Disse me dispensando com um gesto de mão.

Inacreditável!

como ele pode agir assim?

Respirei fundo tentando não me estressar, mas sempre terminamos assim, discutindo um com o outro.

— Eu não tenho como traduzir esse documento sem você, já que eu não sei portugues, agente R. — Falei calmamente e observando os outros agentes nos encarando.

— Como você se tornou minha parceira? — Indaga sem me olhar, meu peito errou as batidas, minha respiração se aprofundou e eu encarei o meu parceiro, o meu ex-amigo. 

Ele nem teve a decência de me olhar. 

Suas falas diziam que eu era um lixo, algo descartável que a qualquer momento ele poderia jogar fora.

Aquilo quebrou algo em mim, firmei a minha perna no piso e levantei um pouco a minha cabeça, eu jamais deixaria ele ver que me atingiu.  Encarei seus olhos pretos e vazios, aqueles olhos que um dia me chamavam tanta atenção.

— Eu sei outras línguas, mas não essa. — Falei rapidamente tentando explicar, mas eu nem devia estar fazendo isso, afinal ele é o meu parceiro e é sua obrigação fornecer assistência para o melhor da equipe.

Aliás, quem é ele para falar sobre a minha capacidade?

— Além disso, você não deveria questionar a minha capacidade e como meu parceiro tem a obrigação de me ajudar. — Lancei um último olhar para ele antes de caminhar até a saída. 

A cada passo que eu dava, eu sentia a minha respiração irregular, eu estava me sentindo traída. 

Ele não era assim. 

Esse homem não é a mais o amigo que eu conheci anos atrás, eu tentei, na verdade não, eu não quis acreditar. 

Essa é a palavra certa. 

Nunca quis admitir que não existe mais aquele Léo. 

Não existe o cara que gostava de cuidar de mim, não existe o Léo que comprava torta só porque sabia que era a minha favorita, não existe mais o homem que me abraçou com força quando eu quase fiquei hipotermia. 

Fugindo por você. (Friends To Lovers) Onde histórias criam vida. Descubra agora