Capítulo 79

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Encarei o rosto dele enquanto o mesmo fazia o mesmo comigo

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Encarei o rosto dele enquanto o mesmo fazia o mesmo comigo.

Ele queria uma resposta.

Um perdão.

E, apesar de amá-lo profundamente, o medo estava se apossando do meu corpo.

E, seu eu desse mais uma chance e depois ele simplesmente quisesse fugir novamente? E, se ele mentisse outra vez? Como eu poderia ter certeza que ele ficaria ao meu lado?

Abaixei a cabeça encarando o chão e quebrando os nossos olhares.

Será que eu conseguiria esquecer tudo que aconteceu? Será que eu conseguiria esquecer que, apesar de sermos amigos, o Léo nunca teve confiança em mim?

Respirei fundo quando as lágrimas começaram a descer em um fluxo contínuo, levantei o meu rosto e encarei as suas órbitas pretas que me olhavam com atenção e esperança. As nossas mãos ainda estavam unidas.

— Eu amo você, Léo. — Murmurei encarando o seu belo rosto triangular. Passei a minha outra mão pelas madeixas claras e finas. — Porém, não resta um traço de mim que confie em você. — Ele fechou os olhos por alguns segundos.

— Mas eu ainda te amo e por mais que uma parte minha não queria te perdoar, existe outra que bate desesperadamente para tê-lo ao meu lado outra vez. — Engulo em seco e me inspirou novamente tentando parar o sufocamento em meus pulmões.

— Sabe, como é difícil ouvir da pessoa que você ama que vai se casar com outra? — Indaguei encarando seus olhos pretos. — Tem ideia de quanto eu sofri? E, não. Eu não estou tentando dizer que você não sofreu, porque eu sei que isso machucou os dois, mas você poderia ter me falado!

— Se eu te falasse, Linale, você iria embora? — Questiona.

— Claro que não! — Respondi imediatamente franzindo o rosto.

— Agora, você tem a sua resposta. — Declarou. — Você não iria embora, eu te conheço, Linale. E, não há dúvidas que você ficaria na Filadélfia se colocando em perigo para me ajudar. — Diz como se aquilo fosse uma justificativa.

— Eu sei que você está magoada, porém não podemos nos afastar, porque ele estaria ganhando e o nosso amor perdendo. — Afirma desesperadamente. — Nós amamos, Linale. — Lembra ele.

Não havia como esquecer.

Não quando o meu corpo chamava o dele, não quando o meu peito batia descontroladamente com apenas um olhar dele, não quando aquele cheiro tão bom estava tão próximo. Não quando tudo o que eu mais queria era que os braços grandes e fortes dele se enrolassem em mim.

— Não quero mais te deixar, Linale. — Revelar em um tom brando. — Estou cansado de amá-la de longe, coisinha alegre. — Pronúncia passando o seu dedo pelo o meu rosto. — Por favor, Linale. — Súplica ainda de joelhos. — Me perdoa, coisinha alegre.

Fugindo por você. (Friends To Lovers) Onde histórias criam vida. Descubra agora