Capítulo 69

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 Eu estava preocupada

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 Eu estava preocupada.

Na verdade, estou seriamente preocupada.

Não. A palavra correta seria surtando.

Respiro fundo e repasso tudo em minha mente pela décima vez. Já tinha feito isso no avião e cheguei a uma única hipótese, mas como estou tentando não acreditar, irei repetir tudo novamente, pelo menos até o Léo chegar com a minha comida.

Paro de andar em círculos e caminho até o banheiro, a minha menstruação desce exatamente na mesma data. Ela nunca atrasou, a minha menstruação era mais sincronizada do que o  relógio em meu pulso. O que reforça a minha hipótese. Em segundo lugar, eu e o Léo transamos cerca de sete dias antes dessa data, só que como teve toda aquela confusão eu nem percebi o fato que ela não veio. 

Entretanto, eu tenho a certeza absoluta que usamos preservativos em todas as vezes, porém eu também sei que qualquer meio contraceptivo pode falhar.

Mas, porra, qual é a chance de logo eu participar desse grupo de falha?

Eu realmente preciso acabar com as minhas dúvidas, afinal eu sou uma adulta, tenho uma vida confortável, sou independente financeiramente e posso dar todo amor que esse bebê vai precisar, porém as falas do Léo ainda ficam presas em minha mente.

Há vários anos atrás, quando éramos apenas amigos, ele disse que jamais queria ser pai, mas e se eu estiver grávida? Ele vai nos deixar ou vai querer dividir isso comigo?

São tantas perguntas sem respostas.

— Linale.. — Ouvi a sua voz me chamando no quarto e rapidamente sai do banheiro caminhando em sua direção e tentando deseperadamente colocar um sorriso no rosto. Meus dedos tremiam a cada passo que eu dava para mais perto dele, então fechei a mão colocando ela ao lado do meu corpo.

— Oi. — Falei  quando fiquei em sua frente. Seus olhos negros me analisaram e forcei o meu máximo para não deixar nada visível. Observei ele franzir o rosto. Merda, merda, alguém me ajuda, porque ele está percebendo que tem algo errado.

Ele levantou a sua mão até o meu corpo e  me puxoi para os seus braços.

— Você está bem, Linale? — Questionou fitando os meus olhos. — Estou sim. — Menti. — Estou apenas cansada da viagem, não precisa se preocupar, senhor ranzinza. — Comuniquei baixinho.

— Certo. — Diz ele, mas era óbvio em seu rosto que ele não acreditou. — Você sabe que eu conheço cada reação sua, né? — Indagou e eu fiquei calada. — Tudo bem, eu espero você se sentir confortável para contar. — Avisou me abraçando com um pouquinho mais de força. O cheiro amadeirado dele se infiltrou em meu nariz e eu respirei ainda mais fundo tentando gravar para sempre aquele cheiro em minha memória.

Eu adorava sentir o corpo dele dessa forma.

Ficamos ali por um tempinho apenas respirando grudados um no outro. Seus braços me puxaram para o seu colo e eu dei um gritinho assustado. Ele riu com da minha careta e passou a sua mão esquerda pela minha cintura.

Fugindo por você. (Friends To Lovers) Onde histórias criam vida. Descubra agora