4. Ela será a única...

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— Bem Noah, Nicole não voltará mais para a escola, sei que você ainda é bastante novo e provavelmente não irá entender, mas Nicole sempre foi muito determinada e não é muito de confiar nas pessoas ao ponto de ter um relacionamento, minha filha sem...

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— Bem Noah, Nicole não voltará mais para a escola, sei que você ainda é bastante novo e provavelmente não irá entender, mas Nicole sempre foi muito determinada e não é muito de confiar nas pessoas ao ponto de ter um relacionamento, minha filha sempre foi super simpática e costuma conversar com todo mundo que lhe dá abertura, mas creio que criei um certo bloqueio nela com a história dela ser uma produção independente, sinceramente eu não acho isso ruim, mas nós somos muito diferentes e no dia em que vocês começaram esse namoro, ela me disse que encontrou o príncipe da vida dela.

— Eu entendo senhora, mas eu — Ela não me deixa interromper para me explicar, e meu coração dói cada vez mais.

— Noah meu bem, ela não via a relação de vocês como um namorinho de adolescentes, mesmo eu argumentando que você foi apenas o primeiro, não teve jeito, como eu disse, ela sempre foi muito determinada, e disse que era você, mas como você não enxergou isso, ela vai focar nos estudos, esquecer essa história de namoro e seguir a vida dela. Tentei fazê-la permanecer na escola, mas ela não quer mais te ver e teve até febre, eu a conheço e sei que é melhor não insistir. Sinto muito. Adeus.

Ela desliga o telefone sem me dizer mais nada, e eu fico muito mal em saber que além de tudo, Nicole ficou doente. Eu realmente não tive culpa, se ela ao menos me deixasse explicar o que aconteceu. E agora eu não tenho nada, não tenho o endereço, o telefone ela não atende e acho que não posso ficar ligando para lá depois da mãe dela pedir que eu não fizesse, não tenho mais nem a escola para tentar encontrá-la e me explicar.

Assim como vi meu pai fazer muitas vezes por sentir falta da minha mãe, passei quase que a noite toda chorando, ele sempre me ensinou que não é errado homem ter sentimentos, que não tem problema eu chorar se estiver triste, então foi isso que eu fiz, e somente quando está quase amanhecendo eu decido que não irei mais chorar, acho que nunca vou esquecer a Nicole, já achei outras garotas bonitas, mas para mim, ela não era apenas bonita, ela era perfeita, e a dor que sinto é tão forte que prometo a mim mesmo nunca mais sentir essa dor por garota alguma. E o melhor modo de fazer isso, é não namorar, serei como o irmão de Daniel, ele diz que só fica, não namora e não repete as garotas.

O fim de semana se arrastou, e para piorar eu chego na escola e parece que todos já sabem que Nicole não volta mais, Cibele está sentada no lugar dela, eu passo direto e sento na última carteira no canto da sala, ela me olha, levanta e vem até mim.

— Vem sentar do meu lado Noah

— Você só pode estar de brincadeira comigo. Por causa da sua gracinha, Nicole foi embora, sabe qual é a chance de eu se quer dar um bom dia a você?

— Noah, eu só fiz aquilo porque gosto de você, já que Nicole foi embora, você pode namorar comigo.

— Escuta bem o que eu vou te falar, Cibele, fica longe de mim, a única namorada que eu tive na vida é Nicole, eu não vou namorar com ninguém além dela, e se não encontrá-la e conseguir o perdão dela, eu não vou mais namorar, vou apenas ficar, porém nem isso você conseguirá comigo. — Paro de falar pois a professora entra.

Os próximos dias passam se arrastando, tentei mais algumas vezes conseguir o endereço ou o nome da escola em que Nicole está, mas não tive sucesso, parece que o destino realmente quer nos manter separados e eu resolvo respeitar a decisão dela de não querer me ver e desisto de continuar tentando encontrá-la, sei que poderia continuar tentando o celular, mas não quero fazer isso, e com certeza ela logo trocaria de número se eu ficasse insistindo. Cibele quase todo dia tenta se aproximar, mas eu sempre a corto.

Dois meses passaram desde que tudo aconteceu, resolvi ir em uma festa na casa do Daniel e ao chegar lá eu fiquei com uma prima dele que não é da cidade, foi legal, porque como ela era um ano mais velha do que eu, e já não era mais virgem, eu perdi minha virgindade com ela.

Na hora foi legal, o tesão que senti foi muito bom, já estava latejando enquanto ela colocava a camisinha em mim, nem a estoquei muitas vezes, achei que gozei rápido demais, mas ela disse que era normal pelo fato de eu ser virgem. Quando cheguei em casa, peguei meu celular e fiquei olhando uma foto da Nicole que tenho nele, passei o resto da noite pensando em como teria sido se fosse com ela, mas como não adianta ficar me lamentando, pela manhã eu espanto esses pensamentos e me concentro em minha rotina.

Nas semanas seguintes passei o rodo geral, fiquei com todas as garotas da escola que me deram mole, menos Cibele, fazia questão de anunciar que eu não ficaria com ela nem que ela fosse a ultima garota da face da terra, passaria o resto da vida batendo punheta, mas ela nem para comer servia. O que foi uma péssima ideia, já que isso chegou aos ouvidos da diretora, e por consequência nos do meu pai, ele me deixou dois meses de castigo, disse que era para eu aprender que por mais errada que ela esteja, não deveria ter faltado com respeito, já que ela é mulher.

Felizmente o tempo passou rápido e quando voltei a ativa, continuei com a pegação, o que não era difícil já que eu estudava de manhã e passava a tarde na academia ajudando meu pai. E nessa nova rotina de incluir minhas ficadas, o tempo foi passando, quando dei por mim, já faziam pouco mais de dois anos que tudo tinha acontecido, mas vez ou outra eu ainda olho a foto de Nicole, que agora não está mais no meu celular, eu imprimi várias cópias e mantenho em um envelope no meu guarda-roupas, junto com alguns bilhetes de bom dia e de eu te amo que ela me escreveu no pouco tempo em que namoramos.

Já estou com dezessete anos, terminei o ensino médio e estou me preparando para fazer minha faculdade de educação física, como meu pai tem duas academias, eu posso ser professor e também seguir no ramo com ele. Sou surpreendido ao chegar no escritório do meu pai, me olha sério, mas ao mesmo tempo sereno.

— Filho, que bom que chegou, nós precisamos conversar, esse aqui é o doutor Tavarez, ele é advogado e me ajudou com algumas questões.

— Muito prazer, doutor. — Aperto a mão do homem que sorri para mim. — Está tudo bem pai? — Pergunto preocupado, pois pelo tom dele, sei que a conversa não será boa.

Depois da ChuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora