Ele é...

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Noah

O mês passa rápido demais para o meu gosto, mesmo minha irmã e Josh, procurando ficar o máximo de tempo possível conosco, parece que não foi suficiente, ainda não estou pronto para me despedir dela.

— Nos falamos assim que chegarmos lá... — Maitê beija meu rosto e eu a aperto em meus braços.

— Por favor, assim que o avião pousar e você descer, me liga. E sabe que se precisar, é só chamar que vou correndo te buscar.

— Eu sei Noah, fica tranquilo, eu amo você, fica tranquilo, vou ficar bem.

— Também amo você.

Ela se desfaz do meu abraço e se despede de Nicole, Josh também se despede de nós e então ficamos observando os dois caminharem de mãos dadas para o portão de embarque. Um nó se forma em minha garganta, e eu tento controlar a vontade que estou de chorar.

— Vamos amor. — Nicole me puxa assim que eles somem da nossa vista.

Caminho com ela para o carro sem dizer uma palavra, eu sei que minha irmã está bem, está buscando ser feliz e formar sua família, mas ainda a vejo como a garotinha que precisa de cuidados. Ao entrar no carro, suspiro, e minhas lágrimas me vencem.

— Desculpa...

— Calma Noah, Maitê está bem, está feliz, fique feliz por ela, vai ficar tudo bem.

Concordo e partimos para nossa casa, sei que não preciso explicar o que estou sentindo, durante esse mês conversei bastante com Nicole e ela tem sido meu apoio.

Chegamos em casa e apesar de já sentir saudade, acabou me distraindo com as crianças, Nicole não quis ir para a agência e não me deixou ir para a academia, então passo o dia com meus filhos e no fim da tarde, dispenso a babá mais cedo.

Após cuidarmos das crianças e colocá-las para dormir, quando estamos saindo do quarto de Nicolas, minha esposa para em minha frente e me abraça.

— Vou te animar um pouquinho, vem comigo... — Ela me puxa e vamos descendo.

— O que vai fazer?

— Nós vamos... Vamos fazer amor na sala da nossa casa, coisa que acho que pouco fizemos, por ter uma mocinha em casa, então agora que estamos sozinhos com nossos filhos que são pequenos e já estão dormindo... Vamos aproveitar. — Ela me olha com um sorriso travesso, mas ao mesmo tempo há algo nos olhos dela que me deixa intrigado, como se ela estivesse planejando mais do que apenas uma noite comum.

Quando chegamos à sala, ela se aproxima lentamente, me empurrando até o sofá, e me faz sentar. Sem dizer uma palavra, ela começa a acender algumas velas que estavam sobre a mesa de centro, criando uma iluminação suave e sensual.

— Não estou tentando apenas te animar, amor — ela diz, com a voz baixa e sedutora. — Quero que se sinta apreciado... cuidado... assim como você sempre faz por nós.

Ela se aproxima novamente, seus dedos deslizam pelos meus ombros, descendo pelo meu peito, enquanto o som suave da respiração dela preenche o silêncio da sala.

Ela se inclina e me beija lentamente, com uma suavidade que faz cada segundo parecer mais intenso. Suas mãos continuam a percorrer meu corpo, explorando cada detalhe, como se estivesse redescobrindo cada parte de mim.

— Você sempre se preocupa tanto com a gente, com o trabalho, com tudo... — ela sussurra contra meus lábios. — Hoje eu quero que esqueça de tudo, só por uma noite.

Sinto suas palavras ecoarem dentro de mim, um misto de alívio e desejo crescente. É como se, por um momento, todo o peso que carrego desaparecesse. Ela me olha profundamente, e então se afasta alguns passos, tirando a blusa lentamente, com um olhar que me provoca e me desafia a seguir seus movimentos.

Eu me levanto, incapaz de resistir à conexão que estamos criando. A sala parece pequena demais para conter o que sentimos, e eu me aproximo, puxando-a para perto de mim mais uma vez. Nossos corpos se encontram, a tomo em um beijo e ela me puxa para o chão, deitamos sobre o tapete macio e enquanto nos despimos, nos entregamos a intensidade do beijo.

Em um movimento altero nossas posições, deixando- a por baixo de mim, e sem pressa vou entrando nela. Estoco devagar, sentindo cada movimento, aproveitando cada segundo do prazer que ela está me proporcionando. Minha esposa não demora a se render ao prazer que está sentindo, então acelero meus movimentos.

— Porra amor, eu vou gozar,não estou aguentando, mas não queria... — Não concluo a frase, pois meu orgasmo me faz ofegar e gemer. — Caralho! — Minha voz sai rouca e falha.

Respiro fundo e dou um último beijo nela, então me deito ao seu lado no chão, ela se vira e se ajeita para poder me olhar.

— Eu amo você, mesmo você sendo meio teimoso e estourado.

Sorrio e dou mais um beijo nela, então vamos para o nosso quarto, e após tomarmos um banho cheio de carícias que é interrompido pela ligação da minha irmã dizendo que chegaram bem e já estão instalados, vamos dormir.

Aos poucos vou me acostumando com a ausência da minha irmã em casa, mas criamos o hábito de nos falar todos os dias, nem que seja rapidamente. A rotina na academia, com a empresa de Nicole que ainda insiste em me fazer de modelo as vezes e nossa família, não me deixam ficar pensando muito tempo no que minha irmã está fazendo com Josh.

Rapidamente os meses passam, e já consigo até chamar Josh de cunhado, e novamente temos vivido tempos de tranquilidade, tirando alguns abusados que dão em cima da minha esposa e algumas mulheres que também dão em cima de mim quando saímos, o que as vezes nos fez brigar, mas agora combinamos de sempre contar um para o outro tudo o que acontece, então não temos mais brigado por ciúmes.

Como sempre fazemos, hoje resolvemos ter um programa de casal, então estamos em um PUB. Assim que um grupo de umas oito pessoas entra e senta numa mesa próxima a nossa, e minha esposa logo fica vidrada neles.

— Tudo bem Nicole?

— Amor, olha que garoto bonito...

— Ficou louca? Eu lá sou homem de achar outro cara bonito?

— Deixa de bobeira, olhar técnico meu amor, e o que tem demais em achar outro cara bonito? — Ela alisa minha mão e eu suspiro. — Vou lá falar com ele.

Não dá tempo dela se levantar, porque o rapaz levanta com o celular na mão e sai, eu então a seguro.

— Lá fora não, você não sabe que tipo de gente é.

— É um perigo mesmo, capaz dele me agarrar... — Ela ri, mas assim que eu a olho sério ela para. — Desculpa, tudo bem eu não vou, agora desamarra esse burro. — Ela me dá um beijo e voltamos ao nosso programa de casal, até que...

Depois da ChuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora