Lembrou que...

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Meu telefone toca, e apesar de estranhar, eu atendo dando risada

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Meu telefone toca, e apesar de estranhar, eu atendo dando risada.

— Lembrou que tem amigo, é cara?

— Desculpa o sumiço Noah, é que as coisas andaram complicadas pra mim nos últimos meses e depois daquele dia no meu apartamento, sabe como é, Emma não queria muito que eu saísse ou falasse com você.

— As coisas também andam corridas pra mim por causa das gêmeas...

— Fez um DNA?

— Lógico que não Daniel, aquele história de o bebê não é meu, foi só um surto idiota, que me fez fazer uma burrada imensa.

Nicole se senta na cama e me olha.

— Nem me fale, esses meses foram um inferno, te garanto que você está bem melhor do que eu, Nicole não te perdoou, mas pelos menos não fica a cada cinco minutos dizendo pra você andar na linha e te jogando aquele dia na cara...

— As coisas não estão bem entre vocês?

— Agora vão ficar, você está no flat? Posso ir aí?

— Estou em casa cara, eu e Nicole nos entendemos, vem pra cá...

— Tudo bem, daqui a pouco chego aí.

Desligo o telefone e olho para minha mulher.

— Acho que aconteceu algo com Daniel, amor, ele está querendo conversar.

— Você vai sair com ele? — Nicole pergunta desviando o olhar e eu pego a mão dela.

— Não, justamente por isso falei pra ele vir pra cá, vou apoiar, ouvir o que aconteceu, papear, mas tudo aqui em casa. Primeiro porque não quero deixar você e as meninas sozinhas, e depois. — Suspiro pesado. — Sei que se eu sair com ele, você ficará nervosa, por mais que não queira, será normal se você ficar desconfiada, e eu não quero isso.

Ela me abraça e eu beijo a cabeça dela.

— Desculpa por perguntar, eu confio em você, mas foi mais forte do que eu...

— Não precisa se desculpar, eu entendo você, fica aqui que vou descer, qualquer coisa me chama. — Dou um beijo nela e desço, com o nascimento das gêmeas, passei a dormir de short, porque fica mais fácil de levantar e sair do quarto.

Coloco água para passar um café, sei que provavelmente Daniel queira beber, mas eu vou me manter no café, mas mesmo estando em casa, não acho que seja o momento para tomar bebida alcoólica, nunca fiz isso quando tinha que cuidar da Maitê e não pretendo fazer com minhas filhas.

Não demora escuto uma buzina, então abro o portão para que ele estacione aqui dentro. E ao cumprimentá-lo com um abraço, já sinto o cheiro de álcool nele. Entramos e vamos para a cozinha.

— O que aconteceu com você?

— Cansei de tentar me acertar com a Emma, esses meses todos ela ficou no jogo duro, me tacando na cara que a trai, negando sexo e na minha cola. Até na empresa ela ia.

Depois da ChuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora