A vida fez com que Noah amadurecesse em poucos meses, algo que a maioria das pessoas levaria anos para alcançar. Ainda muito jovem, ele teve que assumir a responsabilidade por sua família e adaptar seus sonhos pessoais a essa nova realidade.
No enta...
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Meu telefone toca, e me assusto ao ver que é da minha casa, pois já são quase uma da manhã, me sento e atendo rápido.
— Noah? — Escuto a voz da minha irmã e já vou levantando.
— Oi princesa, aconteceu alguma coisa?
— Não sei, mas acho melhor você vir pra cá, a Nick está chorando lá no banheiro.
— Estou indo, mas me diz o que aconteceu? — Visto uma calça.
— Eu não sei, acordei e vi que ela não estava na cama, levantei e fui até o banheiro, mas a porta está trancada e escutei ela chorando, então vim te ligar.
— Você chamou por ela? — Pergunto já calçando meu tênis.
— Não...
— Tá, me espera que eu já chego.
Coloco uma camiseta correndo, não sei se terei que levá-la ao hospital, sinto meu peito se apertar e começa a me bater um desespero. Pego minha carteira, celular e chaves e desço correndo, entro no carro e queria poder me materializar lá, ainda bem que são apenas algumas quadras. Uso minha chave que ainda não devolvi a Nicole e encontro minha irmã na porta de casa.
— Noah... — Ela me abraça com os olhinhos cheios de lágrimas.
— Vai ficar tudo bem princesa, eu vou lá ver a Nick, fica aqui tá bom? — Dou um beijo nela e subo correndo, penso em arrombar a porta, mas tenho medo de machucar Nicole, então a chamo. — Nick? Consegue abrir pra mim, amor?
— Noah? — Ela abre a porta e vejo seus olhos vermelhos de tanto chorar, a puxo para meus braços.
— Você está bem? Está sentindo dor? O que aconteceu? — Faço uma pergunta atrás da outra.
— O que faz aqui Noah? — Ela se solta dos meus braços e me encara.
— Maitê me ligou...
— Droga, achei que ela estivesse dormindo já. — Ela diz e vai saindo do quarto, e eu fico sem entender, mas a sigo, ela vê que Maitê não está no quarto dela, então desce já a chamando. — Florzinha, está tudo bem, eu estou bem, vamos deitar?
— Mas você estava chorando...
— Mas não é nada, só bobeira de mulher grávida, vem. — Ela pega na mão da minha irmã e sobe, e eu vou atrás.
Maitê se deita, Nicole dá um beijo nela, eu me aproximo e também dou, então saímos do quarto.
— O que aconteceu Nicole?
— Nada...
— Como nada? Porque você estava chorando.
Ela vai para o nosso quarto, quer dizer, o quarto dela.
— Não interessa Noah, pode ir embora, não aconteceu nada, eu estou bem... — Ela começa a chorar novamente, eu fecho a porta atrás de mim e me aproximo puxando-a para meus braços.
