Estou é...

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Quando acordo, fico parado por um momento, apenas observando Nicole dormir, estou tão feliz por ela estar bem que não tenho vontade alguma de sair desse quarto. Mas logo penso em  minhas filhas, sinto falta da rotina que estabelecemos e dar as mamadeiras a elas, então a chamo para irmos embora.

Graças as Deus, as coisas começaram a voltar ao normal e assim que nos mudamos para a casa nova, decidimos esquecer completamente tudo o que Daniel nos fez e seguimos com nossas vidas. Minhas filhas e Maitê estão crescendo cada dia mais, e finalmente estamos vivendo tempos de pura felicidade.

Envolvidos com a reforma e decoração da casa, nossas empresas e nossa família, quando me dou conta, estamos nos organizando para o aniversário de 15 anos da Maitê e de 3 anos das gêmeas. Agora estou aqui, me preparando para uma balada que minha irmã pediu de presente, desde que nos mudamos, Nicole estabeleceu com ela uma rotina de uma vez por semana saírem só as duas para passeios e isso só fez aumentar o vínculo e cumplicidade das duas.

— Está lindo amor! — Nicole entra e me tira dos meus pensamentos.

— Estou é ficando velho, dá pra acreditar que Maitê já está com 15 anos?

— Velho onde Noah? Você só tem 25 anos.  — Ela me abraça e eu me viro para olhá-la, a envolvendo em meus braços.

— Você também está linda.

— Estou nada, estou é uma bola, isso sim. Olha essa barriga? Parece que vai explodir, tenho certeza que você vai ficar de olho nas magrinhas da balada.

— Só tenho olhos pra você, ainda mais com nosso Nicolas crescendo aqui. — Acaricio a barriga dela que leva a mão por cima da minha. — Tem certeza que está se sentindo bem para ir a uma balada? Estou preocupado, você já está de   quase 38 semanas, falta muito pouco, não acha melhor ficar em casa? Maitê vai entender...

—  De jeito nenhum, eu estou ótima, mas...

— Vamos? — Maitê para na porta do nosso quarto nos chamando e eu a olho.

— Está linda minha princesa, vem aqui, tenho algo para você. — Estendo a mão e retiro do bolso uma caixinha. —  Eu e Nicole compramos essa corrente, com esse ponto de luz, para que saiba que você sempre iluminou nossas vidas, nós te amamos.

— É linda! Eu amo vocês!

Coloco a corrente nela e seguimos para a festa, no caminho Nicole vai acariciando minha perna, enquanto Maitê fala animada dos amigos que convidou. Deixamos as gêmeas com a babá, pois Branca também irá, assim como alguns dos pais, já que são 20 adolescentes para ficarmos de olho.

Tudo ocorre tranquilo, e Nicole, mesmo com o barrigão, me faz dançar com ela enquanto diz a todo instante que não vê a hora de chegar em casa para fazer amor. Como somos os anfitriões, acabamos indo embora quase cinco da manhã, sorrio sozinho, pois assim que entramos no carro, as duas dormem.

Ao chegar em casa, chamo as duas e entramos, Maitê vai direto para o quarto dela e eu vou com Nicole para o nosso.

— Vem Noah, quero transar, vamos pro chuveiro... — Ela me abraça.

— Você está cansada amor, melhor descansar...

— Não! Eu quero.

— Tudo bem, não precisa ficar brava. — Dou um selinho nela e sorrio. — Vou lá dar um beijinho nas meninas e já venho, quer ir tomando banho?

— Não, vou te esperar aqui, dá um beijinho meu nelas. — Ela senta na cama, já acostumou que eu sempre vou no quarto das meninas, antes ela até argumentava que elas estavam dormindo, mas como nunca conseguiu me convencer a não ir, agora ela apenas sorri e concorda.

Cubro minhas filhas e dou um beijo em cada, ainda é cedo e elas dormem tranquilamente. Volto para o meu quarto já tirando a camisa, e encontro Nicole dormindo, então me aproximo, tiro sua sandália, a ajeito na cama, dou um beijo em sua barriga e vou para o banho, não demoro e assim que me deito ao lado dela, relaxo e durmo.

— Noah!  — Acordo com Nicole me chamando e percebo por seu tom de voz que está irritada. — Porque não me chamou? Eu disse que queria transar...

— Nossa amor, que horas são? Você estava cansada, não quis te acordar, está tudo bem? — Me sento na cama e olho para ela que está sentada também.

— Oito e meia, eu... — Ela passa as mãos pelo rosto. — Droga!

— O que aconteceu? — Tento a puxar para os meus braços, mas ela me impede.

— Não encosta em mim, estou com raiva de você, eu queria e ainda quero transar...

— Tá, e como vamos fazer isso se não posso encostar em você? — Dou risada do jeito dela, que me olha feio. — Desculpa! Vem aqui...

— Não, eu quero transar, mas não quero olhar na tua cara!

— Quer que eu te pegue por trás?

— Quero sentar em você, mas vou fazer isso de costas para você, assim não tenho que te olhar. — Ela levanta e eu suspiro.

— Onde vai?

— Trancar a porta, vai, tira essa cueca de uma vez.

— Mas eu nem estou duro...

— Vai ficar. — Ela volta para a cama e tira a roupa, então tiro minha cueca e me deito, decidido a deixá-la fazer o que quiser, já estou acostumado com esses rompantes dela durante a gestação.

Nicole se ajeita de costas para mim e começa a acariciar meu pau, mesmo diante da cena cômica dela não me olhando, não consigo ser indiferente, meu corpo e principalmente meu pau, reagem instantâneamente ao toque dela, não demora estou duro feito pedra e como ela me conhece bem, se ajoelha para sentar em mim, então levo minhas mãos a ajudando, até que ela senta totalmente, me fazendo penetrá-la fundo.

Sei que ela está furiosa. Consigo sentir a tensão em cada movimento que ela faz, especialmente agora, sentada em meu colo, de costas para mim. Ela parece decidida a compensar o tempo perdido.

— Nicole... — Eu tento falar.

— Quieto! —  Ela me corta com um movimento decidido.

Não há mais espaço para desculpas ou conversas; ela está no controle, e a frustração que a domina torna tudo ainda mais intenso. Mesmo assim, há algo estranhamente lindo na forma como ela se move, determinada e cheia de desejo. É uma mistura de raiva e paixão que só Nicole sabe ter.

Enquanto ela se entrega ao momento, eu sinto o calor do seu corpo e tento me concentrar, mas então, de repente, sinto algo estranho. Um líquido morno escorre por mim, me pegando totalmente de surpresa.

— Porra Nicole, o que foi isso? — Perguntei, sentindo o pânico começar a me dominar. Meu primeiro pensamento é o mais óbvio. — Você… você fez xixi?

Ela congelou, e pude ver a rigidez em suas costas.

— O quê? —  Ela perguntou, e pude sentir sua voz cheia de incredulidade.

Eu me mexi, tentando entender o que tinha acontecido, mas então tudo ficou claro. Meu pensamento foi o mais errado de todos, não era urina.

— O bebê… A bolsa estourou! — Ela saiu de cima de mim e virou o rosto me olhando, seus olhos enormes de susto e alívio. O pânico que eu senti se transformou em uma onda de adrenalina. Pulei da cama, quase derrubando Nicole no processo, e comecei a correr em círculos, tentando pensar no que fazer primeiro. — Precisamos ir, precisamos… Ai, droga! As malas! O hospital! As gêmeas...

Nicole ri nervosamente, seus olhos brilhando de excitação e medo.

— Noah, calma! Vai dar tudo certo! A babá está aqui, lembra? Só precisamos ligar para o médico e para minha mãe, então podemos ir, mas eu preciso tomar um banho.

— Claro, vem... — Eu a ajudo a se levantar, meu coração bate forte no peito, enquanto tento me convencer de que tudo está realmente sob controle.  É isso! O momento de ter meu garotinho em meus braços, chegou...

Depois da ChuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora