22. Núpcias?

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Não sei ao certo como acontece, pois é tudo muito rápido, Nicole escorrega, e para que ela não caia e corra o risco de bater a barriga ou se machucar, eu a puxo para trás, e com isso ela cai sentada em cima de mim, mas exatamente em cima do meu pau que estava mais em pé do que bandeira em dia de cantar o hino, só que como não há o encaixe, ela bate a bunda com tudo, fazendo com que eu grite e quase desmaie de dor.

— Ai! Puta merda! levanta amor... Está doendo muito Nicole, levanta... Acho que... — Não termino de gritar, ela levanta rapidamente e eu levo minha mão até meu pau, sinto ele envergado e latejando de tanta dor. 

— Vem amor, deixa eu dar uma olhada... — Ela me estende a mão para que eu saia da banheira, com muita dor me levanto com dificuldade, acabo não aguentando e me sento novamente na beira da banheira segurando meu pau. 

— Caralho, acho que quebrou, que dor insuportável. — Digo já chorando, Nicole se agacha a minha frente e coloca a mão por cima da minha. — Não pega, está doendo muito.

— Calma amor, eu preciso dar uma olhada, tira sua mão, não vou pegar. — Ela vai me acariciando e movendo lentamente a minha mão. — Não sei se quebrou amor, mas com certeza machucou, já está inchando e ficando roxo, é melhor irmos ao hospital. 

— Ficou maluca? O que vou dizer no hospital? Doutor eu tô com dor no pau, o senhor pode dar uma olhada? De jeito nenhum! Não vou fazer isso. — Falo e volto a segurá-lo, pois a sensação que tenho é que ele irá cair de tanto que está doendo.

— Amor, olha para mim...  Se acalma por favor, precisamos ir, você não pode ficar assim, além de estar sentindo dor, precisa tratar isso, se quebrou mesmo e você não tratar, pode ter consequências, vamos por favor, eu vou com você e não irei sair do seu lado nem um minuto se quer, por favor... — Nicole diz segurando meu rosto, a dor está  tão intensa que nem me importo com as lágrimas rolando e apenas concordo com a cabeça. — Vem, consegue ficar em pé? Vamos tomar um banho rápido para tirar esse oleo, e então iremos.

Levanto respirando fundo, dou apenas alguns passos e grito de dor ao sentir meu pau balançar enquanto ando, então volto a segurá-lo. Nicole me apoia e coloca a mão por cima da minha, vamos devagar até o box, ela é quem liga o chuveiro e me dá banho, pois cada vez que tento soltar meu pau, parece que ele lateja mais. Ela também toma banho rapidamente, e assim que desliga o chuveiro me seca, e novamente quase urro de dor quando ela seca meu pau. Saímos do banho e ela me apoia até o closet, onde me veste, e se veste, enquanto tudo que eu faço é gemer de dor e chorar segurando meu pau.

— Está doendo cada vez mais... Não estou aguentando...

— Respira amor, se apoia em mim... — Ela diz  passando o braço por minha cintura.

— Não posso fazer isso, você está grávida, eu mal consigo andar, se sustentar meu peso em você, posso te machucar e prejudicar nosso bebê. — Respiro fundo tentando parar de chorar. — Vamos devagar, vou me apoiando na parede e você só fica do meu lado.

Ela concorda  e vamos andando devagar, agora que coloquei a cueca e uma calça de moletom, meu pau não movimenta tanto quando ando e isso faz com que eu consiga dar alguns passos sem ficar tonto pela dor aguda. Nicole pega sua bolsa, nossos celulares e minha carteira, descemos e ela me ajuda a entrar no carro, dirige o tempo todo acariciando minha mão e dizendo que já estamos chegando, eu continuo chorando, pois a dor fica cada vez mais forte.

Na recepção da emergência, ela me coloca sentado e enquanto eu choro com a mão sobre o meu pau, ela vai fazer minha ficha, poucos minutos depois ela volta e senta ao meu lado, eu encosto a cabeça no ombro dela.

— Já vão te chamar amor, aguenta só mais um pouquinho...

— Não estou aguentando amor, está doendo muito...

— Calma meu bem, já vai passar, vai ficar tudo bem. — Ela fala acariciando meu rosto, não sei quanto tempo passa, para mim parece uma eternidade, pois minha dor só aumenta. 

Quando uma médica me chama, tento me levantar, mas a dor é tão forte que não consigo e só não caio porque Nicole me segura, a médica percebe e pede que tragam uma cadeira de rodas, um enfermeiro se aproxima e me ajuda a sentar, então entro no consultório com Nicole me empurrando na cadeira, a médica se apresenta, mas eu não presto atenção, ela pergunta o que aconteceu comigo e Nicole é quem responde.

— Acho que ele quebrou o pênis doutora.

— Pode me explicar melhor? — As duas parecem conversar com naturalidade, mas além da dor insuportável, a vergonha pela situação também me impede de levantar a cabeça ou dizer algo.

— Então doutora, casamos pela manhã, eu quis fazer algo diferente na nossa noite de núpcias, resolvi usar uns oleos de massagem, mas acho que a ideia de combinar o oleo com a banheira não foi legal, não sei direito, foi muito rápido, eu escorreguei, tentei me segurar, mas apenas senti Noah me puxando, e em seguida ele já estava gritando, quando olhei, o pênis dele já estava inchando e roxo, ele mal se aguenta em pé de dor, a senhora mesmo viu.

— Entendo, bom, sou clínica geral, vamos fazer uma ultrassonografia para confirmarmos se realmente houve fratura, mas já vou mandar chamar o urologista de plantão.

Nicole concorda, e vejo pelo canto do olho as duas se levantarem. Enquanto ela me empurra na cadeira e seguimos para uma outra ala do hospital, Nicole vai enchendo a médica de perguntas, que apenas tenta acalmá-la, dizendo que tratarão de mim e que é melhor o urologista me examinar e nos explicar tudo o que for preciso.

Entramos então em um consultório onde há um outro médico e também uma maca com um aparelho de ultrassom ao lado, novamente fico de cabeça baixa enquanto a médica relata ao colega o procedimento que precisa. 

Ele manda eu retirar a calça e a cueca e me deitar na maca para realizar o exame. Minha esposa se abaixa, retirando o tênis que ela colocou em mim, me dizendo a todo tempo que tudo ficará bem e que ela está aqui comigo, continuo chorando, ela levanta dá um beijo no meu rosto e diz.

— Vem, se apoia em mim, vou abaixar sua calça e cueca para poder tirar, está tudo bem, não vou me machucar. 

Mesmo preocupado com ela, faço o que ela falou, consigo me manter em pé, mas com a mão no meu pau, só retiro quando Nicole manda  para poder abaixar minha roupa, mas assim que abaixa minha cueca, ela pergunta...

Depois da ChuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora