A Morte De Sofia

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TRÊS ANOS ATRÁS.

Sofia Watson

Eu me debato desesperadamente na cadeira, gritando o mais alto que eu podia tentando fracassadamente me libertar das correntes. A quanto tempo estou aqui? ... Ah, Sim. Há quase um mês!

Eu estava vivendo uma boa vida antes de vim parar aqui, não. Boa vida não, era quase como um paraíso. Eu tinha tudo o que eu queria, eu era amada, e era feliz. Mas esses dias brilhantes se tornaram uma escuridão imensa.

Eu saí do paraíso, e fui diretamente para o inferno. E na verdade, eu não sei o que eu fiz para merecer tudo isso. É estranho pensar que eu só estava simplesmente vivendo normalmente quando aconteceu, mas eu já tinha pressentimentos ruins sobre isso. Eu já sentia ... Mas coloquei na cabeça que era apenas loucura.

Eu não sei qual foi a última vez que eu vi a luz do dia, e não importa o quanto eu grite. Isso só vai piorar a situação, Aquela Coisa ... Sei lá como é o nome daquele monstro. Ele me castigava toda vez que eu gritava.

Ele me deixava um dia sem comida, ou dois. Nunca sem água, pelo menos.

De manhã cedo ele sempre me manda um recadinho, num papel decorado com corações. Quando eu geralmente parava de gritar, ele fazia isso. Me tratava bem, de uma forma sinistra. Até me mandava comida boa.

Ele me tratava como se eu fosse sua namorada, sinceramente eu nunca namoraria com Um Psicopata. Ele é maluco! E por semanas tentou me persuadir, pra eu aceitar logo a situação.

Ele falou que me tiraria das correntes se eu aceitasse estar num relacionamento com ele e nunca tentar fugir. a questão é que, eu nunca nem tive coragem de olhar pra cara dele quando ele ia me ver.

Eu estava aprisionada numa sala meio gelada, era uma sala esquisita que ficava num circo sinistro. A sala era manipulada por ele, às vezes ficava extremamente fria e as vezes extremamente quente. Ele tinha o controle da temperatura e então podia me matar congelada, ou queimada como quisesse. --- de acordo com as palavras dele, aquela sala era pra manter cadáveres em decomposição. Ele disse que era mais fácil se livrar deles assim.

Então uma hora ou outra, meu fim seria exatamente dentro daquela sala.

A primeira e única vez que eu tive coragem pra encarar a criatura foi quando, ele trouxe para mim um jornal da manhã. Não era qualquer notícia --- era simplesmente a notícia mais horrível que eu poderia ter recebido.

Minha família estava morta. Todos mortos. Pelo que dizia nas manchetes um terrível assassino matou todos eles, e parecia difícil de encontrar alguma pista ou alguém que tivesse visto quem foi.

Assim deduzi que foi ele, aquela criatura bizarra de olhos roxos sinistros e cabelos azuis. ele tinha cheiro de algodão doce.

Mas ele negou, ele ficou frustrado pela minha acusação. E ele nunca se irrita, nunca mesmo. Mas quando se irrita, tudo que ele faz é estragar a vida dos outros.

Ele é calmo e equilibrado e então é difícil de saber o que ele vai fazer, ele é imprevisível.

Com tanto tempo nesse lugar, eu diria que eu estava enlouquecendo.

Parei de me debater na cadeira e respirei fundo, choro baixo descontroladamente. Minha cabeça andava estranha ultimamente.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora