Lembrança Apagada

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Candy Pop

Eu precisava manter Suzana longe do álcool, de alguma forma sua forma de agir em relação a ele tem uma semelhança com o seu pai. Ele era um alcoólatra compulsivo, o álcool fez com que ele piorasse. Eu não queria, que Suzana seguisse o mesmo caminho que ele.

Ela disse para mim que eles são iguais, que a única pessoa que poderia entender a sua mente seria o seu próprio pai. Mas ela não faz ideia de quem ele é realmente é. Ele não é apenas um assassino comum. Existem podres daquele cara que ela não sabe, e por algum motivo eu não tenho coragem de dizer para ela a verdade.

Tudo o que ela precisa ouvir, precisa sair diretamente da boca dele. Mas eu não sei se isso é uma boa ideia, ele é um perigo para Suzana. Se souber que a garota o incriminou Propositalmente sobre o assassinato de Susan, ele com certeza vai matá-la.

Mas eu tenho um pequeno pressentimento de que ele provavelmente depois de todos esses anos, deve ter chegado a conclusão de que foi Suzana que cometeu o crime.

Provavelmente se não fosse pelo pai dela, Suzana teria se tornado uma pessoa completamente normal. E talvez nem estaria se submetendo a situação de agora.

No entanto, matar Mason não vai fazer com que Suzana se torne normal. Ela vai continuar sendo o que ela é. A doença que Suzana tem, é complexa demais para ser curada com semanas de terapia. Creio eu que terapia nenhuma adiantaria isso a propósito, não existe nenhum tratamento para o caso de Suzana. Ela simplesmente vai continuar sendo o que é.

Ela ficou um tempo quieta no lugar, com o rosto contra o meu pescoço e respirando calmamente. Por um instante desconfiei que estivesse dormindo pelo cansaço, mas de repente ela se afastou do meu peito e segurando meu rosto com as mãos por algum motivo começou a dar longos e molhados beijos doces nas minhas bochechas.

Suzana: Você tem um gosto doce. --- admitiu baixo, e eu não pude evitar. Seu toque me fez sentir uma série de pequenos choques pelo corpo todo.

Candy Pop: O que vai fazer caso o seu pai acabar tentando matar você quando descobrir que o incriminou? --- perguntei vagamente, sentindo meu rosto meio quente. Ela parou de beijar minha bochecha por um instante e se afastou pra me encarar. Ela estava tão bêbada que estava fazendo coisas que normalmente nunca faria.

Suzana: Nada. O que você acha que eu vou fazer? Ele é meu pai, não posso ... Haha. Ou será que posso? --- se interrompeu por um instante soltando uma risada cheia de maldade. --- não, provavelmente antes mesmo de eu tentar matá-lo ele estouraria a minha cabeça.

Era a primeira vez que eu a via recuar diante a uma situação em que ela certamente sabe que pode acabar se machucando, ela nem se quer está pensando na possibilidade de matá-lo. Acho que a Fraqueza de Suzana ... É o seu pai.

Ele tem um poder sobre ela, mesmo não estando aqui.

Por achar que é igual a ele, ela o venera. E pensa que se talvez contrariar as ideias de Mason, estará em um beco sem saída ou um precipício.

Candy Pop: Você tem medo ... Do seu pai? --- pergunto com a baixa acariciando a nuca dela devagar, ela apoia o rosto no meu ombro pensando por um instante. Ela leva um dedo ao queixo fazendo uma expressão pensativa.

Suzana: eu não tenho medo de você, porque eu teria dele? --- perguntou de forma sarcástica dando uma risadinha, podia sentir sinceridade em suas palavras.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora