A Manipulação De Mason

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"Susan tentou tanto te esconder de mim e do mundo, que no fim, você acabou se tornando exatamente o que estava destinada a ser desde o começo." --- Mason Morgan.

Suzana Morgan

Meu pai nunca me reconheceria assim tão facilmente, nem mesmo através de um pequeno diálogo. Foi exatamente por isso que eu achei mais fácil mostrar a ele uma foto minha, para Mason não ter dúvidas de quem eu sou.

Ele me parece verdadeiramente chocado. Notei isso porque ele ainda encarava a foto de forma incrédula, e então vagamente ele desviava os olhos da foto para mim como se estivesse comparando.

Um dos fatores pelo qual o impossibilitou a perceber de cara que sou sua filha, é o meu cabelo roxo. Mas me parecia que agora, ele não tinha mais dúvidas que eu realmente sou filha dele.

Mason: como conseguiu me encontrar? --- foi a sua primeira pergunta a mim ao perceber a grande verdade, ele ainda estava chocado demais.

Suzana: foi um pouco difícil até. Mas eu apenas busquei em alguns presídios por lugares específicos que imaginei que você estaria, até eu ter a brilhante ideia de ir até a casa dos meus tios e meu primo, para tentar tirar informações deles. O que não foi difícil, a Tia Anna me contou tudo. --- falei vagamente de uma forma um pouco animada, era bom finalmente estar falando com o meu pai. --- mas era meio óbvio que Anna falaria, não é nada fácil ver seu marido sendo esmagado em vários pedaços em sua frente.

Minhas últimas informações fizeram ele franzir a testa um pouco levemente arregalando os olhos quando percebeu o que eu queria que percebesse, ele ficou quieto por um instante e desviou os olhos pra foto.

Acredito que foi exatamente nesse momento, que ele percebeu que não estava apenas lidando com uma filha que passou a vida inteira com um pai ausente e que queria finalmente conhecê-lo. Mas na verdade foi exatamente neste momento, em que ele percebeu que está lidando com uma Sociopata.

Mason: Susan tentou tanto te esconder de mim e do mundo, que no fim, você acabou se tornando exatamente o que estava destinada a ser desde o começo.
--- ele falou simples de forma inexpressiva, suas palavras me fizeram acreditar mais na ideia de que ele é o único que realmente me entende.
--- Você matou ela, certo? E é exatamente por isso que está aqui.

Suas palavras me fizeram arregalar os olhos lentamente, meu corpo congelou. Enquanto o rosto inexpressivo de Mason continuava o mesmo.

Eu não posso subestimar o meu pai, simplesmente porque é o meu pai. Ele é muito mais forte e inteligente do que eu, isso eu não posso negar.

Suzana: Pensei... que não soubesse. --- admiti com a voz baixa, não queria demonstrar inferioridade em relação a ele. Mas em poucos minutos de conversa com ele. Mason me fazia me sentir insignificante em relação a ele.

Mason: como eu não saberia? Eu não sabia como você estava fisicamente, mas imaginei que havia uma grande probabilidade de você ter se tornado uma assassina. e que se for esse o caso, a única pessoa que poderia ter matado Susan naquela noite para me incriminar seria você. --- ele falou de forma objetiva, sem expressão nenhuma. O que me assustava um pouco. --- mas você não me incriminou por ódio nem por vingança, me incriminou simplesmente porque não sabia outra solução perspicaz para aquele momento. Estou certo?

Ele estava mais do que certo, ele havia literalmente descoberto a razão pela qual eu estava nesse lugar. Ele é muito mais esperto do que eu imaginava.

Suzana: É. Eu realmente fiz isso porque não havia uma alternativa melhor, você já tinha uma ficha criminal grande e suficiente para qualquer pessoa do mundo pensar que você teria matado ela. --- eu admiti vagamente enquanto ele analisava minhas expressões de forma meio calculista, o que me deixava meio desconfortável.

Mason: eu acabaria matando ela de qualquer jeito, se você não tivesse feito isso antes. --- admitou simples e eu franzi a testa. --- ela sempre tentava me denunciar para a polícia pelos crimes que eu cometia. Crimes simples. As vezes era roubos, outras vezes ameaças, ou drogas. Nada demais. Ou as vezes apenas assassinatos.

Do jeito que ele falava me fez realmente achar que não era nada demais, mas eu sentia algo estranho de mim. E essa coisa me alertava que só talvez esses não tenham sido os únicos crimes que ele cometeu. Mas por não querer contrariar Mason, eu apenas permaneci quieta pronta para fazer uma pergunta importante:

Suzana: não sente ódio de mim? Eu te incriminei, e te fiz passar anos neste lugar pagando por um crime que você nunca cometeu. --- falei de forma objetiva, e foi naquele momento que um silêncio mortal invadiu a sala de forma trágica.

Ele demorou pra responder, mas quando respondeu suas palavras foram gratificantes:

Mason: Porque eu sentiria raiva de você? Você é minha filha. E por mais que tenha feito o que fez, eu sei que eu teria feito a mesma coisa se estivesse no se lugar. Simplesmente Porque somos iguais. --- disse com convicção, e eu assenti a cabeça rapidamente. Suas palavras eram que eu queria ouvir.

Suzana: É exatamente isso que eu penso. --- admiti simples, e ele finalmente expressou alguma coisa. Ele deu pequeno sorriso para mim.

Mason: A única coisa que eu queria entender agora, é como diabos você conhece aquele cara. --- ele fala de forma simples, não precisou especificar para eu saber que ele estava falando de Candy Pop. --- Ele é perigoso, eu o conheço perfeitamente bem. E eu sei que ele não é alguém que você deveria confiar.

Suzana: eu não confio nele, nunca confiei e nem nunca vou. --- falei vagamente, era nítido pra mim que ele ficava meio tenso toda vez que fala algo em relação a Candy Pop. --- eu só estou literalmente tendo que obedecer tudo o que ele diz. eu não tenho muitas opções tenho menos de 100 dias de vida, tudo porque eu acabei fazendo um maldito contrato com ele. Era isso ou eu teria que morrer em uma hora quando eu estivesse na minha cela com base nas previsões dele, ou eu aoenas passaria mais de 10 anos na cadeia.

Mason: ele se aproveitou da situação apenas para roubar sua alma. --- disse de forma prudente para mim, ele sabia o que estava falando. --- eu nunca confiei naquele cara, e eu sei que você deveria fazer o mesmo. Eu não tenho ódio nenhum por você, Suzana.

Ele falava com sinceridade, sem nenhuma expressão e parecia mesmo ser a verdade. Mas ainda sim, suas palavras me deixavam de algum jeito um pouco que confusas, é como se houvesse uma grande mentira nisso tudo. Mas apenss tentei esquecer essa situação.

Suzana: eu sei que daqui há duas semanas você vai sair daqui. --- eu falei de forma objetiva e clara. --- e só quero te deixar claro Pai. Eu posso te tirar daqui agora mesmo. Basta você querer! Eu não me importo de sujar minhas mãos com sangue mais um pouco.

Mason: seria uma péssima ideia, eu teria problemas com a polícia se tentasse fugir. Eu me tornaria um fugitivo, e se acaso eu fosse pego provavelmente minha pena aumentaria. --- falou de forma astuta, e eu sabia que ele estava certo. --- só presta a atenção no que eu te digo: eu posso sair daqui sozinho, assim como posso te ajudar a se livrar desse contrato também. Basta aquela criatura sumir! Se ele sumir, seu contrato também some.

Suas palavras me fizeram ficar paralisada no lugar, ele me encarou fixamente nos olhos antes de prosseguir:

Mason: eu estou do seu lado, filha. Independente de tudo! Eu sei que fui totalmente ausente em toda a sua vida, mas agora que está aqui ... Isso pode ser diferente. Você não precisa ficar sozinha nesse mundo, assim que eu sair daqui eu vou te ajudar a matá-lo. Porque eu sei que você precisa da minha ajuda, Suzana. --- falou com a voz sincera como se me entendesse de verdade. --- Não há nada que seja feito, somos exatamente iguais e assim seremos até o dia de nossos últimos suspiros.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora