Tempo Imprevisível

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"Bem-Vinda ao meu subconsciente, Suzana." --- Candy Pop.

Candy Pop

Acordo completamente sobressaltado no sofá da minha casa, estou ofegante e bastante suado. Continuei deitado processando o sonho que eu acabei de ter que sem dúvidas parecia um Pesadelo.

Eu estava em um lugar estranhamente calmo, era meu subconsciente. Mas isso não faz sentido, já que meu subconsciente é o oposto disso.

No meu sonho Suzana estava do meu lado e nos olhávamos de uma forma estranha, como se tivéssemos... Apaixonados. E isso é totalmente horrível.

No meu sonho eu dizia que ela era o motivo pelo qual o meu subconsciente havia sido mudado, e do nada ficávamos de mãos dadas. É exatamente assim que os humanos ficam, quando querem expressar... Amor.

Isso é estranho, e Totalmente nojento. Me faz sentir um sentimento de repulsa.

Isso me faz automaticamente levantar do sofá, passo às mãos nos meus cabelos azuis e respiro fundo indo em direção ao santuário de Sofia.

Eu sinceramente não sei porque tive esse sonho sinistro, eu odeio Suzana com todas às minhas forças. Se não fosse por ela, Sofia ainda estaria viva e minha obsessão por ela ainda estaria de pé. Eu gostava de me sentir obcecado, é algo que me fazia me sentir realmente vivo. Obviamente eu sei que eu nunca cheguei a amá-la.

Ao me aproximar do santuário, abro a porta e entro lentamente nele. Desde que eu descobri a existência de Suzana, eu nunca mais coloquei os pés nesse lugar. Tenho estado tão focado na minha presa, que acabei esquecendo de visitar Sofia aqui como eu sempre fazia todo santo dia.

Me aproximei do vidro do caixão, e toco nele de leve com uma mão. O mesmo está gélido, e pelo vidro eu consigo ver o cadáver de Sofia que está bem conservado dentro do caixão.

Candy Pop: eu achei a sua assassina, Sofia. --- Falei com a voz calma, pela primeira vez em anos não senti a necessidade de chamá-la de Meu Amor.
--- ela se parece tanto com você. Eu sei que faz um tempo que não venho te visitar... Às vezes sinto como se eu estivesse desfocando do verdadeiro motivo pelo qual estou perserguindo Suzana, porque eu já deveria ter matado ela eu sei disso. Mas eu não sei, eu sinto uma necessidade estranha. De ficar observando os passos dela, isso deve ser pelo fato das coisas sinistras que ela faz. Você sabe, Sofia... Eu nunca te amei, e eu nunca vou amar ela também. Vocês nunca serão nada mais que obsessões.

Eu falo tudo isso como se ela pudesse me ouvir, mas se ela pudesse. Ela estaria gritando em pânico e puro desespero. O que eu disse é realmente a verdade, o mínimo que posso sentir por Suzana é a mais pura e doentia obsessão que seres como eu normalmente sentem.

Talvez seja isso. Uma Nova Obsessão? É, Talvez essa seja a explicação para o fato de que eu ainda não matei Suzana, e estou prolongando isso cada vez mais. Qualquer idiota perceberia que sim, que provavelmente estou começando a ficar obcecado.

Dessa vez é uma obsessão mortal, eu quero apenas mantê-la por perto e infernizar a vida dela até eu não querer mais. Eu sei que sentimentos humanos é uma coisa que eu nunca vou sentir, um exemplo deles: amor.

De qualquer forma, se estou mesmo lidando com uma obsessão. Uma outra eu vou matar ela, afinal eu ainda vou querer concluir minha vingança.

Candy Pop: eu não expliquei para ela motivo pelo qual estou fazendo isso... Acho que não devo explicações ainda, você não acha? --- pergunto baixo deslizando os dedos sobre o vidro, como se ela pudesse me responder. --- essa humana está me fazendo sair do meu tédio que normalmente eu sentia, desde que você havia partido. Com alguém para eu perseguir de novo meus dias nunca serão sem graça, mas eu uma hora eu outra eu vou matá-la. Eu te garanto, Sofia.

Estou encarando o caixão fixamente, uma hora ou outra vou me sentir pronto para me desfazer do cadáver de Sofia já que agora eu tenho uma nova obsessão.

Eu respiro fundo várias vezes lembrando do sonho que tive, e agora me direciono até a porta do santuário. Eu preciso resolver outra questão.

Eu tenho quase certeza de uma coisa: Suzana deve ter se arrependido de ter negado meu contrato, até porque ela nem se quer sabia do que se tratava. Então eu darei uma segunda chance para ela, num tempo limite que eu mesmo darei para ela.

Candy Pop: eu volto assim que puder. --- falei baixo, me virando para encarar o caixão. Eu logo vou para a sala.

Na verdade, o tempo que ela tem somente eu sei. Ela não saberá, isso é a parte mais emocionante de todas.

Pego minha marreta, bato ela fortemente no chão causando um som alto. Falo algumas palavras em uma língua de difícil compreensão, minhas mãos começaram a brilhar da cor roxa.

Eu fecho os olhos e quando pisco eu paro em pé, em um campo de rosas negras murchas. Os céus são vermelhos, como sangue de uma linda pintura demoníaca. Há espinhos no chão que são mágicos, se alguém pisa neles automaticamente eles tentam agarrar ou machucar a sua pressa.

Esse é o meu subconsciente, diferentemente do lugar que eu havia sonhado.

Eu estalo os dedos, em um movimento único que faz surgir na minha frente  Suzana com o semelhante confuso e surpreso ao me ver. Eu dou um sorriso enorme para ela.

Candy Pop: Bem-Vinda ao Meu Subconsciente, Suzana. --- falei com a voz fria, e pude ver a fúria surgindo lentamente em seus olhos.

Suzana: porque diabos fez isso de novo seu doente? --- ela pergunta alterando a voz, serrando os pulsos.

Candy Pop: eu tenho uma nova proposta para você, que você nunca poderá negar. --- falei de forma fria, dando um sorriso convencido. Me aproximo dela lentamente. --- é simples, eu vou te dar um tempo imprevisível. que por sinal o único que saberá quando esse tempo vai acabar, sou EU. Quando o tempo acabar, significa que você está destinada a ter um final de vida horrível, e não terá outra opção senão aceitar meu contrato para escapar desse fim.

Meus olhos roxos brilharam e ela de repente paralisou, eu soltei uma gargalhada alta diabólica.

Suzana: eu não quero isso! EU NÃO ACEITO! --- ela gritou alto em fúria para mim, de repente em minhas mãos aparece um relógio de areia que é mágico.

Candy Pop: sem opções, Suzana. É essa a regra Principal do nosso contrato. --- falei dando um sorriso de lado, e ela ficou paralisada no lugar.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora