Desejo

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"Acho que eu preciso de você também." --- Suzana Morgan.

Candy Pop

Os olhos de Suzana encararam os meus de uma forma fria e intensa, automaticamente afastei a minha mão do rosto dela e me afastei rapidamente. Ela sempre tentaria minimamente manter essa distância entre nós, e eu meio que obrigado a aceitá-la.

Suzana: eu espero que você não faça isso de novo. --- fala com a cheia de amargura se sentando no sofá devagar, parecendo meio tonta. --- Não estou apenas falando desse toque.

Eu encarei o rosto dela fixamente, não precisei pensar muito para saber que ela estava falando sobre o nosso beijo em um prédio imundado de sangue e cheio de cadáveres.

Candy Pop: Você não pode dizer que não gostou, Você nem se quer tentou me impedir. --- falei vagamente cruzando os olhos, e ela move os olhos para encarar os meus com irritação.

Suzana: Você se aproveitou da situação. --- falou com a voz cheia de ódio, tentando negar o fato de que gostou.

Candy Pop: isso não apaga o fato de que você gostou, Suzana. --- falei de forma simples, e ela levanta do sofá em pura raiva passando por mim. Ela se certificou que o sangramento em sua barriga estava regenerado, e quando viu que sim nem se quer fez questão de me agradecer. Não que eu esperasse por isso.

Suzana: Você nos levou para o lugar errado, meu pai não estava lá. --- falou com certa arrogância, e nitidamente tentando mudar de assunto o que me fez sorrir um pouco. Sua mudança de assunto me fez ter certeza que eu estava certo. --- é tão difícil assim nos levar para o lugar certo, seu idiota?

Ela fala com a voz alta e cheia de raiva, se aproximando da mesa de madeira que tem no meio da sala e observando o grande mapa que utilizei antes, e uma garrafa cheia de Uísque.

Ela pegou o mapa nas mãos com irritação, parecendo escolher um lugar qualquer para nos irmos

Candy Pop: não pode escolher um presídio qualquer. --- falei de forma simples, e ela se virou na minha direção apontando para uma parte específica do mapa.

Suzana: Não vamos para um presídio dessa vez. Eu ainda tenho, parentes meus espalhados por algumas desses lugares. Especificamente, os irmãos da minha mãe moram aqui. Ou pelo menos moravam, depois do que aconteceu podem muito bem ter se mudado. --- falou de forma simples e objetiva, e eu franzi a testa vendo que era uma informação importante.

Candy Pop: porque não me falou da existência deles? Teria sido muito mais rápido. --- falei com a voz baixa, e ela respirou fundo dando de ombros.

Suzana: Você não me perguntou antes. --- falou com certo deboche, e solto um suspiro de frustração.

Candy Pop: bom, se chegarmos até eles. Vai ser muito mais fácil. --- falei com a voz convencida encarando o lugar aonde ela apontava com o dedo.

Suzana: como são os MEUS parentes, Eu decido tirar sangue ou não. --- avisou de forma breve largando o mapa na mesa, se jogando no sofá e pegando a garrafa de uísque.

Eu observei bem ela abrindo a garrafa e em segundos virando ela em direção a boca tomando um gole cheio, pensei que ela fosse parar. Mas isso me preocupou um pouco por que ela continuou.

Candy Pop: Suzana, é melhor não beber muito. E por sinal, essa bebida é minha.  --- avisei instintivamente ao vê-la tomar outro gole cheio, ela não pareceu se importar com minhas palavras. Tratou elas com insignificância total.

Suzana: eu não me importo para o que você pensa, hahaha. --- falou dando uma risada meio estranha, virando a garrafa cada vez mais.

Por ela já estar meio tonta por conta da regeneração, beber álcool não ajudaria em nada.

Ela largou a bebida em cima da mesa e levantou meio grogue do sofá, caminhando pela sala de forma meio confusa.

Precisei seguir seus passos por precaução, observei ela atentamente mexendo nos armários da sala como se procurasse alguma coisa aleatoriamente.

E então sem querer, mexendo demais numa gaveta ... Ela achou uma pistola carregada minha, eu arregalei os olhos quando ela sorriu genuinamente para a arma como se fosse um brinquedo.

Suzana: vamos brincar? Eu vou girar a arma, e em quem ela parar um de nós vai ter que atirar em alguma parte do próprio corpo. --- falou com a voz suave, ela estava nitidamente bêbada.

Ela vai em direção ao sofá com a arma, totalmente tonta e eu rapidamente agarro seu punho tentando tomar o objeto dela.

Candy Pop: Larga a arma, você pode se machucar. Isso não é um brinquedo, é perigoso e sabe disso. --- eu alertei com convicção e ela deu um sorriso genuíno para mim, puxando o pulso de volta.

Suzana: eu gosto do perigo. E também, isso não é nada demais amor. --- fala com a voz num tom engraçado e sinistro. Tive que raciocinar por alguns segundos para notar suas palavras, o que me fez ficar paralisado por longos segundos no meio da sala.

Ela sentou no sofá como uma criança que acabou de descobrir algo incrível, Suzana colocou a arma em cima da mesa divertidamente. Ela começa a girar a arma rapidamente de forma eufórica e vou em sua direção lentamente.

Candy Pop: do que você me chamou? ... --- pergunto baixo encarando seu rosto que estava distraído demais encarando a arma para prestar atenção em mim, enquanto ela gira a arma com uma mão ela pega a garrafa de bebida e vira mais uma vez na boca tomando quase todo.

Suzana: Olha que legal! Parou em mim. --- disse divertidamente quando a arma parou de girar e a ponta estava mirada na direção da garota, eu arregalo os olhos. --- hm, já sei!

De repente ela solta uma risada sinistra enquanto aponta a arma para a própria cabeça, com os dedos no gatilho. eu arregalo os olhos e avanço em cima dela rapidamente tirando a arma de suas mãos.

Candy Pop: NÃO faça isso de novo! Não me DESOBEDEÇA. --- eu falei alterando a voz e guardando a arma no bolso, ela não se importou com o meu tom de voz severo.

Ao invés disso ela sorriu meigamente e se inclinou para mim, que estava do seu lado no sofá. Suas mãos agarrando meu rosto rapidamente, enquanto seus olhos encaram os meus de forma intensa.

Suzana: o que eu mais gosto é de desobedecer você. ---- falou com a voz suave porém estranha, ela estava muito bêbada mesmo. Mas ainda sim suas palavras fizeram meu coração acelerar. --- acho que eu preciso de você também.

Tentei falar mas não consegui, senti seu corpo grudar no meu e no segundo seguinte seus braços se envolveram fortemente em volta do meu pescoço. Eu podia sentir seu corpo quente e cansado, seu rosto escondido perfeitamente no meu pescoço o que me fez sentir um sentimento quente pelo meu corpo todo.

Candy Pop: Suzana, Você está bêbada. Não sabe do que está falando. --- eu disse com a voz baixa e sincera, a garrafa de bebida em cima da mesa estava quase que vazia.

Suzana: Eu quero você. --- repetia de forma lenta e estranha sem noção do que dizia, enquanto me abraçava forte. Mesmo estando bêbada sua voz expressava muito desejo, eu percebi. Passei uma mão em volta da cintura dela devagar abraçando de volta.

Era estranho vê-la assim, o ódio de Suzana parecia ter sumido totalmente por uma fração de segundos. E então desejei fortemente para que esse momento não acabasse ainda.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora