Contrato

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"Você terá aproximadamente 100 dias de vida, Suzana." --- Candy Pop.

Candy Pop

O relógio de areia parou no momento perfeito, eu não havia calculado nada. Eu nem se quer sabia em que momento ele ia parar. Mas de repente aconteceu, e com isso eu não demorei a agir.

Suzana já tinha me causado problemas demais, e muita dor de cabeça. Por isso meu jeito de me vingar dela, seria mudando drasticamente seu destino em um simples estalar de dedos.

Eu já tinha avisado a ela antes que eu faria isso, eu deixei bastante claro. Ela tinha como mudar isso se apenas tivesse aceitado de cara meu contrato, mas infelizmente resolveu me desafiar mais uma vez.

Uma mera mortal tentando me desafiar, me faz pensar que nenhum outro humano antes tentou isso. E por ela ser a primeira a fazer isso, me atraí um pouco a atenção eu admito.

Eu sabia que Suzana não ia se negar a matar Nana, primeiro porque sua melhor amiga em algum momento iria começar a desconfiar qie ela é a Serial Killer procurada. E também porque se Suzana não matasse Nana, eu daria um jeito de arruinar ainda mais a vida dela fazendo Nana descobrir da pior maneira possível.

Eu não sou ruim, apenas estou me divertindo um pouco do meu próprio jeito.

Eu presenciei a prisão de Suzana, e não fiz absolutamente nada para impedir que ela seja presa. Afinal, era exatamente isso que eu queria... Ver diante dos meus olhos as algemas nos pulsos de Suzana, foi algo meio satisfatório de se ver.

Ainda sim, não foi totalmente bom eu admito. Um lado meu ainda quer tirá-la de lá o mais rápido possível, e confesso que não entendo muito bem o porquê.

De qualquer forma eu não ia mesmo deixá-la lá para sempre, o que eu fiz foi uma ameaça. Uma ameaça boa o suficiente para fazê-la aceitar de vez meu contrato.

Assim que se passou exatamente três horas desde a prisão de Suzana, agora seu rosto estava em todos os noticiários locais. Decidi então fazer uma visitinha pra ela, e expor tudo o que tenho a ofertá-la para tirá-la de sua atual situação.

Eu acabo de estacionar o meu carro preto em frente ao presídio enorme constituído por muros grandes, e um portão de ferro grande. Mas isso não é problema para mim, nada é um problema pra mim na verdade.

Em um estalar de dedos eu faço o portão grande de ferro se abrir para mim, eu consigo arrebentar os cadeados com meus poderes sobrenaturais.

Estou passando para dentro do presídio, meus poderes impedem que as câmeras me vejam simplesmente porque posso bloquear às gravações.

Estou quase atravessando a porta inicial para dentro so presídio de verdade, pois estou na parte do estacionamento. Quando de repente sou abordado por um policial, ele aponta a arma para a minha cabeça esperando imediatamente que eu coloque às mãos para cima.

Mas tudo o que eu faço é dar um sorriso malvado para ele. Eu estou vestindo um moletom preto e uma calça jeans, trajes normais que qualquer ser humano normal usaria.

Policial: quem diabos é você? --- perguntou em alto bom som para mim, e meu sorriso se alargou.

Candy Pop: sou Candy Pop, e nesse momento você está encarregado de me levar para para a sala de visitas dos presidiários. quero ver, Suzana Morgan. --- falei em um tom frio e objetivo, meus olhos roxos brilham de uma forma sinistra. O cara paralisa no lugar e imediatamente ele abaixa a arma, se afastando de mim e começando a andar.

Policial: Claro, me siga. --- falou como a voz de um robô, está em total controle mental graças a mim.

Eu o segui, e graças as minhas convincentes ordens outros policiais também aceitaram o pedido. Eu fui mandado para uma sala de vidro, constituída por uma mesa de metal e suas cadeiras. Há policiais na porta especionando tudo.

Eu entro na sala lentamente com às nos bolsos, de forma despreocupada.

Policial: apenas dez minutos, nada há mais. --- falou com a voz rígida e eu assenti com a cabeça, eu esperei pacientemente por ela.

Depois de longos minutos olhei pra frente e vi a porta se abrindo, Suzana vem em minha direção com algemas nas mãos. Ela está usando uma blusa e uma calça comum, que quase todos os presidiários daqui usam. Fecham a porta atrás dela e ela vem en minha direção com uma expressão rancorosa.

Candy Pop: Olá, Suzana. Como vai a vida como uma presidiária? --- pergunto simples dando um sorriso enorme, ela se senta na outra cadeira me encarando de um jeito mortal.

Suzana: o único que devia estar preso aqui é você, seu filho da puta do caramba. Você estragou a minha vida! --- falou alterando a voz, eu dei uma risadinha e fiz um sinal com as mãos para ela se acalmar.

Candy Pop: Calma! O estresse mata, sabia docinho? --- falo de forma descontraída, ela chuta com força a minha perna me fazendo me contrair de dor.

Suzana: porque caralhos você tá aqui??? Você simplesmente me coloca nessa situação, e resolve me visitar? --- pergunta alterando a voz de forma estressada e ranzinza, dei um sorriso genuíno pra ela. --- Cara, eu odeio você.

Candy Pop: porquê? Estava com saudades de mim? --- falei em um tom de puro deboche, e ela me encara de forma fria esperando que eu parasse com minha maldita ironia. --- eu te coloquei nessa situação, e eu posso te tirar também se eu quiser.

Suzana: pois tira caramba! Eu posso ser sentenciada há mais de 30 anos de prisão, e vai piorar se descobrirem que eu ... Assassinei minha mãe. --- ela sussurrou a última informação, fazendo meu sorriso sumir.

Fico quieto por alguns segundos analisando o rosto dela com atenção, essa informação sempre me pega de surpresa todas as vezes. Saber que existe um ser tão cruel a esse nível é meio satisfatório pra mim, mas esse ser ... É uma humana. Alguém inferior a mim.

Candy Pop: você me impressiona as vezes, eu admito. --- falei baixo mantendo meus olhos fixos no rosto dela, enquanto ela desvia o olhar para o lado para ver se os policiais estão olhando pra gente.

Ao ver que não estão ela volta o olhar para mim, ao notar meus olhos vagando seu rosto e encarando intensamente seus olhos ela me encara de volta em meus olhos também. Por um segundo quase ficando perdida também.

Suzana: se pode me tirar dessa situação, faça isso. --- falou baixo, me fazendo retomar a atenção que eu precisava. Balanço a cabeça e desvio o olhar rapidamente.

Candy Pop: para isso... Precisa assinar meu contrato. --- eu disse friamente, e mais uma vez nossos olhos se encontraram. E se encararam de uma forma ainda mais fria e intensa do que antes.

Suzana: não vou aceitar nada antes de saber do que se trata. --- falou com a voz confiante, ela tinha um ponto.

Candy Pop: é simples. Esse contrato me garante que sua vida será vendida para mim. --- falei sem mais delongas me encostando na cadeira, ela me encara sem entender.

Suzana: do que você está falando? --- perguntou confusa, seus pulsos estão para frente algemadas. Estalo dois dedos fazendo seus pulsos serem agarrados e puxado para frente com certa violência, fazendo o corpo dela ser impulsionando pra frente. Me inclino pra frente também, fazendo nossos rostos estarem a centímetros de distância. Ela fica quieta, me encarando de perto e eu faço o mesmo.

Candy Pop: você terá aproximadamente 100 dias de vida, Suzana. Depois desse tempo, sua alma será minha. --- falei em um sussurro mortal, meu hálito quente tocando suas bochechas. Seus olhos se intensificaram nos meus, e ela ficou tão perdida neles quanto eu nos seus.

Suzana: e se eu não quiser aceitar esse contrato? --- perguntou com a voz no mesmo tom, um sorriso pequeno apareceu nos meus lábios.

Candy Pop: então, a causa da sua morte vai ser estrangulamento. Uma de suas companheiras de cela, vai te matar estragulada enquanto estiver dormindo Exatamente... Daqui há 2 horas 30 minutos, e 45 segundos. --- falei no mesmo tom de voz novamente, ao perceber a raiva crescendo em seu rosto eu sorrio ainda mais.

Suzana: eu te odeio muito. --- falou com toda a amargura e ódio que pode expressar em sua voz, eu sorri vagamente para ela. Nossos rostos ainda próximos.

Candy Pop: eu sei disso, Docinho. eu também te odeio, e ainda mais que você. --- falei baixo com um sorriso presunçoso, desviando meus olhos por um segundo para encarar os seus lábios vermelhos.

Suzana sabe que não tem opções. ou ela aceita meu contrato, Ou ela morre.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora