100 Dias

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Suzana Morgan

Eu já imaginava que Candy Pop aparecia por aqui, mas eu não esperava que fosse tão rápido. Tudo o que eu precisava saber era sobre o contrato, eu precisava entendê-lo para chegar a uma decisão consciente. Mas assim que ele deixou claro para mim suas intenções, me vi num beco sem saída.

Eu tinha duas opções no momento, nenhuma das duas é boa. A primeira é simplesmente aceitar o meu destino cruel que me aguarda, deixar que Candy Pop mude minha vida e apenas me entregar a morte daqui há duas horas como ele especificou.

Porém, a segunda opção é simplesmente aceitar esse tempo de 100 dias. E então após esse prazo, ele roubaria minha alma.

Nenhuma das opções é boa, estou simplesmente fodida. Uma me leva a uma morte mais rápido, e a outra é algo mais durativo mas que mesmo assim me levará até a morte também.

Suzana: isso não é justo, você precisa mudar o contrato --- eu falo alterando a voz, ele estala os dedos soltando minhas algemas e assim encosto minhas costas na cadeira me afastando para trás. Ele faz o mesmo, e nossos rostos continuam longe mais uma vez.

Candy Pop: eu nunca vou fazer isso, meu objetivo é justamente esse. Te deixar viver por 100 dias para depois roubar sua alma para mim. --- ele fala com a voz fria, e eu reviro os olhos em total ódio.

Suzana: porquê caralhos está fazendo tudo isso? Eu preciso de uma explicação. --- eu falo com a voz razoavelmente alta, ele respira fundo e me encarando fixamente nos olhos.

Dessa vez eu não matenho o contato visual, tento evitar por algum motivo que nem eu entendi.

Candy Pop: eu vou te explicar, assim que aceitar o contrato e sairmos daqui. --- falou de forma simples e objetiva, seus olhos por um momento vagando pelo meu rosto. Me encarando com um pouco de interesse.

Suzana: Pelo visto eu não tenho escolhas mesmo. Acho que prefiro morrer daqui há 100 dias, sabendo o porquê vou morrer do que em 2 horas e jamais saber o motivo. --- falei de forma sagaz e um pequeno sorriso apareceu no rosto dele.

Candy Pop: você é esperta, docinho. --- fala com a voz calma, e eu suspiro de ódio e amargura.

Suzana: esse apelido não tem nada a ver comigo, eu tenho um nome sabia disso seu merda? --- eu pergunto de forma ríspida e agressiva. Dessa vez eu encarei ele nos olhos, sem tentar evitar o contato visual. Se eu tentar evitar encarar esse idiota, mostraria insegurança da minha parte.

Candy Pop: bom, para mim esse nome combina com você. --- disse de forma simples, mantendo os olhos fixos em mim. Parecia uma competição de quem encarava mais, o brilho em seus olhos roxos me deixava perdida de algum jeito. --- então é isso? Você aceita o contrato?

Suzana: aceito. --- falei sem mais delongas, ele sorriu satisfeito.

Candy Pop estalou dois dedos, fazendo balões roxos aparecerem do nada e isso me fez ficar em alerta. Os balões voam em direção a porta da sala, atravessam a porta como fantasmas e avançam na direção dos policiais. Essa parte eu não precisava olhar pra saber o que aconteceria, apenas pelo barulho forte e os gritos eu já deduzi.

Candy Pop: Ótimo, uma boa escolha. --- disse alto, estalando os dedos de novo. Um pedaço de papel dobrado apareceu em suas mãos, e uma caneta de pena também.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora