Revelação

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"Você sabe que não tem escolhas. Seu corpo, sua alma, seu sangue, sua raiva, seu ódio, sua vingança, sua VIDA me pertence. Em outras palavras, Você Pertence a mim agora Suzana." --- Candy Pop.

Candy Pop

Eu percebi uma coisa um pouco interessante. Quando Suzana está irritada, ela parece uma bomba relógio. Uma bomba que pode ferir tudo e todos.

Seu desequilíbrio mental me lembra  Jason The ToyMaker. Porém devo admitir, Suzana consegue ser bem mais inteligente do que ele. Só que as vezes ela não sabe usar essa sua esperteza e acaba se descontrolando.

Ela parecia irritada por eu ter colocado ela nessa situação, por isso graças a sua frustração ela matou com uma única malhadora e um taco de baseball cheio de pregos e arames, cerca de quase noventa pessoas. Obviamente uma grande parte foi morta por mim, trabalhamos bem juntos. Somos  uma Dupla Homicida imparável.

Está quase terminando o dia, o que significa que vai ser 99 dias no contrato. Um dia a menos para Suzana.

Estamos em um dos corredores principais do presídio, ela está metralhando horrivelmente um cara. Seus miolos estão grudados nas paredes, o uniforme de presidiária nela estava ensopado de sangue e por algum motivo isso era estranhamente atraente. Ela fica ... Mais bonita usando isso.

Ela para de atirar por um segundo analisando com os olhos, os corpos espalhados pelo chão. Ela respira fundo e mira os olhos para cima ao notar que aqui tem câmeras em 4 ângulos diferentes.

Candy Pop: Ah, É. Aqui tem câmeras nessa parte. Se não nos livrarmos delas podem facilmente encontrar essas gravações e tentar nos perseguir. --- falo vagamente apoiando minha marreta no chão, estou com um pirulito saboroso na boca. Ela se vira pra me encarar indignada.

Suzana: Você só me avisa agora? --- ela perguntou alterando a voz, e eu dei um sorriso pequeno.

Candy Pop: Você não tinha perguntado.
Mas agora que notou, resolvi avisar. --- falei vagamente com sarcasmo.

Suzana: Vai se Foder Candy Pop! --- xinga com ódio gritando alto, meu sorriso sumiu e eu a encarei fixamente nos olhos. Era visível a raiva no seu rosto, a raiva combinava bastante com ela.

Suzana se vira para encarar uma câmera e com desgosto aponta o dedo do meu para ela, no segundo seguinte apontando a metralhadora em sua direção e disparando violentamente.

Apoiei meu braço na marreta no chão, enquanto observava ela atirando com ódio em todas às câmeras. Estou encarando ela meio perdido e fascinado, eu acho que não me importaria se ela atirasse em mim.

Ela abaixou a arma e respirou fundo após ter atirado em todas às câmeras, ela volta o olhar para mim e eu me endireito rapidamente desviando o olhar.

Suzana: todos estão mortos agora, você também devia estar morto. --- ela fala com a voz fria e cheia de ódio.

Candy Pop: que pena, para a sua tristeza eu estou bem vivo. --- falei dando um sorriso presunçoso. --- venha, me acompanhe. Vou te levar para a minha casa, meu carro está lá fora.

Suzana: eu NÃO gosto de receber ordens. --- ela falou mais uma vez, e eu me virei lentamente para encará-la.
--- e a propósito, não sou obrigada a ir para nenhum lugar com você.

Candy Pop: você vai vim comigo, mesmo que eu precise te arrastar daqui. --- falei com a voz alta, e ela me encarou intensamente nos olhos. Mantemos um contato intenso por longos segundos.

Suzana: Eu duvido. --- falou com a voz desafiadora, e eu respirei fundo sentindo um sentimento de adrenalina enorme. É um sentimento estranho, as vezes me faz sentir vontade de fazer loucuras.

Eu largo a minha marreta no chão e vou em direção a ela rapidamente, ela se afasta pra trás e aponta a metralhadora pra mim.

Candy Pop: É melhor você não duvidar de mim. --- falei com a voz grossa, a metralhadora toca meu peito mas eu não me importo. Eu agarro ela pela cintura com força fazendo nossos corpos ficarem grudados um no outro.

Suzana: Se não me soltar, eu vou fazer você em pedaços. --- ameaça friamente sem largar a metralhadora, eu não dou importância para as suas palavras. Mesmo um pouco preocupado pois eu sabia que ela podia mesmo fazer isso. --- eu não vou com você para lugar nenhum.

Candy Pop: vou mostrar pra você como  vai. --- falei num tom baixo perto de seu ouvido, eu sou muito mais alto e bem mais forte que ela.

facilmente consegui a puxar para cima usando apenas uma mão, coloquei ela em meu ombro a prendendo facilmente enquanto pego a minha marreta na outra mão e saio do prédio rapidamente. Ela grita de ódio se debatendo em meus braços, sem soltar a arma e ameaçando a cada segundo de atirar em mim.

Estou caminhando calmamente em direção ao meu carro que está estacionado há alguns metros do prédio.

Estalo os dedos suavemente e meu poder falha um pouco mais consegue fazer com minha marreta suma em questão de segundos. Meus poderes estavam incrivelmente fracos, se eu passar mais horas sem roubar nenhuma alma posso acabar morrendo.

Abro a porta do carro ao me aproximar dele, e jogo a garota sentada no banco da frente. Ela me encara fixamente com raiva e outro sentimento que eu não conseguia entender, só sei que assim como eu ela estava com a respiração meio pesada e o seus braços estavam meio quentes e avermelhados.

Estou do mesmo jeito, mas é algo ainda maior. Estou sentindo um maldito sentimento de cometer uma loucura, não é sobre matar alguém. Ou qualquer coisa do tipo que um assassino normalmente faz, é algo... Que só um ser humano entenderia.

Candy Pop: e então? Ainda duvida? --- pergunto com a voz séria, entrei no carro e fechei a porta com força. Ela desviou os olhos de mim apertando a metralhadora nas mãos.

Suzana: eu não quero morar com você. --- disse com a voz baixa sem me encarar mais, eu dou partida no carro lentamente.

Candy Pop: Você sabe que não tem escolhas. Seu corpo, seu sangue, sua alma, sua raiva, seu ódio, sua vingança, sua VIDA me pertence. Em outras palavras, Você pertence a mim agora Suzana. --- eu falei com a voz fria enquanto eu dirigia calmamente, os olhos dela se voltaram para mim e eu encarei ela por poucos segundos antes de voltar o olhar para pista. Por uma fração de segundos tive a sensação de ter visto um leve rubor em suas bochechas, mas acho que vi coisas aonde não tem.

Suzana: eu quero saber o motivo pelo qual está fazendo tudo isso. --- disse baixinho, e eu respirei fundo. Por algum motivo ouvir ela falar nesse tom pela primeira vez, me causou um pequeno calor no rosto.

Candy Pop: Você matou alguém que me pertencia antes. --- eu disse simples sem mais delongas, e ela ficou quieta.

Suzana: olha, eu já matei muitas pessoas. Não faço a mínima ideia de quem eu possa ter matado que tinha uma ligação com você. --- falou com bastante sinceridade, e eu respirei fundo.

Candy Pop: Sofia Watson. Você é a assassina dela, A garota que eu era completamente obcecado há três anos atrás. --- falei de forma sinistra, e um silêncio mortal prevaleceu no carro.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora