Minha Doce Bailarina | Candy Pop

Stalker

"Eu tenho um Stalker, será que ele notou que eu descobri isso?" --- Suzana Morgan.

Suzana Morgan

Estou sem nenhuma expressão facial, em pé no meio do estacionamento. Eu ia entrar no prédio, após ter estacionado meu carro quando de repente fui abordada por um homem.

Meu namorado babaca me pediu para eu ir na empresa em que ele trabalha, para ver uma sessão de fotos dele que teria até de tarde. Eu sempre fazia isso com muito prazer, mas agora é diferente. Eu só resolvi vim, para ele não suspeitar meu comportamento estranho e descobrir que eu já sei que ele me traiu.

Eu ainda vou resolver essa atual situação do nosso relacionamento, ainda hoje. Vou convecê-lo a dormir está noite comigo, e ele com certeza vai pensar que é para transar. - ele deve ter descoberto pelas notícias locais, que Emily foi assassinada. Mas ele obviamente não reagiu sobre isso comigo.

Neste exato momento estou tendo problemas em relação a entrar no prédio, porque tem um cara meio velho na minha frente. Ele tem um sorriso nojento no rosto e com isso sei que suas intenções não são boas.

Suzana: você pode me deixar passar senhor? --- pergunto gentilmente, usar a gentileza talvez ajudaria. Mas eu sabia que não, não com pessoas podres como ele.

Eu já tinha problemas demais para resolver, eu deixei Amélie amarrada no porão da minha doceria. E resolvi matá-la de vez assim que a sessão de fotos de Henry terminasse.

O motivo pelo qual eu ainda não matei ela é porquê, amanhã é nossa apresentação. E eu ainda não tive tempo para mandar uma mensagem pelo celular de Amélie dizendo para Emma nossa professora, que houve algum improviso e que ela não poderia ir. Eu estava pesquisando sobre a vida de Amélie e descobri que ela é uma pessoa que constantemente está mudando de cidades, porque nunca está satisfeita com o que tem.

Então eu vou fazê-la ligar para Emma, explicando algo inventado por mim. Assim não haverá suspeitas. - obviamente eu vou ter que esconder o corpo, logo depois.

Eu não quero ter desmembrar outro corpo, isso é demais para mim. É um processo horripilante.

Eu tentei passar para o outro lado, mas o cara me impede tentando se aproximar mas eu rapidamente recuo pra trás.

???: porque tanta pressa? Eu só quero conhecer você, você é tão bonita... E me parece ser tão frágil. --- fala em tom de voz doentio e eu serro um pulso lentamente, eu respiro fundo desviando meus olhos para os lados. A procura de câmeras por aqui, mas não tem.

Suzana: é fácil julgar pela aparência, mas você não me conhece pra poder falar isso. Agora, saí da minha frente seu velho escroto do caralho! --- eu digo alterando a voz, encaro ele friamente.

Ele vai recuando pra trás de repente, e lentamente arregalando os olhos em horror. Eu não entendi o porque dessa sua reação, mas percebi que seus olhos estavam fixos atrás de mim. Como se ele estivesse vendo algo totalmente bizarro e horrível na sua frente.

???: O que diabos é essa coisa? --- ele pergunta com a voz em pânico, e eu me viro lentamente pra trás. Mas eu não vejo nada e isso me deixa de olhos arregalados.

Suzana: do que você tá falando seu maldito? --- eu perguntei alto voltando meus olhos para o velho gordo.

???: t-tinha  uma criatura atrás de você, era um monstro horrível. Ele ... Ele estava com uma marreta gigante. --- fala pausadamente em descrença, e eu fiquei quieta.

Suzana: acho que o único monstro por aqui é você. --- eu falei friamente puxando um canivete do bolso, ele estava horrorizado demais para perceber isso.

Eu avancei na direção dele com grande velocidade, e acertei com força o canivete no abdômen dele. O cara soltou um grito de dor, ao sentir a lâmina passar no seu abdômen e costela em enorme corte fazendo sangue espirrar no meu rosto. Eu acertei com brutalidade o canivete no pescoço dele, bem na jugular. Fazendo sangue aparecer e jorrar para os lados.
Mas eu parei, quando de repente começa a gritar ainda mais - parecendo ver novamente a tal criatura na sua frente.

Olhei pra frente desesperadamente a procura do monstro que ele dizia ter visto, mas tudo o que acontece no então momento é todos faróis dos carros estacionados sinistramente acendendo e apagando e as buzinas simplesmente do nada fazendo sons. Como se uma entidade estivesse por trás disso tudo.

Levantei lentamente no chão, e vaguei meu olhos a procura de alguém. Mas nesse pouco tempo em que  me distraí o cara levantou atordoado do chão, e todo coberto de sangue começou a correr pelo estacionamento em direção ao prédio. Eu arregalei os olhos e rapidamente eu segui ele em passos ágeis, ele estava com uma mão no corte enorme em seu pescoço tentando conter o sangramento.

De repente perdi ele de vista, segurei firmemente o canivete na minha mão e quando os carros finalmente ficaram normais e tudo ficou em silêncio, ouvi um grito estridente.

???: SOCORRO! --- era a voz daquele homem, tentei seguir os sons sinistros que eu estava ouvindo. Os barulhos me eram como marteladas, e isso me deixou em pânico.

Eu corri cada vez mais rápido  e quando eu finalmente cheguei exatamente onde o cara estava, eu fiquei paralisada e gélida.

Ele estava estirado no chão, os olhos arregalados e suas entranhas espalhadas por todo o lugar. Havia um muro nesse estacionamento, que dividia o prédio dos carros estacionados, a parede desse muro estava toda respingada de sangue.
A cabeça do cara foi praticamente esmagada. Como se um grande martelo tivesse atingido o crânio dele várias vezes.

Eu fico sem piscar por vários minutos tentando processar a situação, puxei meu celular do bolso lentamente e tirei uma foto rápida da cena do crime. Eu precisava investigar e tirar algumas conclusões.

Mas eu lembrei muito bem do que ele tinha me dito antes - ele disse que tinha uma criatura atrás de mim com uma marreta gigante.

Eu engoli seco desviando meus olhos para os lados e recuei para trás, quando voltei meus olhos para a esquerda notei que um vulto passou correndo para fora do estacionamento. Eu podia tentar segui-lo mas eu sei que seria arriscado.

Seria arriscado demais, e logo agora que estou ficando cada vez mais perto do meu Stalker.

Eu tenho um stalker, será que ele notou que eu descobri isso?

Talvez sim, talvez não. Mas eu só sei de uma coisa: eu tenho mesmo um stalker.

Eu venho observando isso desde a primeira vez que me senti observada, comecei a andar continuamente sozinha pelos lugares Propositalmente para atrair a atenção dele. O que de certa forma eu consegui. Em todas as vezes eu me sentia seguida, e desde então coisas bizarras aconteceram. Desde o aparecimento daquele cadáver no meu tapete da sala, se ligando perfeitamente com as outras bizarrices.

Por algum motivo que eu não consigo entender, eu tenho um Stalker. Seria um Ser que está obcecado por mim, ou apenas um Psicopata que quer me Matar? Eu vou descobrir.