Perseguição

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"segure a minha mão, ou morra aqui." --- Candy Pop.

Candy Pop

Estamos sentados no banco de trás de um carro que está sendo dirigido de forma veloz na pista, olho para o lado e vejo Suzana sentada no banco completamente perdida. Até que eu entendi onde eu acabei nos levando,  estamos no carro de Emma agora.

Ela está com uma mão no volante e com uma outra mão no celular que está no ouvido, seus olhos então concentrados na estrada enquanto ela falava seriamente na ligação.

Emma: eu estou falando sério! Eu consegui fugir a tempo, mas provavelmente aquele cara deve ter matado todo mundo. A maoria das pessoas... Foram mortas por causa de balões estranhos, eu sei pode parecer doideira mas estou falando sério, amor. --- ela fala com a voz trêmula e cheia de pânico, logo raciocinei que ela devia estar falando com o marido.

Suzana desvia o olhar para mim, parecendo intrigada pelo fato que estamos juntos aqui. Eu encaro ela de volta fazendo um sinal com os dedos perto do pescoço, para indicar que ela tem que matar Emma.

Suzana parecia meio nervosa, ela nega com a cabeça me encarando de forma fria. E então desviamos o olhar para baixo, ao notar que ainda estamos segurando a mão um do outro.

Ela foi rápida ao largar minha mão e logo desviar o olhar, isso me faz desviar os olhos também rapidamente.

Emma: estou indo na delegacia agora, eu tive muita sorte mesmo de ter escapado. --- fala com a voz cheia de medo, e logo ela sentiria ainda mais medo.

Movo minhas mãos para cima, uma poeira roxa começa a materializar um objeto em minhas mãos. Suzana nota e encara fixamente o facão de lâmina bem polida, que está na palma da minha mão.

Eu estendo a mão na direção dela esperando ela pegar, seus olhos encaram os meus fixamente e eu faço o mesmo. Por alguns segundos ficando meio perdido ao encarar ela.

Enquanto Emma está bastante distraída na ligação, eu me inclino devagar na direção de Suzana aproximando meus lábios em seu ouvido.

Candy Pop: você cuida dela, e enquanto isso estarei sob controle do carro. --- falo em um sussurro arrepiante, me afasto para trás e ela me encara com frieza. Ela puxa o facão da minha mão, provavelmente com o desejo de me esfaquear  ao invés de Emma.

E ela ia fazer isso, mas no segundo seguinte ouvimos um grito feminino estridente que me fez sentir dor nos tímpanos como agulhas finas e dolorosas. Emma tinha acabado de desligar a ligação, e quando olhou para o retrovisor que tem dentro do carro ela nota nossas presenças nos bancos de trás e isso encadeia um grande surto de pânico nela.

Eu faço um sinal com os olhos para a garota atacar, e então ela se vê sem opções afinal agora a velha tinha acabado de notar nossa presença por culpa do maldito descontrole de Suzana.

Tudo o que eu pude ouvir além dos gritos da mulher, foi o barulho do facão acertando a costela de Emma com brutalidade. Instintivamente sangue espirrou no rosto de Suzana e às mãos da velha já não estavam mais no volante do carro, isso fez Emma gritar ainda mais de dor enquanto o carro perdia o rumo nas estradas e Suzana continuava acertando repetidamente o facão nas costelas da mulher.

Até que em um golpe único e horrível, ela passou a lâmina de raspeira no pescoço da velha fazendo um barulho satisfatório. Um rastro enorme de sangue espirrou em mim também, fazendo um sorriso pequeno aparecer em meus lábios lentamente.

Minha Doce Bailarina | Candy PopOnde histórias criam vida. Descubra agora