Dangerous Love - CAMREN

Está chateada comigo?

Chegueeeei agoraaaa pra alegria de vcs

P.O.V Lauren

É como se jogadores estivessem com minha cabeça chutando de um lado para o outro e fazendo passes até conseguir atingir o gol em cheio, foi bem onde o despertador do celular tiniu irritantemente sendo o suficiente para me tirar do sono tão gostoso e pesado. Abri os olhos em um estalar, sentindo a cabeça latejar a ponto de fazer a boca amargar e o estomago revirar com vontade de colocar tudo para fora. Empurrei o lençol bruscamente, sentindo o incomodo daquele tecido quente sobre meu corpo nu e suado. Bastou olhar para o aparelho que o mesmo me lembrou das entrevistas marcadas para hoje afim de contratar alguma assistente para mim. Resmungando sabendo que não posso faltar essa manhã, coloquei os pés para fora da cama e dei uma olhada na Camila que se encontra nua também, porem acabara de enfiar o travesseiro no rosto por causa do maldito barulho incansável. Desliguei de forma estressada, para então, ir ao banheiro fazer a higiene matinal.

Tentei ser rápida no banho e amenizar a dor de cabeça com uma ducha gelada, mas não revolveu muito. Acho que tem alguém sambando dentro de mim e quer me ver de ressaca o dia inteiro. Sai do banheiro enrolada na toalha, os olhinhos miúdos incomodados pela claridade, a boca seca e amarga sendo consequências das bebidas da noite passada.

- Que saco! – Camila tirou o travesseiro do rosto e jogou na cama – Eu só queria dormir mais um pouco.

- Você ainda tem alguns minutos, Camz – Me aproximei da cama, segurando a toalha enrolada no corpo – Aproveite esses minutinhos para descansar.

- Se a cabeça deixasse – Rolou os olhos profundamente, em seguida, fez careta de dor – Eu vou preparar um café para nós...

- Não precisa, sério – Me curvo o suficiente para bicar seus lábios ressecados e ela acabou suspirando – Eu vou passar no Starbucks no meio do caminho e depois seguir para a empresa – Após dar-lhe um selinho gentil, pressionei a boca na testa em um beijo preciso – Vá se cuidar, tudo bem? Tome remédio.

- Tudo bem, amor – Camila puxou o travesseiro de volta e o abraçou – Eu te amo – Declarou sonolenta.

- Eu te amo, vida.

[...]

Digamos que acabei me atrasando, afinal tive que passar em casa para escolher uma roupa decente para ir trabalhar e depois ir no Starbucks em busca de um café extremamente forte para curar a ressaca. Então fui bebendo pelo percurso todo até chegar na empresa com cara de poucos amigos e o ray-ban tampando os olhos por causa da maldita claridade que está acabando comigo.

- Bom dia, senhorita Brooke – Cumprimentei formalmente e toda séria por não querer gracinhas nesse momento de luta – a entrevista vai começar em dez minutos, então não mande ninguém subir por agora.

Recado dado e sem dar tempo da minha amiga fazer alguma palhaçada, fui para o elevador. Por Deus, eu ainda tenho que achar um perfil ideal para vaga de assistente e eu não estou com cabeça para isso.

[...]

Nem o café curou a ressaca e a todo momento em que eu pensava um pouco mais, a cabeça latejava tão forte que embrulhava meu estomago e me fazia suar friamente. A calça skinny preta colada nas pernas não está ajudando em nada, piorou a camisa branca quase transparente e com a maioria dos botões abotoados, além a parte da frente da barra estando por dentro da calça. O ar condicionado não está dando conta!

- Bom dia, senhorita Beer – Cumprimentei a moça após deixa-la entrar na minha sala.

- Bom dia, senhorita Jauregui – Ela sorriu timidamente e eu apenas fiz um sinal para sentar na cadeira a minha frente.