Prologo

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Eu não sei se isso vai dar certo, mas vou tentar né....

P.O.V  Lauren

Casa, trabalho. Trabalho, casa. Depois que minha vida mudou completamente, a rotina simplesmente se tornou isso. Não tinha mais o que fazer e eu não queria fugir disso. Me sinto segura em apenas ir trabalhar e depois voltar para meu conforto, é como se fosse uma zona de segurança onde ninguém mais pode me afetar. Bom, é até irônico isso, já que convive alguns anos com a pessoa em que eu resolvi casar e do dia para a noite, me deu um baita pé na bunda após eu descobrir seu verdadeiro lance comigo. A gente acha que conhece as pessoas, decidi confiar e no fim, descobre que não é tudo isso. Sabe o que é pior? Tê-la no mesmo teto e não poder enxergar as intenções. Como pude ser tão burra? O amor só pode ter me cegado. Não me importo de perder dinheiro e perder na justiça, só fico chateada com o caráter da pessoa e a forma como cai feito uma patinha na sua lábia.

Sem vontade alguma, desliguei o chato do despertador insistente que está me fazendo acordar para a triste realidade. Do que adianta ter tanto dinheiro se não sou feliz? Por que os outros dizem que dinheiro trás felicidade? Eu não vejo isso. Com os pensamentos me atormentando, decidi sair da cama de uma vez antes que eu começasse a ter uma crise de ansiedade e depressão. Não quero começar o dia daquele jeito.

Meu banho foi até lento para quem não queria se atrasar, mas como eu não ficaria na minha zona de conforto para o café da manhã, aproveitei esses minutos para ficar mais no banho. Quando senti disposta o suficiente, sai do banheiro enrolada em uma toalha felpuda branca e dirigi até ao closet, vendo milhares de peças de roupas de marcas. Optei por um vestido preto justo com alças finas e uma jaqueta verde por cima, combinando com os saltos fechados que são da mesma cor.

[Vero] Espero que esteja pronta para um dia cheio de emoções.

Antes de sair de casa, li a mensagem de minha melhor amiga e no mesmo segundo, revirei os olhos. Veronica Iglesias está aprontando algo, eu sinto isso. Peguei todas as coisas necessárias antes de ir até a garagem e adentrar no tesla preto completamente tecnológico e inovador. No meio do caminho, passei na Starbucks e peguei somente um café forte sem açúcar, algo amargo que combina comigo.

- Bom dia, Allycat – Cumprimentei minha amiga ao adentrar no imenso prédio da empresa de agencia de cruzeiros.

- Bom dia, senhorita Jauregui – Ally cumprimentou formalmente por ter alguns clientes por perto – Dormiu bem?

- Deixe de ser besta – Escorei na bancada onde a garota está atrás da mesma – Até parece que você é educada desse jeito.

- Pois tomara que você tenha tido pesadelos e caído da cama – Não demorou para sua língua afiada entrar em ação – Eu não sei porque ainda sou sua amiga.

- Me pergunto isso até hoje – Deixo os ombros caírem e prontamente vi sua feição mudando para preocupada – Papai já chegou?

- Já sim – Ally acenou levemente com a cabeça – Está te esperando.

- Ok... – Sem dizer mais nada, dei as costas para minha amiga.

- Laur – Antes que eu pudesse me afastar, a escutei me chamar – Almoço juntas?

- Almoço juntas – Confirmei ainda de costas.

Ally Brooke fica com a parte de recepcionar as pessoas, vendendo as viagens e entre outras coisinhas. O seu carisma atrai clientes e tem até aqueles fixos que sempre estão participando dos cruzeiros. Não é novidade que a gente sempre almoça juntas e outras nossas amigas também vem com a gente, só que ultimamente ando ficando na empresa e acabo pedindo para entregarem comida. Hoje eu decidi mudar um pouco, ainda mais sabendo que Veronica não me deixaria em paz.

Dangerous Love - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora