Futura Jauregui

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P.O.V Lauren

Nossas mãos entrelaçadas se aqueceram naquele inverno rigoroso, o céu cheio de cores vibrantes derramando floquinhos de neve sobre nós duas e mesmo assim permanecemos ali, uma se declarando para a outra através dos olhos. Ela disse sim. Levo ambas as mãos dela até aos ombros e as mesmas percorreram por si só, me abraçando naquela noite tão fria e aquecendo quando os corpos colaram. Seguro um lado do rosto, tocando delicadamente como se fosse a coisa mais frágil do mundo e tive medo de quebrar. Foi deslizando o polegar pela maçã que a trouxe de encontro, ainda me sentindo perdida nos castanhos brilhosos por conta das lagrimas e tive tempo de limpar uma que escorreu, para então, finalmente os lábios se encontrarem embaixo da aurora boreal. O começo foi apenas um espremer, dando um gás para eles e esquentando diante do vento gelado que passou por ambas. E foi abraçando a cintura dela, prendendo-a mais a mim que iniciei os primeiros movimentos.

Não quero apressar, não quero foda e nem selvageria. Eu quero ama-la. Logo movi os lábios com calma, achando uma brecha quando ela entreabriu a boca e esperou que eu comandasse. Dei uma tombada na cabaça, criando posição para encaixar nela e assim fechamos as bocas em torno, prendendo de tal forma que o inverno não atrapalhou em nada. Passeei pelos seus lábios macios e trêmulos, aquecendo em meio as passagens e dando puxadinhas que soaram estalos gostosos. Camila entreabriu a boca de novo, agora um novo encaixe para dar uma volta completa e me esmagando, intercalando entre o superior e inferior conforme os próprios lábios prendiam neles, causavam pressão e levavam para si. Está retribuindo. Uma das mãos subiram até infiltrar nas mechas do meu cabelo e entre as brechas, a língua quente dela passou entre os lábios entrelaçados ao mesmo tempo em que agarrou a mecha e segurou como se desse mais impulso para explorar dentro de mim.

A língua escorregou lentamente, uma valsa apaixonada e a cada toque, sendo uma declaração silenciosa e o que mais se destaca é: ESTAMOS NOIVAS. Dessa forma, minhas mãos desceram desfazendo do abraço por uma boa causa. A língua ainda continuava a serpentear, cobrindo o céu da boca antes de deitar-se sobre a minha e instiga-la. Alcancei as nádegas bem embaladas e fiz esforço o suficiente para suspende-la, logo as pernas de Camila davam voltas na cintura. As cegas, andei pela neve que afundava meus pés e deixava a caminhada lente. Tentei seguir meus sentidos, mas estava sendo um trabalho difícil enquanto minha namorada chupava a língua. Os lábios deslizando por todo comprimento e voltando como se tivesse fazendo um vai, e vem, para então, focar na pontinha e toca-la com todo cuidado do mundo. E foi assim que subi os poucos degraus, torcendo para não cairmos nesse frio intenso.

Quando entrei, chutando a porta e fechando a mesma com o pé, dei graças a Deus por estar tudo quentinho. Camila quebrou o beijo e desceu os lábios para o pescoço, aplicando um embaixo do outro pela lateral e seguindo a extensão no ponto de pulso. Podendo ver agora, a deitei sobre o colchão no chão bem em frente a lareira acesa. Sim, eu tinha planejado isso.

- Quando acho que as surpresas acabaram, uma sempre surge para me deixar de boca aberta – Camila comentou ofegante ao notar onde estamos.

O colchão está cheio de cobertas e travesseiros, além das pétalas espalhadas pelo mesmo e a lareira nos aquecendo.

- Eu quero te dar a melhor noite de todas – A cobri com meu corpo e tomei as mãos, entrelaçando acima da cabeça.

- Quando disse que planejou cada passo, não estava brincando.

- Eu não brinco em serviço, senhorita futura Jauregui – O sorriso que ela deu por ter sido pega de surpresa com minha fala, foi a coisa mais linda do mundo e meu coração deu cambalhotas – Essa noite eu quero te amar como se fosse a primeira vez.

Dangerous Love - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora