Maldita stripper

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Volto ou não?

P.O.V Lauren

Me encontrava em uma sala pequena, a luz baixa com alguns detalhes em vermelho. Estou sentada no estofado confortável a espera do que está por vir. Não acredito que esse momento chegou. A latina loira jogou o cabelo para o lado ao mesmo tempo em que passou a língua lentamente pelos lábios carnudos e finalizou com um sorriso destruidor de calcinhas. A stripper caminhou em minha direção, um passo de cada vez e conforme se aproximava, meu coração palpitava de ansiedade. Perdi toda a respiração ao sentir seu cheiro, ainda mais quando se curvou o suficiente para roçar os seios cobertos pela lingerie em meu rosto. Céus, eu estou perdida. Ela apoiou uma mão de cada lado nos meus ombros e assim pegou impulso para sentar nas coxas, levando-me a um enfarto. Seu rosto ficou tão próximo, a respiração fundiu com a minha e assim sorrimos juntas.

- Seja bem vinda, Jauregui.

Abri os olhos com tudo, assustada e com falta de ar. Me debati um pouco para tirar o lençol grudado em meu corpo suado por mais que o ar condicionado esteja torando no quarto. Sentei sobre o colchão macio e estapeei o despertador que continuava a gritar, trazendo-me para a realidade depois de um senho louco. Oh meu Deus! Isso não pode estar acontecendo. Eu não posso sonhar com uma stripper que eu nem sequer conheço e nem pretendo conhecer. Nunca mais vou pisar os pés naquela maldita cidade ridícula e nojenta. Só tive esse sonho por causa de Veronica.

Quando consegui acalmar a respiração e parar de transpirar, me direcionei ao banheiro para poder começar o dia e esquecer de uma vez esse sonho.

[...]

- Bom dia... – Ally murchou o sorriso ao ver minha cara nada boa – Pelo jeito o despertador te derrubou da cama e hoje não é um dos melhores dias.

- Problemas, Brooke, problemas – Desdenho com a mão, não dando nenhuma satisfação ou algo do tipo – E eu não vou almoçar com vocês.

Sem mais e menos, dei as costas para minha amiga e pisei fundo em direção ao elevador. Ajeito o óculos de sol sobre os olhos, aproveitando para arrumar o cabelo ao joga-lo para trás e lado. Fui sem educação ao não cumprimentar alguns funcionários que passavam pelo corredor, simplesmente fui para minha sala. Assim que fechei a porta, a mesma foi aberta por Veronica Iglesias.

- Como está se sentindo, branquela? – Vero está com seu bom humor de sempre.

- Adivinha? – Coloco o óculos no topo da cabeça – Eu não quero conversas, Iglesias.

- Eu não tenho culpa se você não sabe aproveitar o lado bom da vida – Ela riu se jogando na cadeira – Infelizmente não vou poder ir hoje na boate ver minha gatinha.

- Você é estranha – Faço careta para a garota – Agora caia fora, eu preciso trabalhar.

- Seu humor me contagia.

- Vamos, Iglesias! – Bato palmas para que a mesma se toque e saia de uma vez da minha sala.

Entre resmungos e piadinhas, minha amiga me deixou em paz. Finalmente sozinha, pude relaxar na cadeira confortável e puxar alguns papeis para resolver as questões pendentes do meu pai. Capturei a caneta azul sobre a mesa e ao destampa-la, minha cabeça viajou na noite passada.

"Seja bem vinda"

Os lábios tão bem desenhados, carnudos e curvados moveram-se diretamente para mim. Aquela stripper ficou o tempo todo me olhando e parecia dançar somente para mim, é como se não tivesse mais ninguém naquele local. Juro que não lembro o momento que aproximei do palco para ver de perto a sua dança tão sexy. A bunda balançando continuamente me enfeitiçou e eu não conseguia tirar os olhos dela. Aquilo é um verdadeiro monumento atraente e a lingerie se perdia nas nádegas. Oh!

Dangerous Love - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora