A patroa que manda

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E domingo finalizarei essa fic. Aaaiin

P.O.V Lauren

Aos prantos? O que Madison estaria fazendo aqui e aos prantos? O que aconteceu? Preocupada com minha assistente, pedi para que liberassem sua passagem e assim fui de encontro até a porta de entrada. Quando abri, a encontrei abraçando o próprio corpo tremulo, os olhos derramando lagrimas e lábios tremendo em choro doloroso. Ao me ver, os braços passaram em volta de mim, me pegando desprevenida e eu nem sabia o que fazer. Ela chorou no meu ombro, me apertou e soltou soluços. Processando um pouco da situação, acabei passando as mãos pelas costas tremulas na tentativa de acalma-la. Eu não sei o que fazer!

- Mad... – Tentei dizer alguma coisa, mas me perdi no seu soluço alto.

- E-eu... – Ela ergueu o rosto banhado de lagrimas – p-preciso de sua a-ajuda.

- Vem comigo.

Ainda a abraçando para amparar, a levei para dentro de casa. Madison andou devagar, o choro livre e me apertando a cada segundo de dor. Juntas, fomos para a sala de estar e encontrei Sofia com Kayla ali. Faço um sinal para as duas, um pedido mudo para se retirarem. Ambas prontamente acataram, nos deixando a sós no recinto. Quando depositei a assistente sobre o estofado, minha cunhada surgiu com um copo cheio de água e eu agradeci com um pequeno sorriso.

- Beba – Estendo o copo quando minha cunhada se foi.

- O-obrigada – Tremendo, Madison pegou o copo cheio e bebeu aos poucos.

Sentei do seu lado, a analisando minuciosamente em silencio e dando todo espaço. Em pouco tempo ela secou o copo e depositou na mesinha que era de centro, porem está em outro lugar porque estávamos jogando uno no chão. Madison passou as mãos pelos olhos, uma tentativa inútil de secar as lagrimas e foi nessa ação que reparei nos pulsos avermelhados.

- Ei... – Pego ambos os pulsos dela, acariciando com os polegares – O que aconteceu?

- M-meu irmão – Essa foi sua resposta e parou por aí.

- Você está segura aqui, Mad – Tentei soar de uma forma que passasse confiança e segurança para ela – e pode confiar em mim.

- N-na verdade, eu v-vim justamente aqui para t-te pedir a-ajuda depois d-do que aconteceu – Tive um pouco de dificuldades para entender por conta dos seus soluços constantes – M-meu irmão é u-um drogado.

- Meu Deus! – Aperto as mãos dela – Eu sinto muito, Mad.

- M-minha vida...não é f-facil, Lauren – Ela afastou nossas mãos para tentar limpar as lagrimas de novo – e-eu...tento ser feliz, t-tento ser forte, mas...d-dói demais.

Não pensei duas vezes em puxa-la para outro abraço, a vendo tão frágil. Quando a situação é com a família, é bem pior, ainda mais alguém tão próximo. Um irmão drogado? Então será que ele deixou os pulsos dela dessa forma por pedir droga ou estar drogado? Isso é tão triste. Madison pousou o rosto no meu ombro enquanto eu a embalava bem nos braços e dei todo suporte necessário.

- N-não temos pais...e-eles morreram faz um bom t-tempo e – Madison deu uma pequena pausa para se acalmar e conseguir continuar – as vezes a-agradeço por isso, porque e-eles iriam sofrer demais se o v-vissem dessa forma – Beijo o topo da cabeça dela – E-eu praticamente moro sozinha, já que e-ele vive mais na rua, mas quando aparece... – Se encolheu toda nos meus braços.

- Eu sinto muito mesmo, Mad – Suspirei em pesar. Não sabia nem o que dizer direito.

- Aquele d-dia na lanchonete, ele tinha aparecido mais cedo e queria d-dinheiro – Senti a dor na sua voz – e-eu implorei para que ele tomasse um r-rumo na vida, que me deixasse em p-paz e em troca... – Levantou os pulsos avermelhados – Hoje não foi diferente.

Dangerous Love - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora