Ela é alegre, doce, gentil. Ela é uma bióloga que ama os animais e a natureza, em especial os anfíbios pavor do seu pai Delegado federal Fernando Fontes. Será que Jujuba vai se dar bem na Matéria do amor? Será que ainda vai continuar assustando seu...
Enquanto a série me transportava para outras realidades, a espera pela volta da minha mãe do consultório médico me deixava apreensiva. Mergulhada na trama, percebi o barulho da porta se abrindo. Imaginei ser mamãe e, com um sorriso esperançoso, perguntei:
- E aí, mãe? Tem boas notícias? Ao levantar o rosto, meus olhos se depararam com Rodolfo.
Mas era um Rodolfo diferente da última vez que o vi. O cabelo, antes curto e disciplinado, agora estava grande para um bombeiro. Um sorriso torto adornava seus lábios, revelando uma mudança inexplicável, estava lindo.
Sem hesitar, ele se aproximou e me deu um beijo. Um doce e suave, não era intenso, mas todo meu corpo estava em êxtase em sentir seus lábios nos meus, que por um instante me fez esquecer a dor da cirurgia e as dúvidas que me atormentavam. Mas logo, a realidade me bateu à porta. Eu o empurrei, mas ainda com gosto do seus lábios, mas ele me envolveu nos seus braços novamente.
- Rodolfo, você está louco? Abandonar o curso em Boston!, exclamei, empurrando-o com força.
- Por você, Juliana, eu sou capaz de qualquer coisa, ele respondeu, com um brilho intenso nos olhos.
Fascinada, toquei em seus cabelos longos. Era difícil acreditar que aquele era o mesmo Rodolfo que sempre os usava curtos. Ele me abraçou, cheirando meu pescoço com um fervor que me fez gemer de desconforto. A cirurgia na barriga ainda era recente e sensível.
- Mas por que você fez isso, Rodolfo? Por que veio embora de Boston?, questionei, com lágrimas nos olhos.
-Porque eu a amo, Juliana, ele disse, com convicção. E eu não podia ficar longe de você por mais um dia sequer. Suas palavras mexeram com meu coração. Apesar da raiva e da confusão dos meus sentimentos por Frederico, eu ainda o amava. Mas a decepção com sua atitude era imensa.
- Rodolfo, você precisa me explicar tudo o que aconteceu. Eu preciso entender seus motivos, implorei, com a voz embargada pela emoção.
Ele me olhou nos olhos, com um misto de amor e arrependimento. Ele me relatou tudo, estava confusa sobre meus reais sentimentos sobre o que Rodolfo acabará de contar, mas uma coisa é certa: estava feliz em tê-lo ao meu lado.
-Você comeu bosta, Rod? Pedi exoneração, estava ficando louco! Eu grito. Sinto uma fraqueza.
- Não, tenho um novo sonho? Fico curiosa, logo indago.
-Qual é seu novo sonho? Ele sorri enquanto aguardava sua resposta.
- Ser seu namorado, qual seria? Em tom irritada, eu grito.
- Rodolfo, você já perdeu sua chance. Não existe essa possibilidade entre nós. Deito-me cansada. Ele se senta na cadeira ao lado e retruca.
- Não foi isso que seus lábios disseram. Começo a sentir uma dor, no local da cirurgia.
- Presta atenção, não sei o que aconteceu em Boston, porque voltou bem assanhado, mas tira o “cavalo da chuva”, pois o raio não cai no mesmo lugar, meu querido amigo. Cala boca, porque estou sentindo dor. Ele se levanta, coloca sua testa na minha, seus cabelos mais compridos tocam meu rosto. Quando somos surpreendidos pela entrada dos meus pais.
- O que está acontecendo aqui? Meu pai fala, empurro Rodolfo que desequilibra e cai no chão.
- Nada, Rod estava olhando se estava com febre. Esse idiota. Tento disfarçar. Minha mãe sorrindo, diz.
- Achei que estavam se beijando, eu vou amar ter Rodolfo com genro. Ele se levanta.
- Pode ter certeza que logo serei promovido a patente de namorado oficial de Jujuba. Olho para ele, respondo.
- Coitado, a prisão destruiu os neurônios dele. Não se esqueça, Rod. Eu não gosto mais de você. Ele retruca.
- Mas acabou de retribuir meu beijo. Eu grito.
- Cala boca, Rodolfo. Começo a gemer de dor, meu pai se aproxima.
- Coitadinha da minha menina. Olha Rodolfo, eu dou permissão para assumir o cargo de namorado, não gosto daquele Frederico Santoro. Me viro e grito novamente.
- Paiiiiiii! Eu não estou aberta para relacionamento, principalmente com quem me rejeitou. Quero descansar. Me viro e coloco o cobertor no meu rosto.
- Vamos deixá-la descansar, mas estou muito feliz em te ver, Rodolfo. Escuto minha mãe dizer.
- Como sempre, o sono domina meu corpo, quando acordar espero que Rodolfo ainda esteja aqui. Depois de uma longas horas de sono, acordo com uma discussão entre Rodolfo, Henrique, Laura, Jacinta e Miguel. Eles estão tão intensos no diálogo que não percebem que estou olhando.
- Eu vou ficar com ela, Miguel responde.
- Não, será eu! Jacinta aponta dedo no rosto do meu irmão mais novo.
- Gente, eu sou mais velho, vou ficar com minha irmã. Henrique dispara.
- Ah não, eu posso ficar tranquilamente. Laura sentada na poltrona do acompanhante.
-Eu vou ficar, logo serei o namorado, então preciso ganhar pontos com Jujuba. Rodolfo fala com ar de vitorioso. Antes que eu responda alguma coisa, o médico interrompe a conversa.
- Juliana é muito amada, pessoas brigando para ser seu acompanhante, quando vemos o contrário, mas amanhã não vão precisar brigar, pois Juliana irá receber alta.
- Sério, doutor? Pergunto animada.
- Sim, já conversei com seus pais, resultado dos exames sendo bons, amanhã à tarde libero você, Jujuba. O médico sorri.
- Ótimo. Muito obrigada, Doutor. Ele me olha e se retira do quarto.
- Quem você escolhe para ser seu acompanhante? Henrique pergunta.
- Não, me coloca em problema. Resolvam vocês. Quero ir ao banheiro. Me levanto com dificuldade e com ajuda de Jacinta.
No banheiro meu coração deseja que Rodolfo fique, preciso conversar com ele, mas não vou escolher porque vai ficar convencido. Ao sair, para minha surpresa, eles deixaram meu amigo ficar comigo. Tenho um plano, ele será meu cúmplice.
Nova imagem de Rodolfo
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