O dia seguinte amanheceu radiante, banhando a minha casa com uma luz dourada. Com meu coração ainda dolorido pelo término do namoro, mas com a mente firme e determinada, me preparo para mais um dia de busca pela verdade.
Vestida com um vestido soltinho de estampa de sapinho, tênis brancos e cabelos cacheados soltos, caminho com certa dificuldade até a cozinha, onde minha querida tia avó Ritinha já preparava o almoço.
Ao perceber minha presença, Ritinha tenta fazer que retorne para o quarto, mas imploro para que me deixasse ir até o autódromo, precisava conversar com Otávio Serra, filho do agente federal Pedro e Deise Serra melhor amiga da minha mãe.
- Jujuba, você ainda está se recuperando, Ritinha disse com preocupação. Não é seguro sair agora. Acariciou o seus braços, meus olhos cheios de súplica.
- Eu prometo voltar antes dos meus pais chegarem, digo. Eu preciso falar com o Otávio, é importante. Ritinha suspirou, incapaz de me negar nada à sua menina.
- Está bem, ela concordou relutante. Mas tome cuidado, e me ligue se precisar de qualquer coisa.
Com sorriso radiante e agradecida pela compreensão de minha Ritinha. Peço um Uber e, após alguns minutos, já estava a caminho do autódromo de Brasília, onde se encontraria com Otávio. Ao descer no estacionamento, caminho em direção meu segundo lugar preferido, adrenalina da corrida de carros, só perdem para brejo do meu condomínio.
O ronco dos motores ecoava pelo autódromo, fazendo meu coração vibrar de emoção. Me aproximo dos bastidores da Stock Car, buscando ansiosamente por Otávio.
Ao avistar sua figura alta e elegante, o chamo pelo nome. Ele, sempre atencioso e gentil, correu para me ajudar, conduzindo-a até uma cadeira na garagem onde um carro de Fórmula 1 estava estacionado.
- Você está doida, Jujuba! Ele está vestido lindamente com macacão automobilístico que faz qualquer mulher perder o rumo.
- Isso são jeito de receber a pessoa que orou por você, ingrato. Digo sorrindo.
- Qual é, até hoje com essa conversa, já se passaram muitos anos, vira o disco. Ele se encosta no veículo.
- É, só um minuto, vou ligar para meus tios e dizer que você está me maltratando. Esboço pegar o celular.
- Não, Jujuba! Estou brincando. Vou pegar um isotônico para gente. Ainda prefere de limão? Ele se levanta e caminha até a geladeira.
- Sim, bem gelado, viu meu menino. Ele irritado, sussurra algumas palavras que não consigo entender. Otávio era um piloto promissor, com apenas 19 anos já havia sido contratado como piloto de teste da equipe McLaren. Em alguns meses, ele se mudaria para Woking, no Reino Unido, para iniciar sua carreira profissional.Ele retorna e isotônicos nas mãos.
- Você é muito ingrato, não foi me visitar no hospital, seu moloque. Antes mesmo de ser famoso já está arrogante. Digo apontando o dedo para ele.
- Jujuba, peço desculpas, mas não estava aqui no Brasil, mas liguei todos os dias para Tio Fernando e tia Olívia, na realidade vaso ruim não quebra fácil. Pego a tampa e jogo nele. Sem rodeios, fui direto ao ponto.
,- Otávio, digo com voz firme, eu preciso saber sobre o Opala SS 1979 do meu falecido avô. Todos os carros da sua família terminam S00 nas placas, não é? Otávio a olhou com surpresa.
- Sim. O Opala?, ele questionou. O que você quer saber sobre ele?
- Você sabe o que aconteceu com ele depois que seu avô faleceu?, pergunto, meus olhos estão cheios de esperança. Otávio suspirou, a expressão melancólica.
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Jujuba e suas aventuras
RomanceEla é alegre, doce, gentil. Ela é uma bióloga que ama os animais e a natureza, em especial os anfíbios pavor do seu pai Delegado federal Fernando Fontes. Será que Jujuba vai se dar bem na Matéria do amor? Será que ainda vai continuar assustando seu...