Frederico, Frederico e Frederico

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Juliana Lopes Fontes

O sol mal havia se despedido do horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, quando abri meus olhos. A manhã se iniciava serena, assim como meu coração, ainda adormecido nos sonhos da noite anterior.

Me levantei da cama com um sorriso tímido nos lábios, me sentindo leve como uma pluma. Vesti um vestido fluido de tons pastel, que realçava a cor púrpura da minha pele, que ainda sentia o frescor da aventura do dia anterior. Enquanto me arrumava, meus pensamentos se voltavam para a chamada de atenção que recebi dos meus pais por ter saído sem avisá-los para o voo de parapente com Frederico. Estou de castigo proibida de encontrar com meu namorado até o casamento de Laura. Uma moça de 23 anos, mas eles estão certos, infelizmente fui irresponsável de sair sem avisá-los, irei colher o fruto da desobediência.

Embora compreendesse a preocupação deles, uma sensação de liberdade e rebeldia ainda borbulhava dentro de mim. A adrenalina do voo, a sensação do vento em meus cabelos e a vista deslumbrante da natureza me proporcionaram momentos inesquecíveis ao lado de Frederico.

Ao terminar de me vestir, caminho pelas ruas do condomínio em direção à casa dos meus avós, dona Valéria e senhor Olavo, onde seria realizado o almoço pré-casamento da minha irmã, Laura. No caminho, meus pensamentos se voltavam para os momentos íntimos vividos com Frederico no dia anterior.

Lembrava-me com detalhes de como ele me ajudou a tirar o macacão, cada toque suave e carinhoso despertando em mim uma excitação que nunca havia sentido antes. Seus dedos percorriam meu corpo com delicadeza, traçando um mapa de sensações que me deixavam sem fôlego.

Ao chegar na residência dos matriarcas Fontes, fui recebida pelo meu irmão mais novo, Miguel. Com um sorriso sarcástico nos lábios, ele me perguntou se eu era a Cinderela, por ter chegado tão tarde. Ignorei sua provocação, mas a cena não passou despercebida pelo meu tio Pedro, que repreendeu Miguel com firmeza.

- Deixa sua irmã em paz, Miguel. Ele me abraça.

Cumprimentei meus tios e tias, primos e avós com abraços e beijos, me sentindo acolhida pelo calor familiar. Sentei-me no sofá enquanto a refeição era finalizada, observando a conversa animada à minha volta.

No entanto, meus pensamentos ainda estavam com Frederico. Lembrava-me do momento em que ele tirou meu sutiã, revelando meus seios à sua admiração. Seus olhos brilhavam com desejo enquanto ele percorria cada curva do meu corpo com a língua, me deixando em um estado de êxtase. Quando ele chupava meus peitos e tocava na minha vagina, só tem que pensar, sinto pulsações nas partes íntimas, aperto minhas pernas tentando controlar o que não consigo explicar. Observo que todos olhos estão em mim, porque nunca fiquei em silêncio nesta casa.

As lembranças vívidas do dia anterior incendiaram meu corpo, despertando em mim uma vontade incontrolável de estar com Frederico novamente. Sentia meu coração bater descompassado, e meus pensamentos se entrelaçam em uma teia de desejo e saudade.

Enquanto a família se preparava para a almoço, eu me encontrava em um mundo à parte, perdida em meus pensamentos e desejos. A agitação do dia me servia como um véu para esconder a chama ardente que queimava dentro de mim.

Sentada no sofá, observava a movimentação familiar à minha volta. A casa fervilhava com a animação e música do pré-casamento da minha irmã Laura. Todos se reuniram para celebrar este momento tão especial, compartilhando histórias, risadas e afetos.

Enquanto aguardava o almoço, meus pensamentos estavam mergulhados naquele pequeno momento de prazer. Tento mudar o foco para as lembranças do voo de parapente com Frederico, ainda estavam frescas em minha mente, mas meu desejo se volta para a cena em que ele me ajudou a tirar o macacão. Seus toques suaves e aquele olhar cheio de desejo despertaram em mim uma excitação que nunca havia sentido antes.

De repente, a voz do meu avô Olavo me tirou dos meus pensamentos. Ele se aproximou, com um sorriso gentil no rosto, e perguntou como eu estava me sentindo após a morte do meu sapo de estimação, Zezinho. Respondi que estava me sentindo um pouco melhor, ainda triste, mas tentando seguir em frente.

Meu avô me consolou com palavras de conforto e me assegurou que tudo ficaria bem. Ele então se juntou à minha avó Valéria e à tia Ritinha para colocar a mesa no quintal, enquanto Dona Valéria anunciava que o almoço estava pronto.

Sentei-me à mesa ao lado do meu irmão mais novo, Théo. Desde que cheguei, eu estava em silêncio, absorta em meus pensamentos. Théo tentou puxar assunto, mas minhas respostas eram curtas e monossílabas.

Nesse momento, a família de Rodolfo, meu melhor amigo, chegou, mas não posso compartilhar essa aventura com ele. Eles estavam radiantes, parabenizando e celebrando o casamento de Laura. Rodolfo se sentou ao meu lado, e ele e Théo iniciaram uma conversa animada, cheia de piadas e histórias engraçadas. Eles percebem que não estou com a cabeça naquele lugar.

Enquanto saboreava a deliciosa comida preparada por Ritinha e minha avó, meus pensamentos voltavam para Frederico. Desejava sentir novamente suas carícias íntimas, a delicadeza de seus toques percorrendo meu corpo. Imaginava-o sugando meus seios com a mesma paixão e desejo que ele use seus dedos novamente na minha vagina, me levando a um estado de êxtase absoluto não sei é por causa da comida ou pelas lembranças eróticas com meu namorado.

Um sorriso involuntário se formou em meus lábios, onde mordo meus lábios e respiro fundo algumas vezes tentando controlar meu corpo que arde em um fogo que ninguém vê, estou em transe. Meu pai, nota meu comportamento quieto e meus suspiros, e me perguntou se eu estava bem, pois parecia aérea. Tentei disfarçar, dizendo que precisava descansar porque estava com dor de cabeça. Peço licença aos demais e me retiro para a sala, me deitando no sofá.

Com os olhos fechados, me entreguei aos meus pensamentos. As imagens de Frederico invadiram minha mente, me fazendo sentir uma onda de calor por todo o corpo. Me deito com o rosto virado para baixo. Começo a bater a mão e os pés na espuma do sofá, comemorando e extravasando essa novas sensações que estou sentindo. Sou surpreendida pela minha tia Carmen.

- Jujuba, o que está acontecendo com você? Me viro rapidamente e me ajeito no sofá. Até penso em compartilhar com ela, mas infelizmente ela tem uma língua grande que vai contar para meu pais.

- Não é nada, vou me deitar no quarto, tá bom tia linda! Beijo sua bochecha e vou para o quarto de Ritinha. Tiro meu sapato e me deito na cama, desejo sonhar com Fred, meu crocodilo.Adormeci sonhando com o momento em que o reencontraria, ansiosa para sentir novamente a intensidade de seu amor e desejo.

Jujuba e suas aventuras Onde histórias criam vida. Descubra agora