Juliana Lopes Fontes
Sete dias. Uma eternidade sem ver minha família e, principalmente, meu amor, Rodolfo. A viagem com a tia Ritinha pela Chapada Diamantina foi incrível, mas a falta de sinal de celular e internet me deixou ainda mais ansiosa para voltar para casa.
Finalmente, o avião pousou em Brasília com atraso. O cansaço da viagem era evidente, mas a alegria de rever meus pais e Rodolfo me dava forças para seguir em frente. Estava com tranças grossas e compridas, não poderia perder a chance de enaltecer minha negritude.
Ao chegar em casa, corri para abrir a porta, esperando um abraço caloroso e cheio de saudades. Mas, para minha surpresa, fui recebida com um silêncio ensurdecedor. Meus pais estavam sentados no sofá, assistindo TV, como se nada de especial tivesse acontecido.
- Cheguei!, anunciei, com um sorriso no rosto. Eles me olharam por alguns segundos, sem nenhuma reação. Ritinha, que estava logo atrás de mim, também ficou sem graça.
- Aconteceu alguma coisa?, perguntei, preocupada. Meu pai, Fernando, finalmente se mexeu.
- Tudo em paz, filha. Como foi a viagem? Sua resposta me deixou ainda mais confusa. Será que eles não sentiram minha falta? Será que a viagem tinha distanciados eles de mim?
- Maravilhosa!, respondi, tentando disfarçar a decepção. A Chapada Diamantina é um lugar mágico. Trouxe lembranças para todos vocês.
- Deixa aí, na mesa. Minha filha. Minha mãe se levanta, enquanto caminha para a cozinha. Estou em choque com reação dos meus pais, fora que nem sinal dos meus irmãos.
- Algum problema, Juliana? Meu pai pergunta.
- E que, estava morrendo de saudades.... Som de soa atrás de mim, vários confetes voando no ar. Era uma brincadeira deles.
- Olha a cara da tia Ritinha e Juliana já estava chorando. Miguel entrou na sala, estavam todos escondidos no corredor.
- Nossa, achei que não sentiram saudades da gente. Assustou meu coração. Digo, enquanto todos me abraçam. Alegria de vê-los enchia meu coração de amor.
- O que trouxe para gente, Laura pergunta.
- Trouxemos presentes para todos, precisamos ir todos juntos lá. Papai tem um poço que tem a cor dos seus olhos, azuis profundos . Ele sorri para mim.
Comecei a distribuir os presentes: kit com iguarias alimentícias como mel, cacau e pimenta para minha mãe e o Théo, uma bolsa de capim dourado para Laura, um colar do mesmo material para Talita e kit higiene para Jacinta, ela toda natural. Para meu pai, trouxe um vinho e café produzido no local, ele ama. Uma blusa e um chaveiro com a forma da Chapada para Henrique, Gustavo, Raul, Miguel e Yuri. Iria entregar para meus avós um chapéu de palha e cabeça, eles amam. Eles agradeceram com um sorriso, mas ainda faltava meu namorado e sua família.
Enquanto minha mãe arrumava a mesa para o jantar, meu pai prestava atenção em cada detalhe das minhas histórias sobre a viagem. Senti uma alegria grande em ver que todos gostaram dos presentes. Minha mãe fez um delicioso jantar, mas ainda faltava uma pessoa para terminar de alegrar meu coração: Rodolfo
De repente, a porta se abriu e Rodolfo entrou. Ele estava vestido com um traje social, impecável como sempre. Ao me ver, seus olhos se iluminaram e ele correu em minha direção.
- Jujuba, meu amor, exclamou ele, me abraçando com força. Que saudades!
- Minha tartaruga, estava morrendo de saudades! Nos beijamos intensamente, como se quiséssemos recuperar todo o tempo perdido.
- Fala sério, tem gente aqui. Que melação. Gustavo gritou.
- Deixa eles. Ela estava com muita saudades do namorado. Ritinha repreendendo Gustavo.
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Jujuba e suas aventuras
RomanceEla é alegre, doce, gentil. Ela é uma bióloga que ama os animais e a natureza, em especial os anfíbios pavor do seu pai Delegado federal Fernando Fontes. Será que Jujuba vai se dar bem na Matéria do amor? Será que ainda vai continuar assustando seu...