Minha mãe estava possessa de ciúmes, meu pai é um homem bem bonito para idade dele, ela também não fica para trás. Ela se orgulha em dizer que não tem ponto fraco, mas ela tem é se chama Fernando Fontes. Hoje pela manhã ela ficou irritada porque ele chegou sem camisa em casa depois da corrida matinal. Foi notório o ciúmes. Ela perguntou se um homem da idade dele tem necessidade de correr sem camisa, ele respondeu que estava com muito calor. Ela deu um berro que acordou os defuntos do cemitério mais próximo.
Combinei com o pai para ir almoçar no restaurante ao lado da doceria da mamãe. A ideia era fazer ciúmes nela, já que toda vez que vamos lá, a dona do estacionamento fica dando em cima dele.
Chegando na hora do almoço sai do hipermercado correndo, ao chegar na porta doceria visualizei meu pai entrando no restaurante, fiz sinal com a cabeça confirmando o plano. Agora era hora de executar.
Entrei na doceria da mamãe e a chamei, toda animada:
- Mãe, vamos tomar sorvete de pistache? Aquele da gelateria aqui ao lado! Mamãe me olhou desconfiada, porque somente ela toma esse sabor.
- Filha, você nunca pede sorvete de pistache. Tem certeza? Dei de ombros e fiz cara de inocente.
- Ah, sei lá, bateu vontade! Vamos? Meu sorriso diabólico estava estampado no rosto.
Sem desconfiar, mamãe concordou e saímos juntas. Assim que passamos pela porta do restaurante italiano, congelei. Lá estava o papai, sentado conversando com a linda mulher, de cabelos escuros e sorriso radiante.
Tudo ia bem até a mulher colocar a mão no rosto do meu pai, como quem acaricia. Droga!' pensei. Será que a mamãe viu?
Olhei para ela, esperando sua reação. Seus olhos realmente tinha visto a cena. Olhei novamente, esperando sua reação. E a explosão foi instantânea. Dona Olívia saiu bufando em direção à mesa do papai, que parecia hipnotizado com a atitude da italiana. Minha mãe grita:
- Fernando Fontes, o que está fazendo aqui, seu maledeto. Ela se aproxima da mesa, eu chego atrás passando as mãos no pescoço. Meu pai se levanta assustado, ele diz:
- Eu vim almoçar uma massa, ela estava tirando algo do meu rosto, minha pestinha. Eu olho para ele, mas infelizmente não dá tempo. A dona do restaurante, pega no braço dele. A italiana, provocativa, disse:
- Ele é um Deus Grego, não é? Divinoooo, ragazzo! Meu pai tira a mão dela, mas minha mamãe, sem nem pensar duas vezes, agarrou os cabelos da mulher e... começou a confusão! Não era para ser assim, era só uma crise de ciúmes, não a terceira guerra mundial.
Puxa daqui, puxa de lá, o barraco estava armado. Meu pai, tentando separar, só atrapalhava. Levou um empurrão da minha mãe e caiu no chão, sem jeito.
Finalmente, conseguimos separá-las. Mamãe estava com a blusa toda rasgada e a italiana com rímel borrado. Um horror!
Mamãe pegou meu pai pela blusa e gritou:
- ELE É MEU MARIDO! Sua infeliz. E saiu puxando ele para fora do restaurante.
Ela ainda xingava ele, mas dava para perceber que no fundo estava aliviada. Deu certo? Deu parcialmente. Meu pai diz:
- Eu amo você, minha pestinha. Isso tudo foi plano da Jujuba para você fazer as pazes comigo.
- Paiiiiiii! Ele para se livrar me entregou. Ele da com ombros.
- Você sempre ajudando seu pai, Juliana. Eu sabia, você querendo sorvete de pistache, hum! Mas aquela maldita italiana, chamando meu marido de divino na minha cara. Ela viu! E você, Fernando, o que tem na cabeça de ir justamente lá, hein! Ele levanta as mãos.
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Jujuba e suas aventuras
RomanceEla é alegre, doce, gentil. Ela é uma bióloga que ama os animais e a natureza, em especial os anfíbios pavor do seu pai Delegado federal Fernando Fontes. Será que Jujuba vai se dar bem na Matéria do amor? Será que ainda vai continuar assustando seu...