Juliana Lopes Fontes
Depois da agitação no meu quarto, resolvo descansar mais um pouco, então o cochilo me fez refém. A luz fraca da sala do hospital mal penetrava as minhas pálpebras pesadas. Ao abrir meus olhos, me deparo com Rodolfo,sentado ao lado da minha cama, com um olhar preocupado estampado em seu rosto. Ele segura minha mão e sorri para mim.
- Rodolfo, sussurro, com a voz rouca pelo desuso. Preciso da sua ajuda? Digo segurando seu rosto.
- Você precisa de algo, pode me pedir qualquer coisa, ele respondeu, a voz baixa e atento a minha expressividade corporal.
- Vou pegar os sapos assassinos, e será com sua ajuda. Ele solta minhas mãos e responde.
- Você está ficando doida? Não temos competência judicial para isso. Ele se levanta arrumando os cabelos.
Então me lembro claramente do ataque, das criaturas que a atacaram na escuridão da noite. Mas algo não se encaixava. Falo para Rodolfo.
- Ele me chamaram de "sapinha Juliana'," digo, a voz carregada de raiva. Sabia meu nome, minha rotina. Como...? Rodolfo me encara, confuso.
- Do que você está falando? Ele me indaga
- No momento do ataque uma voz grossa, que ao meu ver era um homem, me chamou pelo nome, eles me conhecem, e eu não quem são, mas vou descobrir e entregá-los às autoridades.
- Como vai fazer isso, Jujuba? Ele se senta novamente. Você pode estar em perigo. Seus olhos estão atentos.
- Eu tenho um plano bastante audacioso. Primeiro buscar as familiaridade com crimes em série, pois eles agem da mesma forma: máscara de anfíbio, pano com clorofórmio, torturam, matam, expondo o corpo no lago Paranoá e flor de Dália, isso tem alguma lógica, mas eu sobrevive, então... Rodolfo me interrompe.
- Ele não concluíram a sequência macabra contigo. Ele arregala os olhos. Você ainda está na mira. Ele segura minha mão.
- Eles vão esperar um tempo, irão me atacar novamente, mas vou quebrar as regras deles. Vou instigar os instintos assassinos deles, sendo assim, trazendo eles até a mim, mas não estarei desprevenida e sozinha, vamos pegá-los. Uma chama de determinação se acendeu dentro de mim.
- Você se lembra de mais algum detalhe do ataque? Ele me pergunta.
- Sim. O primeira pessoa que colocou o pano no meu rosto, era uma mulher da minha altura, perfuma floral que tenho certeza ser Rosa mosqueta. O segundo e dobro da minha altura é bastante forte, consegue ver enquanto lutavamos no dorso da mão duas letras MM, tenho certeza que são números romanos referência no ano de 2000, ele tinha cheiro de diesel com perfume de alecrim.
- Você detesta matemática, como sabe números romanos, Jujuba. Com olhar curioso.
- Já ouviu pesquisa no Google, chato? Dou um tapa na cabeça dele. Vou pegá-los, Rodolfo. E vou precisar da sua ajuda, posso contar contigo? Ele responde hesitante.
- Mas Juliana, você está internada, mal pode se mover. Como vamos...?
- Eu tenho uma ideia, vamos reunir todas as informações de casos semelhantes de 1990 até 2000, depois vou analisar os vídeos de segurança do hipermercado e por fim trazê-los até a mim, assim preparando uma arapuca para sapos assassinos. Rodolfo a observou, cético.
- Como seria esse arapuca? Ele indagou.
- Lembra da nossa amiga do ensino médio, Maria Antonieta Esboço um sorriso malicioso.
Sim. O que tem ela? Ele está atento a minha resposta.
- Ela é jornalista investigativa de um programa regional. Vou provocar o ego deles e trazê-los até a mim. Ele segura minha mão.
- Tem certeza, que quer fazer isso, Jujuba? Não tem medo? Ele aproxima seu rosto do meu.
- Confie em mim, Rodolfo. Juntos, vamos fazer justiça. Meu único medo é eles continuarem agindo livremente. Ele ainda tinha dúvidas, mas algo na determinação no olhar de Rodolfo.. Ele sabia que ela não desistiria até conseguir o que queria.
- Tudo bem, ele finalmente disse. O que você precisa que eu faça? Com um sorriso que prometia vingança.
- Vem, deita ao meu lado, vou te explicar tudo direitinho, passo a passo.Prepare-se, Rodolfo. A noite vai ser longa. Ele se aconchega ao meu lado na cama de hospital. Explico meu plano e tudo que iremos fazer juntos, depois da minha alta amanhã
Rodolfo me abraça, assim sinto-me protegida e confiante no meu plano, ele realmente é alguém que posso sempre contar. Eu não como, mas adormeço no seus braços.
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Jujuba e suas aventuras
Storie d'amoreEla é alegre, doce, gentil. Ela é uma bióloga que ama os animais e a natureza, em especial os anfíbios pavor do seu pai Delegado federal Fernando Fontes. Será que Jujuba vai se dar bem na Matéria do amor? Será que ainda vai continuar assustando seu...