Não consigo

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Juliana Lopes Fontes

O sol penetrava pelas frestas da cortina, anunciando o sábado. Abri os olhos, me alonguei na cama e senti a energia da natação pulsar em minhas veias. Hoje era dia de treinar na ONG e me dedicar ao TAF.

Depois de um café da manhã animado com a família, parti para a instituição do pai da Thanisia. Chegando lá, fui recebida por sorrisos e abraços das crianças. Duas horas de aula se passaram em um piscar de olhos, ensinando-lhes os segredos da natação e a importância do esporte em suas vidas.

Ao final das aulas, era hora do meu treino. O Senhor Jadir, meu instrutor dedicado, preparou um circuito especial para me ajudar a alcançar o tempo de 50 metros em menos de 60 segundos, exigido no TAF.

Mas, apesar do esforço e da técnica apurada, meu corpo parecia travar, me impedindo de alcançar a meta. A frustração me consumia a cada tentativa falha. Saio da piscina com água pingando do meu corpo. Pego o roupão e me visto, me sento na cadeira de banho.

- Jujuba, você está travada. Ele coloca as mãos no ombro.

- Eu não consigo distinguir o motivo. Estou com a mão na cabeça.

Desanimada, retornei para casa com o peso da derrota nos ombros. A festa de aniversário da tia Deisiane, prometia ser uma noite de alegria, mas meu coração não estava em sintonia. Decidi cancelar a presença e me refugiar na quietude do meu quarto. Meus pais e meus irmãos estão super animados.

Naquele sábado, a piscina se tornou um palco de frustrações e das minhas inseguranças, mas a estava atenta aos olhos azuis de meu pai que me observava com um olhar de preocupação. Todos partem para uma grande festa. Resolvo ficar reclusa em meu quarto.

De repente, um barulho no corredor, faz meu coração disparar. Rodolfo abre a porta, seus olhos me encontram. Um sorriso largo se abre em seu rosto e ele caminha em minha direção.

- Você deveria estar na festa? Quero ficar sozinha, Rodolfo.

- Jujuba, me desculpe por tudo que falei naquele dia, exagerei. Ele senta na cama.

- Ótimo. Pode ir. Quero ficar sozinha. Eu retruca.

- Nunca vou te deixar só, minha Jujuba. Ele se deita ao meu lado. As lágrimas dominam meu rosto.

- Você não disse mentiras, realmente estou fora de forma, talvez não consiga realizar o teste TAF.

- Quem disse isso? Você vai conseguir, você é Jujuba.

-Estou muito insegura comigo mesma. Ficamos de frente um para outro deitados na cama.

Nos abraçamos com força, como se quiséssemos compensar os dias de distância. Ele se levanta e puxa pelas mãos. Vestida com minha camisola de seda branca, meus pensamentos se voltavam para Rodolfo, seu toque quente sobre minha pele puxando as alças finas e deixando meu corpo nú. Ele me posiciona diante do espelho.

- Você é maravilhosa, Juliana. Ele suavemente toca meus seios e beija meu pescoço.

- Deixa de ser bobo, Rodolfo. Mas ele me encarava.

- Você é linda, Jujuba. Cada detalhe do seu corpo me deixa louco. Ele se distancia, e começa a tirar sua roupa. Fico analisando meus defeitos no espelho.

A noite caía, banhando meu quarto em uma luz suave. O aroma de lavanda do meu difusor se misturava com o meu perfume, criando uma atmosfera sensual que me deixava ansiosa. Ele chegou logo atrás de mim, seus olhos se fixaram em mim, percorrendo cada curva do meu corpo com uma intensidade que me fez arrepiar. E eu podia sentir seu olhar queimando em cima de mim, despertando um desejo ardente dentro de mim.

Com um sorriso provocante, Rodolfo se aproximou e, com mãos delicadas, começou a deslizar pelos meus ombros, tocando minha pele macia e alva do meu corpo. Seus olhos se arregalaram em admiração, e ele murmurou palavras de elogio que me fizeram corar.

- Você é uma delícia aos meus olhos, quero tê-la ao meu lado para sempre.

Ele então tirou a última peça em seu corpo, revelando todo o seu corpo musculoso e definido. Seus olhos percorreram meu corpo novamente, desta vez com mais desejo do que admiração. Ele se aproximou ainda mais, e seus lábios roçaram os meus em um beijo suave e tentador.

O beijo se intensificou, nossas línguas se entrelaçam em uma dança apaixonada. Suas mãos exploravam meu corpo com fervor, acariciando cada curva e centímetro da minha pele. Eu gemia de prazer, me entregando completamente ao seu toque.

Ele me guiou até a cama, onde nossos corpos se entrelaçam em um abraço ardente. Suas mãos habilidosas desceram até minha intimidade, e ele com movimentos rápidos, me fez sentir prazer. Eu segurarei em seu braços, me contorcendo de prazer.

Ele tira as mãos e acaricia minha barriga, me olha nos olhos e sussurra:

- Você é gostosa demais, Juliana. Quero você minha rainha. Eu faço carinho no seu rosto.

- Eu amo tanto você, meu amor! Eu quero você! Digo.

Neste momento ele penetrou em mim com suavidade, e eu o recebi com um gemido prazer. Nossos movimentos se tornaram mais frenéticos, nossos corpos se unindo em uma dança de êxtase. Eu podia sentir cada centímetro dele dentro de mim, e ele gemia em meu ouvido palavras de amor e desejo.

O ápice chegou como uma onda poderosa, nos levando a um clímax explosivo de prazer. Nos abraçamos com força, respirando com dificuldade, nossos corpos ainda tremendo com a intensidade do encontro.

Naquele momento, eu me senti mais amada e desejada do que jamais me sentiria em toda a minha vida. Rodolfo era meu por completo, meu amante, meu confidente, meu melhor amigo. E eu sabia que ele me amaria para sempre, assim como eu o amava.

Ele me abraça, cheira meu cabelo e aperta forte meu corpo nú sobre dele. Eu me aconchego no seu peito. Ele beija minha testa e diz:

- Eu nunca me refere "fora de forma" referente ao seu corpo, meu amor, mas sim, ao tempo que ficou sem nadar. Seu corpo é perfeito para mim e se encaixa perfeitamente ao meu. Ele puxa minha cabeça e me olha nos olhos.

- Desculpa, eu estava muito estressada. Eu amo tanto você, minha tartaruga safada. Dou-lhe um selinho.

- Não adianta fugir ou ser teimosa, você nasceu para mim e eu para você. Ele me abraça.

Acabei esquecendo da frustração do treino. Resolvemos pedir uma pizza e assistir um filme. Rodolfo ama ação, adoro fazer perguntas bobas durante a sessão, ele fica estressado com isso, mas faço porque amo vê-lo dessa forma. Acabo dormindo durante o filme, acordo com o barulho da família entrando. Meu pai está bastante estranho. Ele soube das escadas em direção ao seu quarto. Para no meio da escada e disse:

- Juliana preparou uma roupa de banho, vamos sair cedo amanhã. É melhor seu namorado dormir na cama dele dessa vez. Rodolfo aperta os olhos.

- Papai vou treinar na ONG, pode descansar. Digo sorrindo.

- Não. Amanhã você vai treinar comigo. Se prepare tudo será diferente de tudo. Ele termina de subir as escadas. Olho para minha mãe.

- Aconteceu alguma coisa? Pergunto olhando para restante da família.

- Não, ele ficou sério o tempo todo na festa, Gustavo fala.

- Verdade minha filha, nunca vê seu pai assim. Olho para Rodolfo e digo.

- Acho melhor você ir, minha tartaruga. Rodolfo concorda, me beija e retorna para sua casa.

Não penso duas vezes, vou para meu quarto. Nunca em toda minha vida, vi meu pai me tratar assim. Vou dormir. Depois de algumas horas, acordo com as mãos do meu pai sacudindo.

- Levanta, veste esse macacão. Estou te esperando lá embaixo, você tem 5 minutos. Ela sai. Não estou entendendo esse tratamento.

Jujuba e suas aventuras Onde histórias criam vida. Descubra agora