Jujuba e suas aventuras

Ela tão linda!

Rodolfo Dias

A noite caía sobre o hospital, envolta em um silêncio que só era quebrado pelo suave respirar de Juliana adormecida em meus braços. A luz fraca da lua entrava pela janela, banhando seu rosto em um brilho etéreo.

Observei cada detalhe de sua beleza serena: os cílios longos e curvados, a pele macia e negra, os lábios rosados entreabertos em um leve sorriso. Ela era tão linda, tão alegre...

Um aperto no coração me fez lembrar que ela ainda estava em perigo. Aqueles sapos assassinos ainda estavam à solta, e eu não podia me livrar do medo de perdê-la novamente.

Mas Juliana era forte. Ela era como um furacão, capaz de devastar tudo em seu caminho, mas também de se acalmar e adormecer em meus braços com a mesma facilidade.

Lembrei-me de todas as vezes que ela dormiu assim em meus braços, desde que éramos crianças. Ela sempre foi tão intensa, gastando toda a sua energia em suas brincadeiras e aventuras, para depois cair no sono profundo do esgotamento.

Beijei sua testa com ternura, fazendo uma promessa silenciosa. Eu a protegeria, sempre. Mesmo que isso significasse enfrentar os meus próprios medos.

Enquanto ela dormia tranquila, respirei fundo e fechei os olhos. Eu faria tudo o que fosse preciso para ajudá-la a pegar aqueles que a atacaram. E juntos, faríamos justiça.

No silêncio da noite, uma promessa foi feita. Uma promessa de amor, proteção e justiça. Uma promessa que nos uniria para sempre como amigos e tenho certeza que logo vamos ser um casal. Me levanto caminho até a porta, só sair me deparo com Frederico Santoro.

- Você está aqui? Ele pergunta. Eu sem hesitação fecho a porta e respondo:

- Sim. Algum problema com isso? Protejo a porta com meu corpo. Ele fica irritado.

- Eu quero ver minha namorada. Dou sorriso sarcástico.

- Ela terminou com você, então vaza. Coloco a mão no peitoral dele.

- Você está tirando proveito disso, mas Juliana é minha, somente minha! Ele tenta entrar no quarto.

- Frederico, acho melhor você respeitar o hospital está com cheiro de bebida. Ela está dormindo. Neste momento ele recua e responde.

- Amanhã irei voltar para vê-la. Ele sai com passos firmes e irritados. Me assento no banco na porta do quarto, como vigia. Não irei deixar ninguém machucá-la.